domingo, 7 de abril de 2013

Jornalista -A historia do Jornalismo se confunde com profissional atrás deste importante instrumento para a democracia


 parabéns a este profissional abnegado e que acima de tudo narra os fatos, conta historia, denuncia mazelas e que faz desta atividade seu alimento diário. 

O ser humano vem utilizando escritos para divulgar notícias desde antes de Cristo. O mais antigo jornal conhecido é o Acta Diurna, de 59 AC. O imperador romano Júlio César ordenou que os eventos principais da corte romana fossem divulgados através de escritos em grandes placas e expostas nos locais públicos, como as Termas ( sala de banhos ). Nelas, os romanos eram informados das principais notícias como campanhas militares, julgamentos, execuções e fofocas da corte. 

Em 1447, na Alemanha, Gutenberg aperfeiçoou uma prensa gráfica inspirado nas prensas utilizadas para espremer uvas na fabricação do vinho e deu início à era do jornal. Nesta época começaram as informações sobre o mercado e as notícias gerais. Um destes panfletos mostrou os abusos sofridos por alemães na Transilvânia, nas mãos do conde Vlad Drakul, que foi mais adiante imortalizado como o conde Drácula, o pai dos vampiros.
Em 1501 o papa Alexandre VI decretou que todos os jornais tinham que passar pela autoridade da Igreja antes de sua publicação. O descumprimento deste decreto custaria desde uma excomunhão até a vida.

Em 1556, em Veneza, na Itália, os leitores pagavam os jornais com uma pequena moeda chamada de “gazetta”. Daí veio o nome de Gazeta para centenas de jornais. Em 1690, é publicado em Boston o primeiro jornal das Américas, chamado de “Publick Occurrences”, com a proposta de circular uma vez por mês. As autoridades reais, receosas de publicações sem sua autorização, proíbem o jornal após o primeiro número. No início do século XVII na Europa, os jornais surgiram como publicações periódicas, como o jornal Gazette na França em 1631 e outros.

A censura era normal na época e os jornais nunca podiam publicar alguma notícia que pudesse colocar o povo contra o regime. Em 1704, Daniel Defoe, o famoso escritor de Robinson Crusoe, inicia a publicação de Review, periódico com notícias da Europa. Em 1812, na Alemanha, Koenig inventa a prensa por cilindro a vapor e em 1814 o editor do The Times de Londres, começa a montar a primeira prensa em segredo, com medo que seus gráficos se rebelassem contra a nova idéia. Essas prensas a vapor permitiam uma velocidade de 1.000 folhas por hora.

No século XIX os jornais se tornaram o principal veículo noticioso e na época, um dos poderosos da mídia foi Joseph Pulitzer, aquele que até hoje tem um grande prêmio de jornalismo com seu nome. Pulitzer era o dono do New York World e disputava o mercado com Randolph Hearst, dono do New York Journal. A briga entre os dois era tão acirrada a ponto de contratarem gângsteres para explodir caminhões de distribuição do rival.

Em 1880 aparecem as primeiras fotos em jornais e em 1890 foi inventada a máquina de 4 cores. Logo em seguida, Pulitzer lança em seu jornal um quadrinho com um garoto que falava, não na forma de balões como é hoje, mas com os escritos em sua grande camisola amarela. Ficou famoso como o “yellow kid” (garoto amarelo) e passou a ser a bandeira do New York World. A briga entre os dois jornais continuou de forma tão agressiva e com ataques de todas as formas entre eles, que a imprensa sensacionalista e de escândalos nos EUA passou a ser chamada de imprensa amarela.

Na época, aqui no Brasil, o Diário da Noite do Rio de Janeiro quis colocar uma manchete na cor amarela sobre o suicídio de um cineasta que estava sendo chantageado. O dono do jornal, Alberto Dines, entrou na sala em que era feita a primeira página e o seu chefe de redação Calazans Fernandes protestou dizendo que no Brasil o amarelo é cor bonita e não queria ver esta cor ligada a fatos deste tipo. Ele disse na época: “põe marrom que é cor de merda”. Dines tirou o amarelo e colocou o marrom. Daí ficar conhecida no Brasil a imprensa sensacionalista como “marrom”, diferente da “amarela” nos EUA.

O jornal de maior circulação do mundo é o Yomiuri Shimbum do Japão, com 14 milhões de jornais por dia em duas edições. Aliás, os cinco maiores jornais em termos de circulação são do Japão. Para se ter uma idéia, o maior jornal inglês é o The Sun, com cerca de 3,0 milhões de exemplares por dia e nos EUA, é o USA Today, com cerca de 2,5 milhões de exemplares por dia.

