segunda-feira, 4 de abril de 2011

Dar a César o que é de César!

Há mais de 15 dias do estopim da crise no aeroporto de São Luís, devido ao perigo de desabamento da cobertura espacial do terminal de passageiros, precisamos dar a mão à palmatória e reconhecer um fato. Apesar dos inconvenientes e desconfortos sentidos pelo passageiro com toda essa situação, a equipe técnica da Infraero agiu de maneira proativa para evitar uma tragédia maior e, o mais importante: não deixou que os problemas estruturais do Marechal Hugo Cunha Machado fosse motivo para cancelamentos e atrasos nos vôos.

Desde o dia 18 de março, quando o terminal de passageiros foi interditado e toda a parte operacional transferida para o prédio onde funcionava a administração da empresa aeroportuária no Maranhão, todo mundo só critica, é bem verdade, que as coisas andaram criticas e os serviços do aeroporto despecaram de qualidade, isso era notorio. Mas,quase ninguém parou para olhar o outro lado: o esforço da equipe da Infraero e das companhias aéreas para não prejudicar os passageiros nos seus deslocamentos; o trabalho full time de técnicos que vararam a madrugada em reuniões estratégicas; a capacidade de improvisar estruturas mínimas para que o embarque e desembarque fossem efetivados; a disposição em ceder espaços físicos que eram essenciais para o funcionamento administrativo – várias salas da Infraero foram, literalmente, demolidas para dar espaço ao embarque...

A equipe da Infraero trabalhou rápido e diuturnamente. As tendas montadas no estacionamento da administração e que serviram para abrigar os passageiros que aguardavam o embarque, já foram substituídas por estruturas mais resistente e fechadas com material tipo stand para serem climatizadas. O saguão terá ainda sanitários, restaurante, lojas de turismo/venda de passagens, caixas eletrônicos, revistaria e lanchonete.

O embarque também está mais bem estruturado que do início, com ar condicionado, sanitários, revistaria, lanchonete e monitores informativos de vôos. A informação que temos quanto ao desembarque, é que ele será realizado de maneira mais ordenada. Para tanto, um dos galpões de uma companhia aérea já está sendo estruturado para receber as esteiras de restituição de bagagem, monitores informativos de vôos, sanitários, locadoras de veículos – o ambiente também será climatizado.

Outra: ninguém ainda falou em números. Quanto a Infraero gastou ou vai gastar nesse período de obra com essas estruturas improvisadas? Informações extra-oficiais mostram números pra lá de estratosféricos. Para se ter uma ideia, somente o aluguel de três ônibus usados no desembarque de passageiros tá saindo pela “bagatela” de R$ 5.400/dia! Se multiplicarmos por uma média de 30 dias, a conta sobe para R$ 162 mil/mês. Só com ônibus! E ainda tem para contabilizar as tendas, ar condicionados, banheiros... Se, esse problema com o aeroporto de São Luís, tivesse acontecido em outra localidade, sem sombra de duvidas, o terminal teria sido interditado por completo. portanto, louva-se, a atitude e desemvoltura dos funcinarios da Infraero, Companhias aereas etc.. etc..

É fácil falar quando se está de fora. Dizer que é irresponsabilidade de A, B ou C, criar factóides e pisar na cana já quebrada, ou melhor, chutar cachorro morto. Mas se vermos com outros olhos, buscando o outro lado da "estória" (que são tantas versões), e suas conseqüências, se fará o que deve ser feito: dar a César o que é de César!

Em outros lugares, como bem disse o superintendente Hildebrando Correa, em entrevista a uma televisão local, o aeroporto teria sido interditado totalmente para fazer as adequações necessárias. Em São Luís, a Infraero – em parceria com as empresas aéreas – montaram força-tarefa e realizaram as mudanças iniciais na madrugada do dia 19. Nem em meio ao pico do caos, foi registrado cancelamento de vôos ou mesmo atrasos! Esse feito é inédito na Infraero, de acordo com nossas fontes. E é por isso que a equipe de técnicos que está debruçada sobre o problema, tem recebido mensagens de incentivo e elogios da diretoria nacional por todo o esforço e empenho dispensados para que a normalidade operacional seja mantida no aeroporto, apesar de todos os pesares.

Detalhe: Não concordamos com o estado deploravel da principal via de entrada para o Maranhão e nem a maneira como foi contruido e mantido o Aeroporto Internacional Marechal da Cunha Machado, e muito menos estamos fazendo apologia,aos desmandos da Infraero ao longo dos ultimos anos, estamos apenas levantando uma reflexão por questão de justiça pelo momento vivido pela comunidade do Aeroporto da capital maranhense.

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