quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Brechó na Praia Grande anima Centro Histórico

A ideia não é nova, mas a atividade é bastante estimulante. Brechó é uma palavra que está associada a uma loja de roupas e objetos usados.

Na sua origem, era na verdade chamado de Belchior, pois no século XIX, no Rio de Janeiro, existiu um sujeito que atendia por esse nome, e que teve a idéia de abrir uma loja para comercializar produtos de segunda mão. O nome Belchior, sofrendo o processo de corruptela, acabou se transformando em brechó. Parente do Sebo, que comercializa especificamente livros usados, esses estabelecimentos disponibilizam todo tipo de produtos, inclusive livros. São roupas, retratos antigos, colares, pulseiras, bonés, lenços, discos de vinil, louças, relógios e calçados, dentre tantos outros objetos que a imaginação puder conceber.

O brechó é uma alternativa inteligente e saudável em tempos de vacas magras, ou para quem deseja descolar algo diferente. A opção de compra não se resume apenas a se ter acesso a um produto barato, mas, a objetos de qualidade. Nesses lugares, é possível encontrar verdadeiras preciosidades a preço de banana, embora algumas bananas vendidas em hipermercados estejam custando mais caro do que muita coisa que se pode encontrar num brechó. O ambiente é propício, também, para colecionadores, estimulando ainda a reciclagem, o que coloca o negócio ao lado da modernidade, pois contribui na luta contra o desperdício, encaixando-se o brechó no rol das práticas ecologicamente corretas.

A atividade sempre atraiu um público mais alternativo ou até mesmo excêntrico em relação ao vestuário e à decoração. A criatividade pode ser exercida sem medos nesses lugares, pois as roupas e demais objetos ali negociadas podem proporcionar um look descontraído e contemporâneo ou uma decoração de ambientes cult . É por essa razão que tais lugares são bastante frequentados por atores, atrizes, dançarinos, músicos, figurinistras, modelos, designers, fotógrafos, performers e diretores de teatro, que estão sempre em busca de novidades para seus espetáculos.

O local também oferece opções alegres e originais para quem deseja usar seu bom gosto numa festa à fantasia. Além da comercialização tradicional, com o sistema da compra e venda, ali também funciona o esquema da consignação, no qual o cliente deixa o seu objeto no brechó e recebe o dinheiro quando o mesmo é vendido, ficando uma porcentagem para o dono do estabelecimento. O negócio também permite que não somente o dono ganhe dinheiro com o processo, mas também quem compra os objetos, pois servirão para compor figurinos ou cenários que irão gerar renda mais adiante.

Animada por esse espírito alternativo que a jornalista e produtora cultural Giselle Bossard criou o “Brechó no Olho da Rua”. Trata-se de um brechó itinerante, realizado ao ar livre. Amanhã, quinta-feira , dia 09/02, o brechó que ela organiza estará montado em frente ao bar Moiras, situado na rua Humberto de Campos, Praia Grande, em pleno Centro Histórico de São Luís. O Moiras é um bar recentemente inaugurado na área, e fica ao lado do Roots Reggae, quase defronte da Secretaria de Turismo do Município - SETUR . O brechó funcionará a partir das 17h e ficará aberto até meia-noite. Na ocasião, irá rolar um som e pode ser também que haja livros e vinis pra vender. “Levem as crianças, as irmãs, tias, avós, amigos, namorados ou namoradas! Os artistas podem levar suas artes. Trata-se também de um momento para conversarmos, rirmos e articularmos projetos e ações”, convida a animada produtora cultural Giselle Bossard.

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