segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Continua o descaso com os usuários no Ferry-Boat

Deficiente físico sobe as escadas com muito esforço
Já diz o adágio popular: “quem não chora não mama” e isso se aplica no dia a dia dos usuários de Ferry-boat que tem a cada dia seus direitos desrespeitados. Quer seja, na qualidade dos serviços, ou até mesmo na cobrança das passagens, que é cobrada a bel prazer dos empresários detentores daquelas concessões públicas de transporte marítimo.

Mas, no último dia 8, ao embarcar em uma destas embarcações tivemos uma grata surpresa. Os valores que tinham sidos majorados em 20%, tinham sido baixados, voltando aos valores do último dia 27/06, quando sem nenhuma justificativa foram elevados. Ou seja, bastou a grita deste Jornalista e outros veículos de comunicação, para que esses empresários retornassem aos preços anteriores.

Mas outras formas de desrespeito continuam. Neste dia 8, a reportagem do Jornal Cazumbá seguiu de Ferry-boat rumo à cidade de Guimarães. E foi notório o desrespeito com o usuário. Pra começar a saída que era pra ser às 12h30 só aconteceu às 13h20. O que irritou ainda mais os usuários.

Problemas são vários: cadeiras desconfortáveis, péssimo atendimento na lanchonete e com alimentos de qualidade duvidosa, o pior, falta de acessibilidade para deficientes físicos e idosos. Como você vê na foto este idoso subiu as escadas porque não tinha outra alternativa. Chegou na parte superior da embarcação, lugar destinado aos passageiros quase sem respirar de tanto cansaço. Um esforço que poderia ser evitado, com a implantação de elevadores ou rampas de acessos.

Como já noticiamos neste espaço, a questão da acessibilidade é um dos principais problemas das embarcações que fazem travessia Ponta da espera (Slz) ao Cujupe (Alcântara). Um grande número dos usuários do Ferry é composto de idosos, que constantemente precisam se deslocar do interior para capital e vice-versa. São pessoas que pagam por serviço e não são atendidos em sua plenitude, uma vez que para se ter acesso aos espaços, eles precisam subir lances de escadas. São inúmeros degraus, numa altura que equivale a um prédio de dois andares e que exige muito dos idosos e portadores de necessidades especiais e doentes, que precisam subir e descer escadas com mala e bagagens. E os cadeirantes se queixam mais ainda, pois não tem elevador – que deveria ter por Lei.

Essa denúncia já tinha sido feita pelo Cazumbá, no Blog Cazombando no dia 8 de julho de 2011 (A precariedade da travessia do Ferry-Boat: um desserviço à comunidade). E estamos mais uma vez colocando aqui a precariedade desse meio de transporte, porque urge que a Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado ou a Emap (Empresa Maranhense de Administração Portuária) tome providência para coibir essas práticas lesivas à população. Os usuários querem e exigem uma atitude imediata para problemas que se alastram há anos.

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