segunda-feira, 30 de abril de 2012

Quem disse que viajar custa caro?



Viajar, sair de casa é uma alternativa excelente para quebrar a rotina e aliviar o estresse do dia-a-dia. A recomendação pode ser médica, familiar ou partir de você mesmo. Importante é desviar o pensamento dos problemas cotidianos e curtir um pouco de sossego. Não importa tanto o destino: é possível, sim, encontrar pacotes baratos e de qualidade.O turismo popular movimenta R$ 4,5 bilhões por ano no país, segundo dados do Instituto de Pesquisa Data Popular. A intenção dessa fatia de mercado é atrair famílias acostumadas a viajar de ônibus e ficar hospedadas em casas de parentes e amigos. Aos poucos, os viajantes percebem a comodidade e facilidade de se hospedar em hotéis, por exemplo. Nos últimos dois anos, o brasileiro gastou 19% a mais em viagens, conforme dados recentes. A expectativa é que, só neste ano, o crescimento supere os 16%.

Os deslocamentos aéreos também tendem a crescer com a instalação de vôos mais baratos. Hoje, somente 3% das famílias de baixa renda viajam de avião. A aquisição de novas aeronaves derrubou o preço das passagens. É possível encontrar casos em que o valor se assemelha ou é até inferior ao das viagens de ônibus. A Gol por exemplo, modificou todo um conceito de viagens de avião no Brasil e vem explorando competentemente esse nicho. Oferece passagens baratíssimas, para a classe econômica. Um bilhete de Joinville a São Paulo não custa mais do que R$ 200, isso quando não há promoções que abatem até 60% desse valor.

O lazer já foi caro, mas hoje faz parte do planejamento familiar de muitos brasileiros. É prioridade. Está na primeira página. E as redes hoteleiras não ficam em segundo plano: trouxeram ao país hotelaria de qualidade e preços acessíveis. A maior procura está centrada na chamada hotelaria econômica – de qualidade e barata.

Outra opção para quem não dispõe de muito dinheiro são os pacotes das agências de viagens. É possível parcelar em diversas vezes e conseguir bons descontos nas estadias. Por cerca de R$ 2.200 reais, é possível passar oito dias na Europa, com direito a passeios turísticos inclusos. Tudo em até 12 prestações fixas.

Mesmo com esse leque de opções, alguns turistas ainda acham inviável a hospedagem em hotéis, especialmente quando toda a família pega a estrada. Sem ficar para trás do desenvolvimento constante de produtos, a hotelaria também está se tornando popular. Redes hoteleiras colocam no mercado apartamentos econômicos, com lugar para três, quatro pessoas, custando cerca de R$ 15 a diária para cada uma.

Esses locais podem estar nas grandes cidades ou em rodovias. O Hotel 10 é um exemplo clássico. Trabalhando com unidades à beira das vias de alto tráfego, alia bons preços ao conforto de uma estadia agradável. Já nos grandes centros, o Íbis e o Formule 1 são boas opções que seguem essa linha de preços e estilo.

Em pouco tempo, o hábito de viajar, de se hospedar ou sair para um bar e restaurante serão tão populares e necessários quanto falar ao celular e caminhar para ganhar saúde. Não se preocupe. Se você está estressado, saia para uma viagem de fim-de-semana. Certamente perto do seu destino favorito encontrará um hotel econômico e agradável esperando.

