sábado, 8 de outubro de 2011

Opinião

Abaixo opinião do historiador J.R Martins sobre a matéria São Luís não está preparada para receber pessoas com deficiência, publicada no dia 3 de outubro no Cazombando:

A meu ver, o ilustre coordenador do citado Fórum, sr. Dílson Bessa, está com grande parte da razão. Quanto à constatação de que o calçamento de pedras das ruas é um obstáculo à livre circulação de deficientes e idosos, ainda que verdadeira, não deve servir de estímulo à sua modificação, sob pena de mutilar um patrimônio que não nos pertence, mas à humanidade, conforme reconhecido pela Unesco. Apesar da proximidade da importante data comemorativa dos quatrocentos anos de fundação da cidade, nada vejo que a apresente condignamente aos olhos dos visitantes tão ansiosamente esperados. Ao longo de décadas de degradação, nossa cidade parece que caminha como os desajeitados caranguejos: para trás. Se perguntarem ao Palácio do Governo, à Secretaria das Cidades, ao Iphan, e ao insigne engenheiro (a quem dedico grande admiração e, no presente caso, nada tem a ver com o assunto) Luiz Phelipe Andrés, sobre um projeto que lhes enviei sobre circulação de veículos pelo centro histórico da capital, numa tentativa de minorar os sérios problemas por que passa, ficarão sabendo que nenhuma resposta foi dada a este interessado cidadão. Provavelmente estão planejando coisa muito melhor. É o que espero.

Opinião II

O historiador também comenta sobre a matéria Calçamento histórico de São Luís é profanado, publicada no Cazombando no dia 5 de outubro:

Parabéns ao Paulo M. Sousa pela importante pesquisa efetuada. Realmente, é uma lástima a forma como são tratadas as ruas da cidade. Falta ao nosso povo e, especialmente, aos nossos administradores, a noção de responsabilidade que devem ter com tão valioso patrimônio. Que se espelhem em outras inúmeras cidades históricas brasileiras que, por tratá-las com o respeito que merecem, recebem anualmente muitos milhares de entusiasmados visitantes. Quanto ao calçamento "cabeça de negro", continuarei a chamá-lo assim, sem o menor sentimento de preconceito, conforme querem hipocritamente alguns que se faça em relação a um sem número de outros sustantivos, adjetivos e verbos. Isso sim, estimula o preconceito que, se havia, encontrava-se tão escondido no sentimento das pessoas que jamais seria aflorado, não fossem esses modernos pregadores do certo e errado.

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