terça-feira, 28 de agosto de 2012

Aeroporto de São Luís: Uma reforma de meia sola, ou melhor, reforma para Inglês ver

Finalmente na tarde de ontem foi entregue à comunidade ludovicense a tão propagada reforma do Aeroporto “Internacional” Marechal da Cunha Machado. A Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária – INFRAERO optou somente por entregar, sem nenhuma solenidade, uma vez que sua imagem está muito desgastada com os maranhenses, resumida numa entrevista coletiva com o Diretor comercial da companhia, que respondeu a algumas perguntas dos Jornalistas presentes. Não se viu nenhuma autoridade, a não ser alguns componentes do trade turístico da capital, que já tão incrédulos foram ver de fato o que tinha sido feito.

A reforma e ampliação do aeroporto começou em março de 2011, ocasionada por um problema no teto. Perdurou por dezoito meses, provocando a ira e descontentamento dos usuários daquele equipamento tão importante na vida dos maranhenses e de quem visita este Estado.

Durante o tempo em que ficou desativado, o Aeroporto perdeu sua categoria de “Internacional”, aliás, coisa que nunca foi. O que acontecia e deverá voltar acontecer é que alguns serviços, para atender estrangeiros, deverão ser alfandegados e órgãos como Receita Federal, Vigilância Sanitária e Juizados de Infância devem retomar os serviços antes disponíveis, sempre que havia os voos charters em São Luís. Fora isto, não se tem notícias de nenhum outro voo internacional vindo de algum outro lugar.

Mas, falando da reforma, não se viu nada de extraordinário na reforma do Aeroporto de São Luís. Até mesmo a estrutura do teto (foto 01) que ameaçava cair e que provocou a interdição do Aeroporto, continua no mesmo lugar, adornado por uma nova estrutura. Ou seja, a antiga, em vermelho, contrastando com a nova em branco.
 

Outra situação é o piso do aeroporto (foto 02), que continua cheio de falhas, com partes rachados e sujo. E, ainda, tem os banheiros (foto 03). Mesmo com a capacidade de embarque e desembarque ampliados. Para todo o saguão principal do Aeroporto de São Luís, só tem seis mictórios e quatro aparelhos sanitários é muito pouco, para um Aeroporto que recebe mais de 100 mil passageiros por mês. Imagine no horário de pico com três voos chegando e saindo, vai ser um Deus nos acuda.


Enfim, a reforma e ampliação aconteceu. Só não se justifica tanto tempo e os valores gastos para tão pouco a entregar, algo em torno de R$ 13 milhões. Como dito antes, a estrutura problemática continua e com muitas falhas. O Aeroporto continua com as mesmas três pontes de embarque e desembarque, só que dessa vez, segundo a Infraero, climatizadas. As esteiras de bagagens continuam as duas “velhas” de antes (foto 04), que já estavam defasadas. Em relação à climatização, tenho dúvidas se vai funcionar, uma vez que não foi fechado as aberturas laterais. Ainda faltam muitas placas na parte de cima e do teto (foto 05). Ontem mesmo às 19 horas, já fazia muito calor dentro do saguão, imagine as 14 horas, como deve ficar.


Outra falta gravíssima na nova configuração do Aeroporto é a falta de um Restaurante. Ou seja, caso um passageiro venha de outro destino e tenha que fazer uma conexão em São Luís, com duração de mais de uma hora e queira fazer uma refeição, ele não vai poder fazer isso, a não ser que saia do Aeroporto e vá até uma barraquinha no São Cristovão, bairro próximo. A outra opção deste passageiro é comer um lanche, na única lanchonete disponível. O que se vê que o Maranhão é o único Aeroporto “internacional” do Brasil, que não tem um Restaurante para seus usuários.

É bem verdade, que o que foi entregue está bem melhor que o “Aerotenda”, que era motivo de chacotas e desserviços aos maranhenses. A capacidade do Aeroporto foi ampliada de 1.5 mil passageiros ano, para 1.8 mil ano. A Infraero, já fala numa ampliação do Aeroporto de São Luís para 2013 e nesta, volta os serviços de Restaurantes e outros. É esperar, esperar e esperar. Se tratando de Infraero, que não respeita ninguém, tem muito discurso e trabalho só de aparência. O jeito é confiar desconfiando!

Um comentário:

  1. Pra que roubar tudo de uma vez? É melhor fazer infinitas reformas...

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