Fonte: Paulo Linzmeyer – Empresário, diretor da rede Hotel 10

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Entrevista: Peter van Voorst Vader, presidente do BHG (Brazil Hospitality Group)



Com o objetivo de crescer no Nordeste do Brasil e seguindo a estratégia de focar em hotéis voltados para o turismo de negócios nas principais cidades do país, a Brazil Hospitality Group (BHG) comprou a administradora de hotéis Grupo Solare.  Atualmente, o Solare é responsável pela operação de sete hotéis em São Luís, nas categorias budget (Soft Inn), econômico (Expresso XXI) e midscale (Solare Hotéis e Suítes), totalizando 858 apartamentos. Além destes, opera o hotel de luxo Gran Solare Lençóis Resort com 242 apartamentos, na cidade de Barreirinhas, localizado à beira do Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses.
Com a aquisição, a BHG passará a ter 45 hotéis entre próprios e administrados, com 8.322 apartamentos, distribuídos em 15 estados mais o Distrito Federal. A rede ainda tem 12 hotéis em desenvolvimento.
Para falar sobre o assunto, o Jornal Cazumbá conversou com o presidente do BHG (Brazil Hospitality Group), Peter van Voorst Vader.

JORNAL CAZUMBÁ - Como surgiu a ideia de comprar o Solare?
PETER VADER - Sempre pretendemos crescer no nordeste do Brasil, então nós temos que ter uma operadora daqui, e achamos que o Grupo Solare é excelente base para crescermos no nordeste.

JC - O Solare há pouco se fundiu com outros grupos hoteleiros, formando a Allia hotels. Como fica essa fusão? A BHG comprou a Allia também?
PV - Não, a Allia é uma opção a parte; O Solare saiu da Allia e nós fizemos uma fusão com eles, pois ficamos impressionados como o Solare administra bem os hotéis.

JC - Como se deu essa transação comercial? Foi feito algum estudo?
PV - Antes a gente já tinha visto outras oportunidades que não se materializaram, e aí esta oportunidade se apresentou e achamos viável. Tudo que fazemos é baseado em estudos do mercado regional, nacional, faz parte do nosso planejamento estratégico de comprar ou administrar hotéis que sejam localizados em cidades e regiões que apresentam alto índice de crescimento econômico, forte demanda e grande potencial de crescimento do turismo de negócios ou receptivo. Assim, foi feito um estudo sobre o Maranhão, o segundo maior estado da região Nordeste.

JC - A BHG comprou todo o Grupo Solare ou apenas parte dele?
PV - Compramos todo o Grupo Solare.

JC - O Maranhão então é um bom estado para investir?
PV - Sim, o Maranhão teve um crescimento excelente nos últimos anos, a mudança é marcante, enorme, acho que o Maranhão tem muita oportunidade para crescer.

JC - Como vai funcionar o modelo comercial do grupo?
PV - Vamos manter a atual estrutura e base operacional do Solare, e reforçar com a estrutura da BHG; nós temos hoje três call centers, mais de 60 pessoas na rua em todas as capitais do país, meios eletrônicos, etc.

JC - Os hotéis do Grupo Solare permanecerão com o nome Solare?
PV - Alguns vão permanecer com o nome Solare e outros otimizados, visando os investidores nesses prédios.

JC - A BHG tem interesse em investir em empreendimentos imobiliários no Maranhão?
PV - Em principio estamos trabalhando com investidores locais.

JC - Como fica a estrutura de gerenciamento do grupo?
PV - Permanece a mesma estrutura, com a Ana Claúdia no setor das operações, a Andrea no controle financeiro e o Rogério Tavares no Conselho da BHG.

JC - Qual o futuro da equipe de trabalho de São Luís?
PV - Normal, a compra não muda nada.

Sobre a BHG
Brazil Hospitality Group é uma das principais empresas de hotelaria do país, com hotéis próprios e administrados divididos nas categorias 3, 4 e 5 estrelas. A companhia é a responsável pela marca Golden Tulip na América do Sul.

A BHG é uma companhia de capital aberto, com ações negociadas no Novo Mercado da BM&FBovespa com o ticker BHGR3.

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Décio Sá


JM Cunha Santos 

Não sei o que escrever. Pela primeira vez não sei o que dizer. Estou puído. Não faço questão de fazer parte dessa humanidade. Se é que isso é uma humanidade. Quem mata gente assim? Quem pode ser tão bárbaro e tão covarde? O que há nas almas deles? Quais são as substâncias que correm nessas veias assassinas?

