Anel Viário totalmente abandonado pelo poder público

Bandidagem, sujeira e prostituição dominam a região

As reclamações referentes à situação do Anel Viário só vão se multiplicando, à medida que se percorre a área tomada por dezenas de barracas de aparência descuidada, que tanto servem para o comércio (geralmente de bebidas e refeições, em que os cuidados com a higiene deixam a desejar) como para moradia dos comerciantes.

Essa circunstância está fazendo o cenário ficar cada vez mais parecido com uma favela encravada em pleno centro de São Luís. Os trabalhadores do local dizem que têm medo de irem ao trabalho, por conta da marginalidade. Os assaltos acontecem à luz do dia. E, quando a madrugada cai, começa a prostituição (inclusive de menores de idade) e o tráfico de drogas. No olhar dos trabalhadores e moradores da região está escrito: “é desesperador. Estamos abandonados”.

Ali também se encontra a centenária Fonte do Bispo, que faz parte da rica história de São Luís, e está lá totalmente abandonada, simplesmente virou depósito de lixo, sendo até prejudicial para a saúde pública.

A área bem que poderia ser urbanizada, com a construção de uma praça, onde a comunidade pudesse praticar esportes, enfim, um centro de lazer.

O local, que também é chamado de “Mini Rodoviária” e “Favela do Portinho”, surgiu, ainda, no Governo de Mauro Fecury. A região fica em frente ao Aterro do Bacanga, outro logradouro totalmente abandonado. Inclusive, é sabido que esse aterro, feito na época do Governo Cafeteira, teve um investimento de quase R$ 10 milhões (valor da época), muito dinheiro para construir “nada”. É lá que se encontra o Papódromo, construído para receber o Papa João Paulo II, que celebrou uma missa em 1991. E hoje é um lugar marginalizado, que só serve para estupros, assaltos e desovas. Bem que o local poderia se transformar em um santuário, em homenagem ao Papa João Paulo II, uma vez que o mesmo amanhã (1º de maio) será beatificado. Essa iniciativa, com certeza, faria do local um ponto turístico a católicos e devotos.

Inclusive, essa ideia foi sugerida pelo deputado Jota Pinto, que parece que já chegou a apresentar uma indicação, solicitando ao governo do Estado a transformação do espaço em Santuário. Vamos vê no que vai dá.

A verdade queridos leitores é que o problema é tão antigo quanto os estabelecimentos que estão no local. São Luís completará, em 2012, 400 anos e o poder público não pode mais admitir essa desordem. É necessário que seja feito algo e urgente.

Projetos existem, pô-los em prática que é bom, nada!