quinta-feira, 8 de março de 2012

O mundo é das mulheres

Dia Internacional da Mulher é marcado por homenagens a elas que hoje ocupam posições importantes na sociedade.
Celebrado há 37 anos pela Organização das Nações Unidas (ONU), o Dia Internacional da Mulher traz vários significados. O maior deles, no entanto, é a luta por uma sociedade na qual mulheres e homens tenham direitos iguais. Comemorada hoje em todo o mundo, a data marca não apenas um momento festivo, mas, principalmente, uma ocasião para a reflexão.

O dia no qual acontecem as homenagens não foi escolhido ao acaso. De acordo com alguns historiadores, a data faz referência a 1857, quando operárias de uma fábrica de tecidos de Nova York (EUA) fizeram uma grande greve. Elas ocuparam a fábrica para reivindicar melhores condições de trabalho como redução na carga diária de trabalho para 10 horas (as fábricas exigiam 16 horas de trabalho diário), equiparação de salários com os homens (as mulheres chegavam a receber até um terço do salário de um homem, para executar o mesmo tipo de trabalho) e tratamento digno dentro do ambiente de trabalho.

Reprimida com grande violência, a reivindicação acabou de forma trágica. As mulheres foram trancadas dentro da fábrica, que foi incendiada matando aproximadamente 130 tecelãs carbonizadas. Somente em 1910, durante uma conferência na Dinamarca, ficou decidido que o 8 de março passaria a ser o Dia Internacional da Mulher, em homenagem a essas operárias. No entanto, somente em 1975, por meio de um decreto, a data foi oficializada pela ONU.

Mudanças - De lá para cá, o cenário mudou muito. No século XX a mulher alcançou importantes conquistas como a liberação sexual e o direito a escolher os próprios governantes. Além de poder votar, elas puderam ser votadas. Foi assim que, em 1994, o Maranhão marcou a história do Brasil por eleger Roseana Sarney a primeira governadora do país, sendo reeleita em 1998.

Reeleita para o quarto mandato, Roseana Sarney chegou a ter seu nome cogitado para substituir Fernando Henrique Cardoso na Presidência da República, em 2002. Como senadora assumiu a liderança do governo Lula no Congresso Nacional, em 2007. O ingresso na vida pública, no entanto, aconteceu em 1990, quando foi eleita deputada federal mais votada do Maranhão. Em 1992 ficou conhecida como "musa do Impeachment", devido à coordenação no Congresso Nacional que fez para o afastamento do ex-presidente Fernando Collor de Mello.

Além da política, as maranhenses têm grande destaque no mundo das artes. Na literatura, nomes como Maria Firmina dos Reis, primeira romancista maranhense e uma das pioneiras do gênero no Brasil. Além dela ressaltam-se as escritoras Lucy Teixeira, Virginia Rayol e Conceição Aboud. Em suas obras, temáticas femininas, algumas ainda bastante atuais. As mulheres ocuparam também seu espaço no campo musical, com destaque para a pianista Lilah Lisboa e no Teatro, com a atriz Apolônia Pinto.

Embora tenham alcançado lugares de destaque e avanços em muitos segmentos, as mulheres ainda sofrem com salários baixos, violência, jornada excessiva de trabalho e desvantagens na carreira profissional. Sendo assim, muito ainda há para ser conquistado.

Fonte: Jornal O Estado do MA

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