Convivi tempo demais com Decio Sá, com o repórter sedento de notícias que conheci no jornal “O Imparcial”. Não compreendo. Não sei quem são essas pessoas nem do que elas são feitas, nem porque é tão fácil e necessário matar jornalistas. Estou pasmo, descrente, ferido, estuprado. Estou caindo. Quero continuar caindo. Não é assim que se resolvem as diferenças humanas, pelo menos não deveria ser assim.

Aos sessenta anos estou cansado de conferir cadáveres, estou farto, indigesto de tanta violência, tanto ódio e terror. Estou cansado, simplesmente cansado de ser gente. De querer ser gente e não conseguir. Lamento Décio, lamento muito e profundamente. Por você e por todos nós.

E nada podemos, teus colegas de profissão, te oferecer agora, a não ser essa madrugada silente e insone que os bárbaros sem alma, os filhos de Belzebu, quiseram transformar em horas de horror.

O crime venceu e está vencendo. Vence sempre. Parece que, de repente, ninguém mais obedece às ordens de Deus ou, então, por tanto ser desobedecido, Deus prefere não dar mais ordens a ninguém.

Os que te matam, hoje, matam a liberdade, matam a sociedade e tentam matar uma profissão, enforcar a notícia. Não sei mais o que dizer. Não quero apagar a luz. Não quero a luz. Não quero dormir. Quero que esses assassinos paguem por seu crime. Aqui e no inferno de suas almas. Seja feliz, por favor...

terça-feira, 24 de abril de 2012

Imprensa maranhense de luto

Este blog está de luto pelo assassinato covarde do jornalista e blogueiro Décio Sá. Ele foi morto covardemente na noite de ontem com seis tiros disparados à queima-roupa, sem nenhuma chance de defesa. O fato aconteceu em um restaurante na Avenida Litorânea e deixou de luto toda a imprensa maranhense.

O assassinato de Décio Sá é uma afronta à liberdade de expressão, bem com um atentado a muitas outras muitas liberdades. Não se admite que em pleno século XXI, profissionais do naipe de Décio Sá, tenham a vida ceifada, pelo fato de expressarem aquilo que pensam.

O que está evidente no assassinato covarde do jornalista Décio Sá tem a ver com o que ele expressava em seu blog diário, um dos mais acessados do país. É inaceitável que ainda aconteçam crimes como o do companheiro Décio e seus assassinos continuem impunemente. Toda a imprensa maranhense está ferida de morte, pois o crime de Décio é uma afronta à democracia, à liberdade de expressão e pensamento. Agora, cabe ao aparelho de segurança do Estado, dar resposta a altura, pois é inaceitável que ainda tenhamos crimes de pistolagem em nosso Estado e que o crime em que foi vítima Décio Sá não seja mais um dos muitos que aconteceram neste Estado e que permanece na galeria dos crimes insolúveis.

Os editores deste blog enviam condolências à família do jornalista Décio Sá e aos companheiros de profissão.

segunda-feira, 23 de abril de 2012

NOTA TÉCNICA SOBRE MONITORAMENTO DAS CONDIÇOES DE BALNEABILIDADE DAS PRAIAS EM 18/04/2012

A Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Recursos Naturais (SEMA) informa, abaixo, as condições de Balneabilidade na Orla de São Luís resultante de monitoramento realizado na última semana.

O presente laudo refere-se à ação de monitoramento realizada nos dias 16 e 17 de abril de 2012, integrando série de acompanhamento semanal dos índices de responsabilidade da SEMA.

Para o presente laudo, foram coletadas amostras nas praias da Ponta d’Areia, São Marcos, Calhau, Olho d’Água, Praia do Meio e Araçagy, com o respectivo de 21 pontos de coleta, empreendida por técnicos do Laboratório de Análises Ambientais e da Superintendência de Planejamento e Monitoramento da SEMA.

