sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Empresários e Secretaria de Turismo em rota de colisão em Barreirinhas

O clima não está nada amistoso entre os empresários de turismo de Barreirinhas e a administração municipal, devido a algumas imposições da administração do Prefeito Albérico, que, de uma hora para outra, resolveu cobrar impostos nunca antes cobrados no município e, em especial, as taxas de serviços de turismo.

Tudo começou ainda na gestão passada, que contratou uma consultoria do Mato Grosso, para estudo e implantação de um voucher nos serviços de turísticos do município, bem como outras taxas que onera os já tão sacrificados prestadores de serviços e empresários do setor, provocando um descontentamento geral.

De acordo com alguns empresários, a Prefeitura decidiu cobrar a partir de agora, todos os impostos que incidem sobre esses serviços, que tem de ser pagos na fonte, ou seja, os prestadores de serviços já descontam dos guias, toioteiros, entre outros, no momento de prestar os serviços. Os empresários entendem que a Prefeitura até pode cobrar esses impostos, mas que fosse dado um prazo para adaptação e conversa com outros prestadores de serviços de outras localidades que já compraram hospedagem e passeios nos Lençóis Maranhenses com antecedência.

Veja os valores que segundo os empresários a administração quer colocar em vigor a partir de agora: R$ 2,00 cobrados por hóspede nos meios de hospedagens, 3% nos vouches, ou seja, no total dos valores cobrados. Esses valores deverão ser repassados para a Prefeitura para atender um decreto municipal e os empresários já não sabem a quem recorrer.

Dizem, ainda, que a secretária de Turismo, Kátia Lima, está ameaçando aplicar multa em quem não aplicar esses valores e percentuais, e, ainda tem a cobrança do IPTU que nunca tinha sido cobrado e hoje quem quiser renovar alvará de funcionamento ou emitir qualquer nota fiscal, tem de pagar 5 anos de impostos atrasados, e quem não pagar, não tem os serviços liberados.

Em conversa com a Secretária Kátia Lima, ela informou, que nada do que está sendo cobrado é novo. De acordo com ela, a lei 564 de 2 de janeiro de 2007, foi discutida exaustivamente com esses empresários em inúmeras reuniões com o Conselho Municipal de Turismo, antes de sua ascensão na pasta e que o conselho é formado por 4 pessoas do poder público e 7 da iniciativa privada.

Falou Kátia: “a cobrança desses impostos é uma maneira de controlar quem realmente trabalha com seriedade, além de evitar os atravessadores. Os recursos serão aplicados numa conta especial que será administrada pelo conselho e que essas medidas vem sendo discutidas desde 2007, quando foi criado e implantado o voucher, e que só não tinha entrado em vigor antes porque se esperava a implantação da lei geral do turismo, que rege todas as atividades do setor.

E completa: “os empresários foram avisados que a partir de janeiro de 2011 essas cobranças começariam a valer. Mesmo assim, a administração municipal resolveu começar a cobrar a partir de março, com um período de adaptação, que é até junho de 2011, para que se corrijam eventuais problemas no sistema”.

Sobre a cobrança do IPTU, a secretária falou que não é atribuição sua e que o prefeito não pode abrir mão dessa cobrança, sob pena de responsabilidade fiscal, uma vez que a lei que rege essa cobrança é federal, cabendo ao município somente fixar os valores.

2 comentários:

  1. Amigo Reginaldo Bom Dia!!! Primeiro gostaria de lhe informar que a Secretária Katia Lima está um tanto quanto faltando com a verdade em sua narrativa, pois este assunto do voucher começou com um propósito diferente na gestão anterior, o propósito era não só a arrecadação de valores (impostos), mais sim a regularização do Turismo local, bem como forma de privilegiar quem trabalha de acordo com normas, regras e em direito com a Lei. Porém o Decreto de Lei do Sr. Prefeito Albérico Filho, não afasta a pirataria que existe na venda de Passeios na cidade, pois como a Sra. Secretária falou: "Vocês serão meros recolhedores de impostos da Prefeitura, eu irei apenas fiscalizar", sendo que não haverá preço mínimo para venda de passeios, o que fará com que quem tem os valores corretos fiquem com valores mais altos devido a taxa e quem tem valores menores (piratas) mantenham os valores e soneguem impostos. É uma vergonha a Secretária impor este decreto e ainda não está aberta para discussões, pois ela mesmo disse: "Quem quiser falar sobre a taxa, que espere para 2012", é triste, mais essas são as palavras dela perante todo o empresariado Barreirinhense.

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  2. Meu caro COMERCIAL,entendo a indignação do empresariado de Barreirinhas em relação aos últimos acontecimentos, envolvendo a Secretaria de turismo e o empresariado local. Penso que vocês devem se reunir e conversar com o Prefeito sobre estes temas e juntos buscarem soluções para esses entraves. Um bom dialogo é melhor que qualquer briga, onde um lado sempre sai perdendo, mas o maior perdedor será atividade turistica da cidade. Quero que saíba, que o Cazumbá é, e sempre será um canal aberto para expor ações positivas e problemas dos Municipios maranhenses, em especial, ao que se refere ao turismo, mas, sempre dando o direito do contraditório das pessoas envolvidas se defenderem. Desta maneira, coloco-me a disposição de todos para publicizar toda e qualquer informação vinda desta querida cidade.
    Abraços
    Reginaldo

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