terça-feira, 16 de outubro de 2012

40% da frota de táxi de São Luís é pirata, denuncia sindicato

Quase metade da frota de táxi que roda na cidade não está regularizada, segundo informou o Sindicato dos Taxistas de SL.
De 30% a 40% dos táxis que rodam em São Luís são piratas e algumas cooperativas estariam utilizando o serviço de carros particulares em sua frota para aumenta o número de atendimentos. A denúncia é do Sindicato dos Taxistas de São Luís.

Segundo o presidente do sindicato, José Antônio Pereira, boa parte dos táxis que prestam o serviço na capital está em situação irregular, ou seja, são táxis-piratas. A mais prejudicada com o fato é a população da capital, que não tem garantia nenhuma e muito menos segurança ao fazer uma corrida em um veículo não credenciado na Prefeitura para atuar como táxi. O presidente do sindicato frisou ainda que a prática acontece amplamente na capital por falta de fiscalização da Prefeitura, o que causa insegurança a usuários de táxis.

Antônio Pereira ressaltou que a população não deve aceitar corridas de táxis-piratas para sua própria segurança. "É preciso interceptar essas pessoas e fiscalizar os pontos de táxi. Sem fiscalização, não há nada que impeça os piratas de circular. As blitze são necessárias e, quando feitas, dão muito resultado", frisou o presidente do sindicato.

Clonado - O presidente do sindicato afirmou que já foram encontrados carros com placa clonada de táxis credenciados, e que está se tornando comum a utilização de carros particulares nas frotas de algumas das oito cooperativas que atuam na cidade para aumentar o número de clientes atendidos.

"Já requeri quatro audiências públicas na Prefeitura para tratar da fiscalização para coibir a circulação de táxis-piratas em São Luís, mas nunca fui atendido", informou Antônio Pereira.

Um administrador, que preferiu não se identificar, foi surpreendido pela prática dos táxis-piratas. Ele contou a O Estado que, por volta da meia-noite de quinta-feira, dia 11, chamou um táxi da Cooperativa

Ilha Sat em sua residência, no Ipase, para que o levasse ao aeroporto. Para surpresa do administrador, chegou até sua residência um carro particular com a placa cinza, de São José de Ribamar, sem nenhuma identificação. "Quando indaguei o motorista sobre o motivo de a empresa ter me mandado aquele carro, ele respondeu que aquele era um carro de apoio e que colocaria o taxímetro para rodar", disse o administrador, que complementou contando que o motorista tinha o taxímetro afixado no quebra-sol do carro e não sabia como fazia para chegar até o aeroporto de São Luís.

O Estado entrou em contato com a Cooperativa Ilha Sat e foi informada que o taxista enviado para atender o administrador se envolveu em um acidente no caminho e que por isso foi mandado um carro particular, para que o cliente não perdesse seu voo, mas que de nenhuma forma a empresa utiliza carros particulares como táxis e que esse foi um caso isolado.

Contatada, a Secretaria Municipal de Trânsito e Transporte (SMTT) informou por meio de nota que a fiscalização ocorre regularmente em locais e horários estratégicos, realizada conjuntamente com outros órgãos como a Guarda Municipal, Blitz Urbana e Polícia Militar.

Saiba mais

Na capital, há oito cooperativas de táxis legalizadas: Rodotáxi, Coopertáxi, Cocoma, Cooper Sat, Cooper Brasil, Associação dos Motoristas de Táxi do Porto do Itaqui, Ligue Táxi e Ilha Sat. No total, 2 mil licenças foram expedidas pela Prefeitura para táxis na capital. As concessões deixaram de ser emitidas em 1999. Atualmente, as placas podem ser vendidas ou passadas como herança. O valor de mercado varia de R$ 30 mil a R$ 35 mil.

Como identificar um táxi licenciado:

- Para saber se um táxi está em situação regular é preciso observar se tem a cor padrão (branca), o sinal luminoso em cima, a placa vermelha, o taxímetro e o adesivo na porta do veículo com o número da inscrição do carro.

Jornal O Estado do MA

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