Para a avaliação da qualidade da água utilizou-se indicador microbiológico (Escherichia Coli), para fins de quantificar bactérias/100 mililitros de água do mar, sendo as amostras de água colhidas em situação de maré vazante e na isóbata de 1m. Para isso, utilizou-se o método de substrato cromogênico definido.

O monitoramento obedece aos padrões fixados na Resolução CONAMA nº 274/00, segundo a qual, as águas das praias serão consideradas PRÓPRIAS, quando em 80% ou mais de um conjunto de amostras, obtidas em cada uma das cinco semanas anteriores, e colhidas no mesmo local, houver no máximo 800 E.coli/100 mL (NMP - Número Mais Provável). As águas das praias serão consideradas IMPRÓPRIAS, quando não atenderem aos critérios anteriores, ou quando o valor obtido na ultima amostragem for superior a 2000 E.coli/100 mL (NMP).

Registra-se que os resultados coletados na ação de 18/04/2012 não diferem, quanto aos índices, dos dados auferidos no monitoramento anterior, realizado nos dias 9 e 10 de abril do corrente.

 Os resultados coletados nesta etapa são os seguintes:
 
PONTOS
LATITUDE
LONGITUDE
LOCALIZAÇÃO/PRAIA
BALNEABILIDADE
P1
-2,50126593352878
-44,3183545442331
Ponta d’Areia
IMPRÓPRIA
P1.1
-2,49800897741314
-44,3133415794037
Ponta d’Areia
IMPRÓPRIA
P1.2
-2,4966216886190
-44,3107235757673
Ponta d’Areia
IMPRÓPRIA
P2
-2,49410946460035
-44,3079492496368
Ponta d’Areia
IMPRÓPRIA
P2.1
-2,49215379895233
-44,3074814556209
Ponta d’Areia
IMPRÓPRIA
P2.2
-2,49019989350395
-44,3065436044752
Ponta d’Areia
IMPRÓPRIA
P2.3
-2,48643482641749
-44,2907474050352
São Marcos
IMPRÓPRIA
P2.4
-2,48649869651953
-44,2882297327797
São Marcos
IMPRÓPRIA
P3
-2,48637590163789
-44,2848430248034
São Marcos
IMPRÓPRIA
P3.1
-2,48633340538863
-44,2813669657393
São Marcos
IMPRÓPRIA
P3.2
-2,4810340309265
-44,2634635558422
Calhau
IMPRÓPRIA
P4
-2,48108742364961
-44,2617748538103
Calhau
IMPRÓPRIA
P4.1
-2,48101240561582
-44,2539256205856
Calhau
IMPRÓPRIA
P4.2
-2,48135589600756
-44,249501903549
Calhau
IMPRÓPRIA
P5
-2,48037253112717
-44,2437795782541
Olho d'Água
IMPRÓPRIA
P6
-2,47693670519717
-44,2257357714788
Olho d'Água
IMPRÓPRIA
P7
-2,47002465256502
-44,2113641603019
Praia do Meio
IMPRÓPRIA
P8
-2,46760119290072
-44,2054933915019
Praia do Meio
IMPRÓPRIA
P9
-2,46370704450574
-44,195866608072
Araçagy
IMPRÓPRIA
P10
-2,46331820801742
-44,1921400977412
Araçagy
IMPRÓPRIA
P11
-2,46229410708768
-44,187624934141
Araçagy
IMPRÓPRIA
 Carlos Victor Guterres Mendes

Secretário de Meio Ambiente e Recursos Naturais do Estado do Maranhão

sábado, 21 de abril de 2012

MOA: principal banda diz que desistiu porque o evento não oferece segurançaDo G1, em São Paulo

Uma nota oficial divulgada pela assessoria da banda Rock N Roll All Stars na manhã deste sábado (21) confirma que o supergrupo que seria a maior atração do Metal Open Air (MOA) e que inclui a apresentação do ator Charlie Sheen não vai mais ao festival, em São Luís, no Maranhão. Esta é a oitava atração do festival a anunciar oficialmente seu cancelamento. Na sexta (19), a mulher de Gene Simmons, que é do Kiss e toca na banda, já colocava a performance em dúvida.

