segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Maranhão: A busca da qualidade na prestação de serviços turísticos têm que ser uma constância

Em uma época em que os consumidores são cada vez mais exigentes, a qualidade que as organizações oferecem os seus produtos e serviços constituem um fator de incontornável importância para a sua permanência e o seu sucesso num mercado cada vez mais concorrencial. E o setor do turismo não pode ser alheio a esta realidade, uma vez que também neste setor a qualidade tem vindo a assumir-se como uma condição essencial de competitividade.

No Maranhão, infelizmente algumas empresas ou prestadores de serviços, ainda não atentou para isso. Em muitas cidades do Estado, o fornecimento dos serviços turísticos é precário, desqualificado. Em viagem a cidade de Carolina, mais precisamente a Pedra Caída, a equipe do Jornal Cazumbá observou que não há uma preocupação em manter a qualidade dos serviços prestados, em especial, na visita às cachoeiras do Complexo, visto que os grupos guiados são enormes, com mais de 50 pessoas; isso no nosso entendimento desqualifica a prática turística, pois dificulta a comunicação, as pessoas não ouvem direito e ficam desconfortáveis; o ideal é que fossem feitos grupos menores, de no máximo de 15 a 20 pessoas, o que seria menos impactante para o meio ambiente e mais proveitoso.

Neste caso específico, não houve nenhuma interação entre condutor que devia ser um guia isto, quando a pessoa responsável pela condução do grupo é qualificada para tanto e cativa seus conduzidos com histórias e estórias do lugar, que no caso de Pedra Caída, são muitas, digo isto, porque já estive inúmeras vezes no local e conheço várias histórias e causos que deixam sempre uma conotação mística no ar e ao final do passeio, ficavam sempre um gostinho de quero mais em todos que ali chegavam, porque não bastam só as belezas, o que tem por trás de tamanha beleza é de suma importância e interesse.

Na cidade da Raposa a experiência foi igual. E olha, que escolhi uma empresa que já esta há anos empreendendo na atividade e em tese já era para ter excelência no atendimento ao turista. Na prática, observei que houve um retrocesso. A começar com o início dos passeios que saiu com quase uma hora do horário marcado e os condutores entraram mudos e saíram calados, não apresentaram o lugar, não especificaram e nem mostraram nada a ninguém, ou seja, foi feito um passeio de 3 horas num lugar belíssimo, mas para quem não conhece, foi apenas um passeio de contemplação, com algumas paradas para banho, deixando desta forma uma péssima impressão no turista.

Essa situação é inadmissível. Uma vez, que nestes dois exemplos, sou testemunha dos esforços e treinamentos dados a estes “profissionais” pela Secretaria de Turismo do Maranhão, SEBRAE, Marinha, SENAC e até algumas entidades de classe, que estãobuscando sempre a melhoria na qualificação constantes dos serviços ao turista, mas vejo que está sendo em vão, pois estes aprendizados não tem sido empregado na atividade.

Portanto, a atividade turística não pode permitir a improvisação, má vontade e a falta de qualidade na prestação dos serviços. Cativar um cliente é a maior arma que o empresariado (principalmente) deve utilizar para manter sua clientela. Para isso o atendimento bem feito e com qualidade é apenas o início de um caminho que faz com que os turistas retornem ao mesmo local sempre.

Assim, a compreensão e o respeito pela relação de interdependência entre o turismo e a prestação de serviços são fundamentais para que os destinos turísticos possam ser desenvolvidos a partir de uma base sustentável. Esta questão deverá ser tida em conta não só na concepção de novos destinos turísticos, mas também na requalificação e no reinventar de destinos que já atingiram a fase de maturidade.

Somente com uma atitude proativa das organizações que atuam no setor turístico e com uma visão integradora dos várias componentes deste setor (alojamento, prestação de serviços turísticos, infraestruturas de comunicações e transporte, etc.) se poderá construir um turismo de qualidade, duradouro, diferenciador e competitivo nos mercados em que ele atua.

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