quinta-feira, 14 de julho de 2011

Cursos de Turismo: um mundo de oportunidades após formatura


Formação ampla e mercado aquecido multiplicam as chances de trabalho.

Com dois dos maiores eventos esportivos sediados no Brasil até 2016, já virou lugar comum falar das oportunidades de negócio e turismo no país. No entanto, não foi apenas o esporte que alavancou novo boom no setor.

"Sem dúvida, para o turismólogo e para o técnólogo em turismo o mercado de trabalho estará aquecido nos próximos anos", avalia Mônica Schiaschio, presidente da Associação Brasileira de Bacharéis em Turismo de São Paulo.

"Mas como a sociedade sacou que fazer eventos é uma excelente ferramenta de venda, de oportunidade, temos vários outros setores em pleno aquecimento, como o de gastronomia, de encontros corporativos, etc", diz.

Muita coisa mudou desde que o curso de Turismo começou no Brasil, timidamente, nas décadas de 60 e 70 (apenas 16 cursos superiores em todo território). Na virada do século, com a demanda crescente, o número pulou para quase 500 cursos oferecidos. Hoje, segundo o Ministério de Educação, pouco mais de 300 continuam em vigor.

"Houve uma série de fatores no final dos anos 90, como o apoio do Governo e início da estabilidade econômica, que geraram uma procura gigantesca pelo curso de Turismo", lembra Mônica. "Por volta de 97 ou 98, ele chegou a ser um dos cursos mais disputados no vestibular de São Paulo, daí várias faculdades e universidades passaram a oferecê-lo também", diz.

Há duas possibilidades para se especializar em Turismo: bacharelado ou curso técnico. Ambos são de nível superior, reconhecidos pelo MEC, mas há diferenças básicas: o curso técnico é mais curto e mais voltado para o mercado, mas é também mais específico e restrito.

O bacharel em Turismo pode planejar uma carreira mais ampla e abrangente, embora no final do curso também tenha que escolher a área em que prefere trabalhar. Enquanto a média do curso técnico é de dois anos, o bacharel tem uma média de quatro anos com aulas em tempo integral.

O curso abre o leque para mais de dez áreas de atuação: agências de viagens e operadoras de turismo; consultorias turísticas; desenvolvimento de projetos turísticos; eventos; hotéis, resorts, pousadas, etc.; parques temáticos, centros de convenções, etc.; planejamento turístico em empresas públicas ou privadas; transportadoras turísticas (aéreas, ferroviárias, marítimas e rodoviárias) e empreendimentos turísticos.

A ABBTUR identifica demanda em áreas específicas, como turismo de esportes radicais ou até mesmo ecológicos, onde o mercado não consegue encontrar candidatos com perfil adequado, mesmo com uma demanda crescente. Ao mesmo tempo, muitos formandos se frustram porque não encontram trabalho assim que terminam o curso. A solução, muitas vezes, é apostar no empreendedorismo.

Texto: Globo Universidade
Fotos: Globo Universidade

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