Um dos organizadores do festival, Marcelo Caio, declarou ao G1 que não pagou o cachê do combo Rock N Roll All Stars e Charlie Sheen na data combinada. Mas, de acordo com o comunicado enviado pela banda, o cancelamento e relato de outros artistas pesou na decisão.

“O Rock N’ Roll Allstars está triste de anunciar o cancelamento da apresentação no Metal Open Air Festival em São Luís, no Brasil. Lamentamos não poder comparecer. Estamos na América do Sul e prontos para o rock, mas as circunstâncias estão além de nosso controle: fomos informados antes de nossa viagem que muitos outros artistas desistiram dos shows, além da segurança local. Estamos muito preocupados pela segurança de fãs e artistas que já estão no festival. Ouvimos relatos de outras bandas e amigos no local de que o evento é perigoso e um desastre. Por favor, tenham cuidado, e estamos ansiosos para fazermos rock com vocês no future”, diz a íntegra da nota. A banda fecharia a noite deste sábado. O headliner de domingo (22), Venom, também já cancelou.

Blog de Luis Cardoso

Ministro Gastão Vieira recebe alta de hospital em São Paulo

Gastão estava internado desde quinta (19) e submeteu a um cateterismo. Ministro do Turismo retorna a Brasília na próxima terça (24) , diz assessoria.

O ministro do Turismo, Gastão Vieira, recebeu alta do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo por volta de 18h15, deste sábado (21). Segundo a assessoria, o ministro Gastão Vieira retornará a Brasília na próxima terça-feira (24).

Ele foi internado quinta-feira (19) e se submeteu a um cateterismo na manhã de sexta-feira (20). Ontem à tarde, o ministro disse estar muito bem através de mensagem numa rede rede social.

Fonte: G1 Maranhão

quinta-feira, 19 de abril de 2012

“Está tudo absolutamente tranquilo”, diz Gastão sobre internação

Do blog do Jornalista Gilberto Leda



Conversei há pouco, por telefone, com o ministro do Turismo Gastão Vieira (PMDB). Ele está internado no Hospital Sírio-Libanês, onde chegou hoje (19) para exames de rotina.

Segundo o próprio ministro, a equipe decidiu mantê-lo mais um dia no hospital, para realizar um cateterismo amanhã (20), após notar uma “imagem estranha” numa tomografia.

“Está tudo absolutamente tranquilo, mas os médicos não me deixariam sair daqui sem esclarecer essa imagem estranha que apareceu na tomografia. Nem eu quero isso”, declarou.

Gastão diz que a sua internação deve ter acabado ganhando repercussão no Jornal Nacional devido à proximidade do seu quarto com do senador José Sarney (PMDB).

“Eu acho que isso acabou no Jornal Nacional porque eu estou num apartamento duas portas ao lado do apartamento dele”, brincou.

Ao telefone, Gastão aparentava tranquilidade. Ele afirmou que deve sair do hospital nesta sexta-feira



Crianças bebiam água do gado em fazenda de deputado flagrada com escravos

Propriedade em que sete pessoas foram libertadas pertence ao deputado estadual Camilo Figueiredo, filho do ex-prefeito de Codó (MA), Biné Figueiredo

