terça-feira, 15 de setembro de 2015

Sonora Brasil encanta o público com as tradições culturais brasileiras

Resgate da tradição, história e cultura popular brasileira foi o que o Grupo Ilumiara, de Minas Gerais, apresentou ao público ludovicense na noite de abertura do Projeto Sonora Brasil na capital. Com apresentação realizada no último sábado (12), no Teatro Alcione Nazareth, o grupo encantou a plateia com a riqueza dos cantos de trabalho que permearam atividades de diversas naturezas no país. A programação em São Luís continua com o Grupo Destaladeiras de Fumo de Arapiraca e Mestre Nelson Rosa, de Alagoas, nesta terça (15), às 19 horas, no Teatro Alcione Nazareth. A entrada é gratuita.

Com um repertório que reúne canções que fazem parte da rotina de ofícios de diferentes regiões brasileiras, o Grupo Ilumiara realizou um mergulho histórico-cultural, aliando pesquisa e paixão pela música popular brasileira. Dentre as composições elencadas para o trabalho estão músicas entoadas nos mutirões para capina, nos carregamentos de pedra das cidades de Diamantina e Tabaiana, no ofício das lavadeiras e na prática da capoeira, algumas delas advindas da pesquisa de autores como o poeta, romancista, crítico literário e também musicólogo Mário de Andrade.

O Ilumiara é o único representante do tema Sonoros Ofícios – Cantos de Trabalho que não vivenciou e foi originado a partir das práticas de ofícios. Eles interpretam e enriquecem a composição com arranjos mais elaborados e instrumentos produzidos pelo próprio grupo. 

Para a dançarina Deuzima Serra (29) o projeto é uma oportunidade única de apreciar as raízes culturais e tradições brasileiras. “Sou frequentadora assídua do projeto e o tema desta edição veio de encontro ao meu trabalho com a dança popular. É muito emocionante e edificante ter a oportunidade de apreciar essa riqueza cultural e comungar de um enredo tão diversificado”, afirmou.

Agenda Sonora Brasil

Nesta terça-feira, dia 15 de setembro, as Destaladeiras de Fumo Arapiraca, formado por cinco mulheres da região de Sítio Fernandes, e Nelson Rosa, mestre de coco de roda reconhecido como patrimônio vivo do estado de Alagoas, apresentam ao público ludovicense os cantos de trabalhos entoados nos salões de fumo, principal atividade econômica na região por mais de cinco décadas. No repertório, trovas rimadas, cantigas de barreiro e tapagens de casa, rojões e pagode. A apresentação acontece no Teatro Alcione Nazareth, a partir das 19 horas.

No dia 17, quinta-feira, as Cantadeiras do Sisal e Aboiadores de Valente retratam o trabalho das mulheres na produção do sisal no interior da Bahia e que hoje são artesãs, assim como revelam os aboios e toadas cantadas na lida com o gado. O grupo se apresenta também no Alcione Nazareth, no mesmo horário, às 19 horas.

Representando o Maranhão, As Quebradeiras de Coco Babaçu encerram a programação em São Luís no dia 19 de setembro, às 19 horas, no Teatro Alcione Nazareth. Com um repertório de 17 canções, as oito componentes apresentam a luta, vida e ofício dessas batalhadoras mulheres em uma apresentação dividida em três blocos: O primeiro reúne músicas, geralmente cantigas de roda, cantadas durante o trabalho para os filhos que acompanhavam os pais na labuta. Já o segundo mostra rotina de trabalho e familiar dos adultos, enquanto o último é composto por canções ligadas ao movimento das mulheres que trabalham nos babaçuais e lutam por seus direitos. Com voz firme e potente, as músicas são marcadas pelo ritmo das ferramentas usadas na quebra: o machado e o porrete.

Nenhum comentário:

Postar um comentário