Cada vez mais se complica a situação turística de Alcântara. A ausência de seriedade por parte do governo do Estado voltada para aquela cidade histórica, associada à omissão da prefeitura local, que não atende às mínimas demandas do setor, prejudica o turismo na cidade. Diariamente, a cidade recebe visitantes de vários recantos do país e do estrangeiro, atraídos pelo fato de Alcântara ser uma cidade tombada como patrimônio histórico nacional desde 1948, além de ser destino obrigatório das agências locais e nacionais.
No entanto, as dificuldades enfrentadas pelos visitantes são evidentes, a começar pelo acesso, geralmente feito através de embarcações que cruzam todos os dias a baía de São Marcos. De São Luís até Alcântara são apenas 22 km, percorridos em pouco mais de uma hora de travessia. No momento, existem dois barcos movidos à vela e a motor (Imperador e Barraqueiro, este em reforma), a lancha Diamantina que, em virtude das precárias condições, faz apenas uma viagem de ida e de volta ao dia (eram duas lanchas, antes, com duas viagens), já que os motores não resistem ao esforço, além dos catamarãs Lua Nova e Turismar, ambos em boas condições, mas, com capacidade para poucos passageiros. A oferta não atende às exigências turísticas da demanda. A lancha, por exemplo, costumeiramente fica à deriva devido a panes nos motores, já tendo causado sérios prejuízos aos visitantes, tais como perdas de voos.
Alcântara sempre apresentou problemas quanto ao abastecimento de produtos de primeira necessidade, o que normalmente provocava deficiência em relação à oferta de insumos básicos aos bares, restaurantes e pousadas instalados na cidade. No momento, a situação se complicou. Em virtude do início das obras de construção do novo Centro de Lançamento, os preços oferecidos no cardápio dos restaurantes ficaram mais salgados. Os visitantes pagam caro e comem mal, já que os guias possuem acordos com certos donos de restaurantes. Ao levarem o turista para determinado local, os guias ganham uma comissão e nem sempre o restaurante é bom.
A situação se complica quanto à hospedagem, pois muitas pousadas fecharam contratos semestrais ou anuais para abrigar integrantes do primeiro e segundo escalão de engenheiros e técnicos envolvidos no projeto do Centro de Lançamento. Dessa forma, estão faltando vagas nas pousadas e muitas delas dobraram os preços de hospedagem, o que já inviabiliza a permanência de turistas na cidade. Normalmente, as agências já não estimulavam o pernoite dos visitantes que, dessa forma, em virtude de apenas chegarem a Alcântara pela manhã e retornarem à tarde, são chamados de excursionistas (o famoso ‘bate e volta’).
Muitos visitantes às vezes se defrontam com o perigo da violência. “Os assaltos são constantes, a prefeitura se encontra numa total inoperância e o prefeito se esqueceu de administrar a cidade; além disso, os museus fecham às segundas-feiras, feriados e nos finais de semana, o que é um absurdo”, declara o engenheiro agrônomo Luiz Otávio Espíndola, que esteve recentemente em Alcântara.
Na cidade, vários ‘crimes’ patrimoniais podem ser ali identificados. Dentre eles, o abandono da igreja de Nossa Senhora do Livramento, na ilha de mesmo nome, que desabou sem ter sido restaurada, e a transformação do Forte de São Sebastião num campo de futebol, pela prefeitura local, sem a intervenção do IPHAN, um absurdo completo. Além disso, várias construções estão sendo feitas sobre as ruínas da cidade, sem obedecerem ao padrão colonial das construções do entorno, além de fachadas sendo demolidas para cederem espaço para portões metálicos que abrigam garagens, o que prejudica de forma crucial o conjunto arquitetônico tombado naquela cidade.
A construção do novo Centro de Lançamento trará para a cidade sérias implicações sociais. Em breve, milhares de operários irão causar ali um impacto social nunca antes visto. Dessa forma, o turismo e a cultura local sofrerão mudanças e, com as recentes e futuras construções na área do Centro Histórico, de forma irregular, o patrimônio arquitetônico poderá ser ainda mais violentamente atingido.
No entanto, as dificuldades enfrentadas pelos visitantes são evidentes, a começar pelo acesso, geralmente feito através de embarcações que cruzam todos os dias a baía de São Marcos. De São Luís até Alcântara são apenas 22 km, percorridos em pouco mais de uma hora de travessia. No momento, existem dois barcos movidos à vela e a motor (Imperador e Barraqueiro, este em reforma), a lancha Diamantina que, em virtude das precárias condições, faz apenas uma viagem de ida e de volta ao dia (eram duas lanchas, antes, com duas viagens), já que os motores não resistem ao esforço, além dos catamarãs Lua Nova e Turismar, ambos em boas condições, mas, com capacidade para poucos passageiros. A oferta não atende às exigências turísticas da demanda. A lancha, por exemplo, costumeiramente fica à deriva devido a panes nos motores, já tendo causado sérios prejuízos aos visitantes, tais como perdas de voos.