Crianças e adultos bebiam a mesma água que o gado na Fazenda Bonfim, zona rural de Codó (MA), onde foram resgatadas sete pessoas de condições análogas às de escravos após denúncia de trabalhadores que não quiseram se identificar. A libertação aconteceu no início de março e foi realizada por ação conjunta de Superintendência Regional do Trabalho e Emprego do Maranhão (SRTE/MA), Ministério Público do Trabalho e Polícia Federal. 
A propriedade em que foram flagradas condições degradantes pertence à Líder Agropecuária Ltda., empresa da família Figueiredo, que tem como sócios o deputado estadual Camilo de Lellis Carneiro Figueiredo (PSD/MA), além de Rogério Carneiro Figueiredo, Rodrigo De Lellis Salem Figueiredo e Camilo De Lellis Carneiro Figueiredo Filho. À Repórter Brasil, o deputado Camilo afirmou desconhecer as denúncias e disse que a fazenda é administrada por seu pai, Benedito Francisco da Silveira Figueiredo, o Biné Figueiredo, ex-prefeito de Codó. Biné, por sua vez, nega que seja administrador e alega que não há trabalhadores na propriedade, "apenas moradores".
Água utilizada pelo gado servia para os trabalhadores e para as crianças beberem e tomar banho. Fotos: Divulgação SRTE/MA

A água consumida no local era a mesma que a utilizada pelos animais da fazenda. Retirada de uma lagoa imunda, repleta de girinos, ela era acondicionada em pequenos potes de barro e consumida sem qualquer tratamento ou filtragem. Os empregados tomavam banho nesta lagoa, e, como não havia instalações sanitárias, utilizavam o mato como banheiro. De acordo com o auditor fiscal Carlos Henrique da Silveira Oliveira, que coordenou a ação, todos estavam submetidos às mesmas condições degradantes, incluindo as crianças pequenas.
Pecuária
A propriedade da família Figueiredo era utilizada para criação de gado para corte. Os trabalhadores resgatados cuidavam da limpeza do pasto com a retirada de ervas daninhas e arbustos, atividade conhecida como roço da juquira, e ficavam alojados em barracos feitos com palha. Os abrigos não tinham sequer proteção lateral, apesar de serem habitados por famílias inteiras, incluindo crianças. Os resgatados declararam aos auditores fiscais que em noites de chuva as redes onde dormiam ficavam molhadas e que todos sofriam com o frio.
Barracos de palha serviam de alojamento para os trabalhadores

A maioria dos trabalhadores era de Codó (MA), a 30 km de distância, e estava há cerca de dois meses na fazenda. Os resgatados não tinham Carteira de Trabalho e da Previdência Social (CTPS) assinada e não contavam com nenhum equipamento de proteção individual no roço da juquira. "Todas as irregularidades e ilegalidades constatadas constituíram total desrespeito a condições mínimas de dignidade da pessoa humana, distanciando-se da função social da propriedade e ferindo assim, além dos interesses dos trabalhadores atingidos, também o interesse público", explica o coordenador da ação.
Responsabilidade
A empresa Líder Agropecuária consta na declaração de bens do deputado estadual Camilo Figueiredo. Por telefone, ele se disse surpreso ao ser informado pela reportagem sobre a libertação na Fazenda Bonfim. "Isso de trabalho escravo é novidade para mim. Até agora não tomei conhecimento desta situação, vou entrar em contato agora para saber o que houve", disse. Ele confirmou que seu pai, Biné Figueiredo, é o responsável por administrar a propriedade.
Biné, que foi prefeito do município de Codó em duas ocasiões, de 1993 a 1996 e de 2005 a 2008, negou, por telefone, qualquer responsabilidade. Ele alega que não é administrador da propriedade, e, questionado, disse não saber nem a quem a terra pertence. "Eu não acompanhei a fiscalização e não sei se a situação foi solucionada, mas acredito que sim", afirmou.
Não é a primeira libertação de escravos envolvendo políticos na região. Em 2009, equipes de fiscalização libertaram 24 pessoas na fazenda do então prefeito de Codó, José Rolim Filho (PV), o Zito Rolim. 
Fonte:http://www.reporterbrasil.org.br