Exemplos de circulação diária de jornais por países e habitantes
País
País 
Jornais/dia (milhões)
Habitantes (milhões)
% Jornais por habitante
China 
105
1.300 
8,0 %
Índia 
100
1.150
8,6 %
Japão
70
130
53,8 %
EUA
52
300
17,3 %
Alemanha
21
84
25,0 %
Reino Unido
12
60 
20,0%
Brasil
4,5
190
2,3 %








Jornalismo no Brasil

A história do jornalismo no Brasil começa em 1808, com a chegada da corte portuguesa. Neste ano, circulou o Correio Braziliense, jornal republicano clandestino editado em Londres pelo gaúcho Hipólito José da Costa. Para combatê-lo, D. João VI criou a Imprensa Régia, que passou a editar o jornal monarquista Gazeta do Rio de Janeiro. Neste período, já existiam vários jornais em diversos estados, a maior parte a favor da independência e a imprensa era considerada livre, pois D. Pedro, com seu espírito de superioridade, não ligava para a imprensa contrária a monarquia. Durante o reinado de D. Pedro II, surgiu o Jornal do Commércio e, com ele, o uso da caricatura com fins políticos.

1900 e 1920, a cidade do Rio de Janeiro, na época capital do Brasil, viu nascer O Globo, Jornal do Brasil e Correio da Manhã.  Durante o governo Vargas de 1937 a 1945 a imprensa esteve sob censura e muitos jornais tiveram sua licença cassada por exprimirem idéias contrárias ao regime. Em 1946, a liberdade de imprensa foi restituída, mas os atos institucionais dos governos militares pós-64 modificaram o jornalismo brasileiro e a imprensa livre. A partir de 1968 os jornais brasileiros entram na fase da “nota oficial” e do “press-release”, que ficavam muitas vezes sendo a única fonte de notícia publicável. Mais tarde, aparece o jornalismo opinativo como um forte formador de opinião pública. 

Em 1969 surge no Rio de Janeiro O Pasquim como imprensa alternativa que contestou o regime, o empresariado, a igreja e a burguesia da época. A censura se acirrou e chegamos em 1974 ao rigor absoluto com todas as matérias sendo analisadas previamente. Com o fim do regime militar em 1985, inicia-se a Nova República e em 1988 é restabelecida a democracia no país, e, com ela, a liberdade de imprensa.

Segundo números do IVC ( Instituto de Verificação de Circulação ), temos hoje no país uma média de 4,5 milhões de jornais por dia, o que é muito pouco comparando com outros países.  Não temos nenhum jornal brasileiro entre os 100 maiores do mundo.

Maiores jornais em circulação do mundo:

-Yomiuri Shimbum - Japão: 14 milhões/dia 
-Bild - Alemanha: 4,0 milhões/dia
-The Sun - Grã Bretanha - 3,0 milhões/dia
-Canako Xiaoxi - China - 2,7 milhões/dia
-USA Today - EUA - 2,5 milhões/dia
-The Chosun Ilbo - Coréia do Sul - 2,4 milhões/dia
-Dainik Jagran - Índia - 2,0 milhões/dia
-Ouest France - França - 790 mil/ dia
-Corriere della Sera - Itália - 690 mil/dia
- Pravda - Rússia - 650 mil/dia

Jornais Brasileiros de maior circulação no início de 2009

- Folha de São Paulo - São Paulo - 298.000/ dia
- O Globo - Rio de Janeiro - 290.000/ dia
- Super Notícias - Belo Horizonte - 286.000/ dia
- Meia Hora - Rio de Janeiro - 230.000/ dia
- Extra - Rio de Janeiro - 225.000/ dia
- O Estado de S. Paulo - 220.000/dia
- Zero Hora - Porto Alegre - 185.000/dia
- Diário Gaúcho - Porto Alegre - 160.000/dia
- Correio do Povo - Porto Alegre - 155.000/ dia
- Lance - Rio de Janeiro - 120.000/dia

O título de “quarto poder” atribuído à imprensa implica a sua capacidade de construir ou destruir imagens especialmente em países em desenvolvimento. Um jornal tem a sagrada missão de ser imparcial, levar a verdade ao povo e defender a liberdade do seu país. Voltaire, filósofo e escritor francês (1694-1778), disse: “Posso não concordar com suas palavras, mas defenderei até a morte o teu direito de dizê-las.”  

Mais tarde, Thomas Jefferson, filósofo, político, terceiro presidente americano e principal autor da Declaração da Independência Americana (1743-1826), sentenciou: “Se tivesse que decidir se devemos ter governo sem jornais ou jornais sem governo, eu não vacilaria um instante em preferir o último.



Fontes de pesquisa:
ANJ - Associação Nacional dos Jornais
IVC - Instituto Verificador de Circulação
AJORB - Associação dos Jornais de Bairro – SP
Reproduzido: midiarj.org.br

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