quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Empresas investem 43% a mais em eventos durante 2011


Dados da pesquisa O Impacto Econômico dos Eventos, encomendada pelo Instituto Alatur, em parceria com o capítulo brasileiro da MPI (Meeting Professionals International), revelam que as melhores e maiores empresas do Brasil aumentaram em 43% seus investimentos em eventos durante o ano de 2011. O número superou o índice de 2010, que acumulou crescimento de 41% em relação a 2009 e registrou, em média, gasto de R$ 2,4 milhões por empresa.

A amostra indica que as empresas tendem a realizar eventos próprios, como convenções, lançamentos de produtos e patrocínio de shows. Hoje, 97% das companhias acreditam que o número de eventos verdes deve aumentar significativamente no Brasil e 74% já utilizam materiais naturais para organização das ações. Efetivamente, 41% já organizam eventos verdes e 25% conversam sobre o tema, assim como 90% confiam na atual expansão do mercado no País. “O share dos eventos próprios e patrocinados cresce gradativamente ano a ano, pois o ROI pode ser bem mais significativo”, diz Alberto Moane, diretor da Alatur Eventos & Incentivos.

Segundo o material, cada companhia realiza, em média, 18 eventos pequenos (dez a 50 pessoas) durante o ano. Ações de médio porte (51 a 250 pessoas) somam 19 realizações e os grandes eventos (250 pessoas ou mais) chegam a 12. Os investimentos estão direcionados para exposições, salões e stand em feiras (42%), bem como confraternizações (40%) e treinamentos/workshops (33%).

Atualmente, 65% das companhias já utilizam novas tecnologias para reuniões e eventos e promovem treinamentos para utilização das mesmas (57%), como sistema de telepresença (55%), avaliação do ROI das mídias sociais (29%), uso do holograma nas reuniões (14%) e promoção de reuniões virtuais/ híbridas (71%).

Planejamento
Os eventos estão cada vez mais planejados, controlados e normatizados. Prova disso, 89% das empresas possuem diretrizes para busca de savings e 26% já utilizam o sistema Return On Investiments (ROI) para eventos corporativos como um todo. Em 74% das companhias, os eventos são organizados a partir dos setores de marketing, comunicação, viagens ou próprio departamento de eventos. Entretanto, o setor de compras colabora no processo em 57% das empresas, com o poder de decisão em apenas 6%.

No geral, em ordem decrescente, a relevância na satisfação após contratação de fornecedores depende de atendimento (29%), preço (26%), conceito criativo (19%), expertise (15%) e tempo de organização (11%). Exatamente 90% das entrevistadas dizem que esperam empenho de seus profissionais no momento de negociação em busca dos savings e 83% confiam e consideram seus fornecedores altamente organizados. A preferência de 54% é pela contratação de agências de pequeno e médio porte, por conta de um melhor atendimento.

“A pesquisa diz que 78% das empresas precisam de mais de um fornecedor. Porém, a fragmentação de serviços em excesso pode prejudicar a gestão de eventos”, avalia Moane. A solução pode estar no planejamento, pois o tempo de organização dos grandes eventos é próximo a três meses. Atualmente, 66% das companhias possuem calendário de eventos, mas 22% das ações realizadas não estão previstas no papel.

Perfil do profissional
As empresas avaliam o profissional que está no mercado como qualificado e experiente. Entretanto, 64% acreditam que faltam cursos de formação adequados às atuais demandas do mercado. Em média, cada gestor de eventos está no cargo há cinco anos, 66% possuem pós-graduação, e 75% das empresas acreditam que contam com profissionais qualificados.

Realizada pela Fran6 Análise de Mercado, a amostra abordou gestores de eventos de 75 empresas (64% indústrias e 34% comércio e serviços), com média de 13 mil colaboradores, consideradas entre as mil maiores e melhores do País.

Jornal de Turismo

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