14ª Adventure Fair espera 60 mil visitantes até sábado


Acima, Sérgio Bernardi, da organização do evento, com o secretário de Turismo de SP, Márcio França, Jaime Rios, da Inprotur-Argentina, o secretário do Maranhão, Jurandir Lago Filho, Valéria Barros, do Sebrae, Sérgio Franco, idealizador do evento, e o cônsul geral da Argentina, Agustin Molina

Com expectativa de receber entre 50 mil e 60 mil pessoas em seu quatro dias de duração, a 14ª edição da Adventure Sports Fair abriu suas portas hoje, no Pavilhão da Bienal, no Parque do Ibirapuera, em São Paulo e o Maranhão é um dos estados que apresenta um mix e de produtos, com atrativos que vai de ecoturismo nos Lençóis maranhenses a pratica de esportes radicais na Chapada das Mesas na região sul do Estado.
O evento reúne mais de 110 expositores, um aumento de 15% em relação à edição de 2011. “Mas estamos satisfeitos, principalmente, com o aumento da participação dos destinos turísticos, especialmente dos Estados que apresentam na feira seu potencial para o turismo de aventura”, explica o organizador do evento, Sérgio Bernardi. Segundo ele, a não realização do Salão do Turismo, promovido pelo Ministério do Turismo, neste ano, pode ter motivado a maior participação dos Estados brasileiros nesta edição da Adventure Fair.
“A Adventure Sports Fair reúne várias feiras em uma só. É uma feira de turismo, mas também de equipamentos, porque o desenvolvimento do turismo de aventura fomenta o setor de equipamentos e artigos específicos”, explicou o idealizador do evento, Sérgio Franco.
Reunindo de agências de viagens e companhias aéreas e destinos turísticos a marcas de roupas, veículos e equipamentos de aventuras e esportes, a Adventure Fair tem, pela primeira vez, o apoio do Sebrae. “Nosso objetivo como apoiadores é impulsionar os pequenos negócios da cadeia produtiva do turismo. Queremos dar a oportunidade de participação a eles”, explica a coordenadora de Projetos de Turismo do Sebrae, Valéria Barros.
A abertura do encontro, realizada hoje, às 14h, contou com a presença dos secretários estaduais de Turismo de São Paulo e Maranhão, Márcio França e Jurandir Lago Filho, respectivamente. Os Estados são dois dos que participam do evento, que ocorre de hoje a sexta-feira, das 14h às 22h, e no sábado, das 10h às 22h. Os ingressos para o evento, aberto ao público, custam R$ 17 e permitem a participação nas oficinas e debates que fazem parte do evento.

terça-feira, 17 de abril de 2012

Trânsito no Centro Histórico terá fiscalização rigorosa

Depois de proibir o tráfego de veículos na faixa de areia da Praia do Olho d'Água, a Prefeitura de São Luís se prepara para tomar a mesma medida no Centro Histórico. A suspensão do trânsito nesses locais foi pedida pelo Ministério Público Federal do Maranhão (MPF) e aprovada recentemente pela Justiça Federal. Ruas da Praia Grande já estão sendo sinalizadas com as novas especificações de tráfego.

Na capital, o acesso de veículos ao Centro Histórico é proibido pelo Decreto Estadual nº 11013/88, mas a circulação de carros no local ocorre sem nenhum problema, causando ainda mais danos às ruas e aos imóveis integrantes do conjunto arquitetônico, urbanístico e paisagístico da cidade. Segundo o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), o tráfego de veículos é proibido em oito quarteirões do Centro Histórico de São Luís.

Na manhã de ontem, em apenas meia hora O Estado flagrou dois carros estacionados na Rua do Trapiche, um caminhão de cerveja parado no Beco da Faustina e uma motocicleta trafegando pelas vias. Segundo quem passa pelo local diariamente, o problema é mais comum no período da noite, quando a fiscalização feita pela Secretaria Municipal de Trânsito e Transportes (SMTT) é deficiente.

