sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Cidades da região que fazem parte da ADRS cobram ação do governo

No início do governo Roseana, surgiu uma discussão sobre a saída ou não do Maranhão do consórcio público de turismo feito em parceria com os estados do Piauí e Ceará, que resultou na criação da Agência de Desenvolvimento Regional Sustentável (ADRS), cujo objetivo seria desenvolver ações em prol dos três estados, o que de fato não aconteceu.

A ADRS nasceu no governo de Jackson Lago. Fruto de muitos debates entre técnicos, avalizadas pelas Assembléias Legislativas dos três estados, com o endosso do Ministério do Turismo e sancionada pelos governos envolvidos, que viram na parceria uma iniciativa pioneira de desenvolvimento da região.

Ao ser criada a ADRS, ficou acertado um repasse de verbas por parte dos governos signatários para custear salários, despesas de deslocamentos dos técnicos que ali trabalham, além de que cada estado indicaria três pessoas para cuidar dos assuntos de seus interesses e que a coordenação da agência seria rotativa, onde cada estado ocuparia a coordenação por dois anos.

Sentindo o descompromisso da ADRS no Maranhão, empresários e prefeitos das cidades, que deveriam ser assistidas pela ADRS, resolveram cobrar do governo um posicionamento. Nestes quase cinco anos de existência, a ADRS deixou de dar respostas a questões concretas, deixando o trade insatisfeito pela falta de ações em solo maranhense.

Ao assumir em abril de 2008, a governadora Roseana se mostrou insatisfeita com o consórcio, deixou de fazer os repasses financeiros, e também não indicou mais o executivo que respondesse pelo Maranhão. Ou seja, o Consórcio Maranhão, Piauí e Ceará, hoje é formado somente pelos dois últimos.

Depois de toda essa repercussão a governadora recebeu os representantes dos municípios da Rota e de bate pronto prometeu todo apoio para as ações em prol do turismo maranhense, e, ainda, um posicionamento de fato sobre o destino do Maranhão no dito consórcio, nas quais algumas ações seriam revistas, entre elas, melhorias no aeroporto de Barreirinhas e que São Luís também fosse porta de entrada para a Rota das Emoções.

O que se percebe é a preocupação do governo maranhense em manter o Maranhão como entrada para a rota, o que é altamente positivo uma vez que é sempre nas capitais a entrada para os grandes destinos turísticos existentes no Brasil e São Luís, não podia abrir mão de ser portal de entrada. Agindo assim, o governo maranhense preserva os interesses do Estado que tem 75% das ilhas do Delta das Américas, e “de quebra” tem os Lençóis Maranhenses como um dos destinos mais cobiçados pelos turistas brasileiros e estrangeiros que desejam conhecer o roteiro.

O posicionamento do estado está correto em potencializar o destino Maranhão, mas deve discutir urgentemente sua posição como integrante no Consórcio público para que possa também utilizar o roteiro integrado como captador de turistas para o Estado, coisa que está acontecendo timidamente.

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