quinta-feira, 17 de março de 2011

Os buracos da Praia Grande


Embora exista uma lei que proíbe o tráfego de veículos em determinados trechos da Praia Grande, a lei é descumprida até mesmo pela polícia. Na área, existe um box da Polícia Militar em frente à praça Nauro Machado e uma sala da Polícia de Turismo, na rua Portugal.

O patrulhamento é feito através de viaturas. Contudo, o atendimento ainda é desnivelado. Os policiais não coíbem o tráfego de veículos particulares na área, bem como de veículos pesados que não atendam ao que se encontra determinado no Decreto nº 11.013, de 27 de dezembro de 1988.

O decreto estabelece medidas de proteção e revitalização do Centro Histórico de São Luís e, como se verifica no seu artigo 1º: “Fica proibido o tráfego de veículos automotores de carga e de passageiros, de qualquer tipo, nos arruamentos do Centro Histórico de São Luís nos trechos a seguir descritos”.

Os trechos estão situados no bairro da Praia Grande e são os seguintes: trata-se de uma área que se inicia na rua do Trapiche, em frente à praça dos Catraieiros, entra pela rua Portugal e adjacências, prossegue pela rua da Estrela a partir do início desta na rua de Nazaré e Odylo, inclui a rua João Gualberto, seguindo pela escadaria da rua Humberto de Campos.

O trecho da rua da Estrela vai até à futura sede do curso de História da UEMA. Um pouco antes, aglutina a rua João Vital de Matos, subindo-se por esta até à rua do Giz, desce por toda esta rua até à escadaria da mesma, englobando ainda a rua a partir da praça da Faustina até o Centro de Criatividade Odylo Costa, Filho.

Em todas as entradas desses trechos, no início da reforma da área, em 1988, foram postadas imitações dos frades de pedra, em cimento, e colocadas correntes entre os frades para impedir o tráfego de veículos. As correntes foram arrancadas e os carros circulam hoje livremente pelas ruas, prejudicando os pedestres e irritando os turistas. Um dos efeitos mais nocivos causados pelos veículos, sobretudo os pesados, é o afundamento do calçamento, geralmente causando rompimento de canos d’água.

A falta de cuidado é permanente. Quando algum órgão se dispõe em tapar os buracos, o trabalho é feito sem competência, na marra. O serviço ‘mela mão’ não reagrupa corretamente os paralelepípedos e, geralmente, uma cobertura de cimento é colocada sobre o local, sem cuidado algum com a recuperação do calçamento, num acinte à correta preservação do patrimônio.

Com freqüência, os buracos aparecem e esgotos estourados começam a despejar uma fedentina pelo local, como se verifica no momento na esquina entre as ruas do Giz e a rua Humberto de Campos, em frente a lojas de artesanato, o que prejudica o comércio no local. Com a palavra, as autoridades ditas competentes...

Um comentário:

  1. É triste o que se vê em nossa cidade. Moro em Brasília, mas acompanho com interesse o que aí acontece. Fico em dúvida se tudo se deve apenas ao descaso ou se a incompetência dos administradores também é fator preponderante. Vamos continuar a reclamar. Diz o ditado popular que "água mole em pedra dura, tanto bate até que fura".

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