Definitivamente - Mas de acordo com o superintendente de trânsito da SMTT, coronel Pedro Paulo, a secretaria se prepara para proibir definitivamente o tráfego nas ruas do Centro Histórico. "Estamos preparando as equipes que devem atuar na fiscalização e disciplinamento do tráfego no local, além dos equipamentos necessários, placas de sinalização e a recolocação das correntes que antes interditavam os pontos de tráfego proibido no Centro Histórico", informou.

Durante as operações, a SMTT bloqueará o acesso de carros às ruas do Centro Histórico com a utilização de cones, postos de fiscalização fixos e móveis, carros, motocicletas e reboques. A Polícia Militar auxiliará nas ações. O motorista que ultrapassar o bloqueio não estará desrespeitando apenas o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), mas também uma determinação judicial, portanto, estará sujeito a auto de infração e seu veículo será guinchado para o pátio da SMTT.

Apenas veículos oficiais que prestam serviços públicos, como ambulâncias, viaturas policiais e da Guarda Municipal, além de carros de limpeza pública, poderão ter acesso as vias. O condutor que desrespeitar as novas regras estará sujeito a multa e apreensão do veículo. No caso de veículos que fazem a entrega de mercadorias comercializadas nos estabelecimentos da região, eles precisarão de autorização específica para circular pelo local e em horários pré-estabelecidos.

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Casarões históricos de Caxias sofre com a falta de preservação

Casarões antigos estão passando por reformas sem considerar o seu valor histórico.  
Caxias - Quem tem o hábito de andar com frequência no centro da cidade de Caxias é testemunha da morte silenciosa do Centro Histórico caxiense. A degradação e derrubada de vários prédios são cada vez mais aceleradas e conta com a anuência do poder público e de instituições que deliberam sobre cultura e que nada fazem para proteger o pouco que ainda resta.

O grande problema é que quase todos os prédios são propriedades particulares e mesmo cientes da Lei de Tombamento do centro da cidade, que foi sancionada desde 1990, estes continuam a derrubar casarões de moradia e antigos prédios comerciais datados do século XVIII e XIX.

Está cada vez mais rápido o processo de derrubada os antigos casarões para darem lugar a edifícios comerciais e residenciais. Segundo levantamento feito pela estudante de História Lionete da Silva Reis, que terá o assunto como tema de sua monografia de conclusão de curso, somente nos últimos cinco anos, pelo menos 12 prédios foram postos abaixo.

Segundo a estudante, haveria formas pacíficas de beneficiar os empreendedores, sem destruir o patrimônio histórico da cidade. “É uma intervenção direta e não retroativa. Tudo o que é derrubado não será recuperado nunca mais. É um pedaço da história de Caxias que está indo embora”, critica Lionete Reis.

Para a acadêmica, haveria formas de se construir sem precisar destruir as fachadas, mas o empreendedor caxiense não pensa dessa forma, porque, para ele, o investimento é maior se optar por conservar uma parte da história apenas adaptando as fachadas.

Com a extinção dos prédios, muitas ruas já perderam suas características originais. As ruas Afonso Pena, Benedito Leite e Aarão Reis foram as que mais foram descaracterizadas.

Truques - Para derrubar esses imóveis e ainda burlar a lei, muitos proprietários usam diversos artifícios. Alguns deles é destelhar os casarões e deixar que o tempo e chuva se encarreguem de fazer o restante.

Há ainda o proprietário que, sem nenhum constrangimento, começa a construir pelos fundos. Ou seja, eles mantêm a fachada em pé até que a obra seja concluída em toda a parte de trás do terreno.

Como a fachada é a última peça da construção a ser derrubada, a obra passa despercebida até da fiscalização, que só observa o crime quando o proprietário do novo investimento precisa concluir o acabamento da fachada para que este possa ser alugado. Os valores do aluguel no centro da cidade são altos. Dependendo do tamanho da construção, podem variar entre R$ 800,00 e R$ 3 mil, o que só aumenta a ganância de proprietários.

FONTE: Jornal O Estado do MA