sexta-feira, 30 de maio de 2014

Hospital do Servidor do Estado do Maranhão nega atendimento a Policial reformado

Nesta última quarta-feira (28), vivi uma situação chata e muito triste no Hospital do Servidor do Estado do Maranhão, onde tive o desprazer de ver um doente que conduzi aquela unidade ser ignorado pelo corpo técnico daquele hospital, tudo em nome de uma mera formalidade, ou seja, eu e o doente nunca fomos tão humilhado em nossa vida.

Vamos aos fatos. Tenho um tio muito amado, que é Policial Militar do Maranhão, que foi reformado. Por 36 anos esteve na ativa e durante esse tempo teve tirado do seu contracheque parcela de seu salário para o Funbem, que mantém este Hospital e sem nunca ter precisado dele.

A humilhação já começa na via de acesso àquele hospital, com incontáveis buracos e desorganização no trânsito, um suplício para qualquer pessoa bem de saúde, mas para meu tio que é recém-operado de próstata, com muitas dores pelo corpo e 42 graus de febre, foi um sofrimento sem tamanho.

Mas, pasmem. Ao chegar àquela unidade de saúde, não havia nenhum maqueiro disponível que auxiliasse na remoção deste paciente. Questionei as atendentes se não havia, disseram que sim e ate chamaram um via rádio, mas não apareceu ninguém. Se eu quis, eu mesmo peguei uma cadeira de rodas, coloquei meu tio e sai corredor adentro, sob olhares de meia dúzia de seguranças, mas sem nenhuma atitude.

Bem, já na recepção de atendimento ao servidor, forneci documentos e matrícula, esperei mais de 40 minutos e tive a resposta de que infelizmente ele não poderia ser atendido ali, pois deixou de ser servidor publico quando reformou. E o pior, quando isso aconteceu, não lhe deram a opção de continuar ou não contribuindo com o funbem para quando um dia precisasse.

Mas, pasmem outra vez. Mesmo com muitas dores, febre de 42 graus, nenhum procedimento foi feito para aplacar aquele sofrimento e, eu, que sou cardiopata, tenho quatro pontes de safena no peito quase infarto naquele hospital sob olhares das sorridentes atendentes sem ser atendido. E até agora sofro as consequências.

Indignado pedi para falar com o coordenador de atendimento, não estava, pedi para falar com alguém da direção, não estava, fui na ouvidoria, também não estava e, por fim, pedi para falar com o diretor da unidade, fui atendido via telefone pela secretaria, que disse que iria tomar uma providência. Esperei mais 30 minutos e nada.

Se eu quis, novamente peguei a cadeira de rodas, coloquei meu tio, pior do que estava quando chegou aquela unidade, pois além das dores e febre, agora tinha o trauma e decepção e humilhação de ter passado por aquela situação de estar dentro de um hospital que ele ajudou na construção e manutenção e não ser atendido.

Fizemos o caminho de volta, por toda aquela buraqueira e fomos à UPA do Araçagi, onde ali sim ele foi bem atendido. Meu tio continua se convalescendo da cirurgia e suas consequências, mas já esta sendo assistido por uma equipe médica.

Fica aqui, o meu repúdio e indignação pelo tratamento dispensado pela Secretaria de Planejamento do Estado, que administra o Hospital do Servidor, pela maneira mesquinha e desumana com que trata a pessoa, que mesmo que tenha deixado de ser servidor, mas não deixou de ser humano.

Em contato com Assessoria da Seplan, fui informado que de fato, quando meu tio foi reformado, não lhe foi dado a opção de continuar ou não contribuindo com o funbem, mas, que agora ele pode voltar a contribuir com esse fundo.

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