Alcântara sempre apresentou problemas quanto ao abastecimento de produtos de primeira necessidade, o que normalmente provocava deficiência em relação à oferta de insumos básicos aos bares, restaurantes e pousadas instalados na cidade. No momento, a situação se complicou. Em virtude do início das obras de construção do novo Centro de Lançamento, os preços oferecidos no cardápio dos restaurantes ficaram mais salgados. Os visitantes pagam caro e comem mal, já que os guias possuem acordos com certos donos de restaurantes. Ao levarem o turista para determinado local, os guias ganham uma comissão e nem sempre o restaurante é bom.
A situação se complica quanto à hospedagem, pois muitas pousadas fecharam contratos semestrais ou anuais para abrigar integrantes do primeiro e segundo escalão de engenheiros e técnicos envolvidos no projeto do Centro de Lançamento. Dessa forma, estão faltando vagas nas pousadas e muitas delas dobraram os preços de hospedagem, o que já inviabiliza a permanência de turistas na cidade. Normalmente, as agências já não estimulavam o pernoite dos visitantes que, dessa forma, em virtude de apenas chegarem a Alcântara pela manhã e retornarem à tarde, são chamados de excursionistas (o famoso ‘bate e volta’).
Muitos visitantes às vezes se defrontam com o perigo da violência. “Os assaltos são constantes, a prefeitura se encontra numa total inoperância e o prefeito se esqueceu de administrar a cidade; além disso, os museus fecham às segundas-feiras, feriados e nos finais de semana, o que é um absurdo”, declara o engenheiro agrônomo Luiz Otávio Espíndola, que esteve recentemente em Alcântara.
Na cidade, vários ‘crimes’ patrimoniais podem ser ali identificados. Dentre eles, o abandono da igreja de Nossa Senhora do Livramento, na ilha de mesmo nome, que desabou sem ter sido restaurada, e a transformação do Forte de São Sebastião num campo de futebol, pela prefeitura local, sem a intervenção do IPHAN, um absurdo completo. Além disso, várias construções estão sendo feitas sobre as ruínas da cidade, sem obedecerem ao padrão colonial das construções do entorno, além de fachadas sendo demolidas para cederem espaço para portões metálicos que abrigam garagens, o que prejudica de forma crucial o conjunto arquitetônico tombado naquela cidade.
A construção do novo Centro de Lançamento trará para a cidade sérias implicações sociais. Em breve, milhares de operários irão causar ali um impacto social nunca antes visto. Dessa forma, o turismo e a cultura local sofrerão mudanças e, com as recentes e futuras construções na área do Centro Histórico, de forma irregular, o patrimônio arquitetônico poderá ser ainda mais violentamente atingido.
Pelo jeito até hoje ainda nada mudou, visitamos Alcântara no dia 29/04/2013.
ResponderExcluirComeço relatando sobre os catamarãs do Cais em São Luis, provavelmente todos sem licença e sem equipamentos adequados. Onde está o poder público para fiscalizar??? As vidas não valem nada??? Primeiro precisa acontecer mais uma tragédia para os politiqueiros se promoverem nas mídias???
Estávamos em quatro pessoas e foi nosso último passeio do roteiro independente de 10 dias, por Barreirinhas e São Luis. Fomos com o catamarã Lua Nova, ao embarcarmos tivemos que exigir os coletes, eles não iriam fornecer se não pedíssemos, eram coletes imundos, mas melhor que nada. Meu marido até brincou “não sei o que é pior: morrer afogado ou usar esses coletes imundos”. Afora isso a ida foi tranquila, a volta que foi o problema.
Começou a chuva, embarcaram um monte de pessoas no catamarã, que não tinha nenhuma licença afixada com o limite máximo de lotação. Seguiu um bochicho que não tinham coletes suficientes. Desembarquei e pedi para falar com o responsável, indaguei sobre o limite de ocupação do catamarã, fui informada que seriam 33 pessoas(ele falou não comprovou nada), já estava stressada, então ameacei que se não conseguissem coletes para nós, o catamarã não sairia, aí apareceram 4 coletes, mas muitas pessoas ficaram sem e embarcaram mais de 33. A maré estava baixíssima, levou um tempão para conseguirem desatracar, em alto mar que a coisa ficou feia, ondas violentas chegavam levantar uma fresta no assoalho, por onde batia água em nossos rostos, achei que aquele assoalho ia se soltar todo e que íamos naufragar.
Pelo que li depois, não seria o primeiro naufrágio desta empresa, houve um em 2011. Não bastando tudo isso, quando percebo estavam atracando na praia ponta da areia e não no cais. Então surtei e disse: se saímos pelo cais pelo cais retornaremos, pagamos pela saída e retorno por lá, nos negamos a desembarcar. Segui dizendo: você conhece muito bem tábua de maré, sabia que no retorno a maré estaria baixíssima... a não ser que a tua empresa vem nos buscar aqui, ele respondeu: as agencias vem buscar é só ligar, falei que agencia nós estamos viajando sem agencia. Foi uma confusão doida, somente umas três pessoas desembarcaram, então ele foi até ao lado do cais, colocaram uma escada da rua até o teto do catamarã e acabamos saindo por ali, com uma hora de atraso do horário previsto para o retorno.
Alcântara nunca mais!!!