terça-feira, 19 de julho de 2011

Maranhão tem participação positiva no Salão Roteiros do Brasil


Em entrevista ao blog, que esteve presente ao Salão de Turismo Roteiros do Brasil, realizado na última semana em São Paulo, as gestoras do Sebrae para o Projeto de Turismo, Artesanato e Cultura em São Luís e Barreirinhas, Hildenê Maia e Danielle Abreu, avaliam as negociações de pacotes de destinos maranhenses no evento, destacando que a procura dos operadores recaiu sobre os atrativos da Chapada das Mesas. Leia íntegra da entrevista:

Cazombando: Como foram os negócios nesse 6º Salão de Turismo Roteiros do Brasil para os empresários do trade maranhense?
Hildenê Maia:
Foram bons. As vendas de pacotes aconteceram no estande institucional e na rodada de negócios, que teve bastante receptividade junto aos operadores. O que percebemos é que os operadores estão interessados no destino Maranhão. Eles querem inovar, oferecer coisas novas aos clientes e o Maranhão é uma excelente oferta. A perspectiva de negócios, desde o início do evento foi muito positiva, mas com foco, principalmente, para o primeiro semestre de 2012.

Cazombando: Quantos empresários maranhenses participaram do evento? Como se deu a seleção dos mesmos?
HM:
Tivemos quatro empresários da Chapada das Mesas, três dos Lençóis e três empresários de São Luís. O número pode ter sido reduzido, mas deve-se lembrar que o evento acontece no período de alta estação no Maranhão. Alguns empresários dos Lençóis, por exemplo, desistiram por causa da alta estação e dos compromissos assumidos anteriormente. Quanto à seleção pelo Sebrae ela é feita por critérios de perfis, elencados pelos três gestores que trabalham com o setor. Verificamos, por exemplo, o comportamento de cada empresário nos eventos, se ele possui o Cadastur, se está no perfil sugerido pelo evento. A seleção depende muito das características do evento.

Cazombando: Qual volume de negócios da Rodada?
HM:
Nos dois primeiros dias que participamos, 13 e 14, tivemos um volume de negócios na casa dos R$ 500 mil. Isso, só na Rodada de Negócios, mas há perspectivas de um volume bem maior de negócios ate o final da feira.

Cazombando: Qual o nicho de turismo mais procurado pelas operadoras que querem comercializar o destino Maranhão?
HM:
Hoje, o destino mais procurado é sem sombra de dúvidas a Chapada das Mesas. Eles chegam e dizem que os Lençóis e São Luís já estão bem divulgado e muita gente já conhece. Querem um destino novo. E ficam encantados quando conhecem o potencial da Chapada das Mesas.

Cazombando: Fale um pouco sobre a parceria do SEBRAE com o governo do Estado no Salão Roteiros do Brasil.
HM:
O SEBRAE apoiou a vinda dos empresários, com passagens aéreas. Os custos com o aluguel do estande também foram divididos com o Estado. O SEBRAE ficou com toda a parte de ambientação do espaço e outros pequenos detalhes. O investimento do SEBRAE para promover o destino São Luís, Lençóis Maranhenses e Chapada das Mesas nesse salão foi em torno de R$ 60 mil.

Cazombando: Você participou de diversas câmaras temáticas do evento. Em relação ao turismo GLBTT, houve procura pelo destino Maranhão? O Estado está preparado para receber turistas do segmento de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Transexuais e Travestis?
HM:
Dentre os destinos maranhenses, a cidade de São Luís é a mais estruturada para receber esse público. Na verdade, por ser um segmento de trabalho novo no meio, os operadores participaram da rodada para conhecer se o destino está preparado ou não para atender a esse público. Os operadores e agências também estão em fase de descobertas e buscando meios de operacionalizar isso em conjunto. A proposta que pensamos agora para agosto é conversar com o presidente da Abrate para trazer um curso e palestra de sensibilização para São Luís sobre o turismo para o segmento GLBTT.

Cazombando: Houve alguma coisa nova no evento que o Maranhão ainda não explore e que teria que abraçar?
HM:
Acredito muito no desenvolvimento desses novos pólos mapeados pela Secretaria de Estado de Turismo. Os clientes estão em busca de novidades e, principalmente, da economia da experiência. Hoje, o turista não quer ser só contemplativo, mas vivenciar todo o processo. O Sebrae, de maneira inovadora, está implantando isso em seus projetos de Turismo.

Cazombando: O que seria a economia da experiência?
HM:
Ela trabalha com as sensações, com os prazeres e fazeres do destino. Por exemplo, o turista vai visitar o Centro Histórico. Ele visita e lá tem uma companhia de teatro onde ele mesmo vai contar a história do lugar, sendo ator de uma peça; ele vai fazer o roteiro da oficina de artesanato, aonde vai aprender a fazer uma peça e levar para casa algo feito por ele; pode, dentro de um restaurante do lugar, fazer um arroz de cuxá para aprender a receita. Na economia da experiência o turista vivencia o roteiro e leva isso dentro de si quando vai embora.

Cazombando: Você falou de São Luís, de Chapada das Mesas, de Lençóis, mas não falou da Rota das Emoções. Vocês esqueceram o roteiro?
HM:
Não. Quando a gente fala de Lençóis, digo Rota das Emoções, até porque é o grande chamariz do Maranhão hoje. Mas quem pode falar mais sobre o assunto é a gestora do Projeto de Turismo, Artesanato e Cultura em Barreirinhas, Danielle Abreu.

Cazombando: Como está a Rota das Emoções hoje?
Danielle Abreu:
Estamos comprovando que a procura e o fluxo de turistas da Rota tem aumentado bastante. São turistas mais segmentados, que gostam de turismo de aventura. Os SEBRAE Maranhão, Piauí e Ceará, em seus respectivos territórios, estão trabalhando junto ao trade para que este possa atender as exigências desse turista diferenciado.

Cazombando: E como está à entrada da Rota das Emoções no Maranhão atualmente?
Danielle Abreu:
Temos apenas o problema do aeroporto, mas nada que afete o roteiro ou arruíne a viagem do turista. Apenas um pequeno desconforto que o turista não tem reclamado em relação a isso, não. Quanto à estrada de Tutóia, que dá acesso ao Maranhão pelo Piauí, já está toda asfaltada até Paulino Neves e tem melhorado muito o acesso da Rota.

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