terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Quanto tempo se leva para se fazer Justiça?

Por: Reginaldo Rodrigues/Jornalista/Turismologo

Um dos fatores que menos se leva em conta quando julgamos qualquer fato, pessoa, é o tempo. Às vezes a justiça vem a jato, mas quase sempre vem a passos de cágado. O tempo costuma ser benevolente com quem sabe esperar, e implacável com quem desconsidera alguns aspectos éticos da vida.

Falo isto, porque no ano de 2008, por determinação da Justiça, foi feito concurso para os cartórios que não tinha mais seu tabelião titular no cargo, ou seja, os cartórios que os titulares por motivo de aposentadoria ou morte tivesse saído de sua serventia e o tabelião substituto tivesse assumido em seu lugar, teria que ceder para os novos concursados.

E assim se fez, no Cartório do 3º Ofício de Notas de São Luís, que até então tinha o Dr. José Maria Pinheiro Meireles, como Tabelião em substituição ao Dr. Eloy Coelho Neto, falecido no ano de 2005, no qual Dr. José Maria, era seu tabelião substituto, e assim assumiu a titularidade do aludido Cartório por 12 anos, exercendo seu ofício com boa fé, dedicação e respeito às instituições e às pessoas acima de tudo.

Mas no dia 10/01/2010 a sociedade maranhense foi bombardeada com notícia mostrada em um canal de televisão, que também também veiculou a matéria em rede nacional, mostrando para todo o Brasil de maneira depreciativa, a atitude de um homem justo, mas num “recorte” de uma fala sua, dita em outro contexto, mas, naquele momento era mostrado como insano, apegado a uma instituição que não mais lhe pertencia por direito: O 3º Ofício de Notas de São Luís.

E, assim, se travou um embate, em que o “novo” tabelião, concurseiro, profissional, oriundo, sabe-se lá de onde, mas que já tinha a titularidade de outro Cartório em Samambaia/Brasília, agora assumia o 3º Ofício da capital maranhense e depois de São Luís, assumiu também a titularidade do Cartório na cidade de Criciúma/SC.

Até aí tudo bem, foi aprovado e era direito seu assumir e o Dr. José Maria já estava pronto a conversar, mostrar como era o desenrolar do Cartório e seus entraves, ou melhor, entregar o que era de Direito ao "novo" titular do até então Cartório Eloy Coelho, mas a boa fé do Dr. José Maria foi surpreendida, quando o “novo” tabelião lhe bate a porta com uma intimação judicial para que entregasse tudo que tinha no Cartório, (porteira fechada), ou seja, não houve um contato prévio e nem uma forma de diálogo entre o tabelião que chegava com o que saia.

Com uma arrogância e prepotência jamais vista, o “novo” tabelião exigia tudo que tinha no prédio, até mesmo o que não pertencia a serventia, como coisas pessoais do tabelião que saia, e em especial o arquivo digitalizado, fruto de anos de serviço e pesquisa, que igualava o 3º Ofício de São Luís, aos cartórios do centro sul do país. Assim, se sentindo usurpado em seus Direitos, Dr. José Maria, pronunciou a frase: “Só entrego se passarem por cima do meu cadáver”, frase esta, dita num contexto da não entrega dos arquivos pessoais, o que provocou todo “espetáculo midiatico”, mostrado em canais de TV, jornais e outros, quando na verdade, a verdade não era a mostrada, como num recorte, numa frase dita em outra situação.

Os dias se passaram, o 3º Ofício mudou de endereço, o “novo” tabelião, como já previsto, assumiu e em seu lugar deixou um laranja, que não conseguiu levar o bom nome do Cartório em frente, fruto de anos de trabalho, tanto do Dr. José Maria, como dos outros tabeliães que o antecederam.

Ao assumir da maneira que assumiu o “novo” se portou como uma pessoa que tem o espírito da maldade, ou que é tão inconsequente que nem sabe bem o que faz ou o quanto prejudica os outros, esta pessoa, mais cedo ou mais tarde, acaba se perdendo sozinha, dando em nada, se rastejando sobre sua própria miséria moral. E assim aconteceu num espaço tão curto de tempo.

Durante os dois anos de ausência do 3º Ofício Dr. José Maria, a convite do Dr. Celso Coutinho, respondia pelo Cartório do 2º Ofício de São Luís. Com todos os adjetivos já descritos acima, atraindo novos clientes com serviços sérios, além de atrair seus antigos clientes, o que deu uma nova dinâmica ao Cartório Celso Coutinho.

Mas como diz o Salmos 37:25: “Fui moço, e agora sou velho; mas nunca vi desamparado o justo, nem a sua semente a mendigar o pão”. Assim se fez. No dia 25/01/2012, Dr.José Maria Pinheiro Meireles, foi surpreendido por uma decisão do Tribunal de Justiça do Maranhão, que lhe restituía a titularidade do Cartório do 3º Ofício de Notas de São Luís, o que de pronto reassumiu. Mas e o “novo” tabelião que assumiu com toda pompa e mídia? Bem, esse senhor, foi destituído de sua função, por abandono da mesma, também o tabelião substituto perdeu sua função por suspeita de envolvimento em crimes que não fica bem para um homem de sua envergadura.

Neste caso, a justiça se fez. Mesmo aviltado em seus Direitos, abandonado por alguns “amigos” e colaboradores de anos, Dr. José Maria, conviveu dois longos anos, na certeza que mesmo sendo um operário da Justiça, quando ele mais precisou da mesma ela lhe virou as costas. Mas, o sono do justo é sempre tranquilo, não tardou muito e a justiça que há dois anos lhe tirava anos de serventia, agora lhe restitui seu tabelionato.

O mundo só é injusto se você olhá-lo como uma fotografia. Se você olhá-lo como uma sequência de fatos verá que, se ele não se torna completamente justo, porque isso envolve os aspectos insondáveis da existência, certamente verá que muita coisa “se ajusta” por si só. Basta saber esperar. Neste caso, nada mais justo que a “imprensa” que pilhou Dr. José Maria, viesse e mostrasse como de fato as coisas aconteceram. Mostrando a Portaria nº 153/2012, da CGJ, que designou Dr.José Maria Pinheiro Meireles, substituto do 2º Tabelionato de Notas de São Luís, ficará respondendo pelo 3º Ofício de Notas da Capital, no qual nunca devia ter saído.

Veja a Portaria:


Um comentário:

  1. E os antigos funcionários ele vai admitir, e os filhos do antigo dono que deu a ele o cartorio de notas Dr Eloy Coelho Neto, um deles até passando fome está, foram dez demitidos passaram dois anos até que ele o Sr José Maria começasse a chamar para dar os seus direitos, (tiveram que fazer acordo) porque tinham uns que estavam desempregados e passando necessidades; até agora ele não chamou nenhum antigo empregado, e olha que eles são profissionais de mais de 20 anos de carreira nesse cartorio.

    ResponderExcluir