A reforma no aeroporto de São Luís se arrasta a passos de cágado. Há mais de um ano a situação no Aeroporto Marechal Hugo da Cunha Machado tem infernizado a vida de turistas e demais usuários que são obrigados a passar o “pão que o diabo amassou”, tudo que é tipo de situação desconfortável e constrangedora, tudo ali: às claras e na “lata” das autoridades que nada conseguem fazer para que a reforma seja concluída.
A Infraero, por pressão do Ministro do Turismo Gastão Vieira e pelo trade turístico, colocou mais três empresas para concluir a reforma e mais recursos na obra, mas não adiantou muito. As datas da entrega do aeroporto já foram remarcadas várias vezes (Um absurdo! pura incompetência da Infraero). A última está agendada para o final de maio deste ano, no entanto só será entregue a área de desembarque e outras melhorias, os outros espaços do aeroporto não tem previsão de entrega. Acredita quem quiser: verbas públicas estão sendo enterradas pela incompetência na gestão do cronograma da obra. Uma vergonha!
A Infraero que tem sido tão omissa com os usuários do aeroporto, mas com os concessionários ela tem agido de outra maneira: além de ter travado a vida dessas pessoas e provocar a demissão de funcionários, por último foi pedido a documentação de todos os concessionários e não deu data de entrega. Mais uma prova que a Infraero não respeita os seus clientes e nem os seus parceiros; a Infraero precisa ser mais transparente em suas ações e até agora não apresentou nenhum projeto de melhoria do aeroporto tratando dessa forma com desdém os 400 anos da capital, visto que fica bem difícil sem o funcionamento regular do único aeroporto de São Luís.
Nesse contexto, a Fiema (Federação das Indústrias do Estado do Maranhão), presidida pelo empresário Edilson Baldez, preocupada com esse caos instalado no estado há mais de um ano, reuniu ontem, no auditório do órgão, os seus associados e trade turístico para discutir a questão do aeroporto de São Luís e os problemas acarretados ao turismo do estado e a economia. Na reunião, sugeriram uma manifestação pública no aeroporto como uma forma de pressionar a Infraero. Uma nova reunião está agendada para o próximo dia 12, às 15 horas, no auditório da Fiema, para traças outras estratégias. Detalhe: trata-se de uma manifestação apolítica e ordeira do empresariado e da cadeia produtiva do turismo do Maranhão, todos se unirão em prol de um objetivo: a entrega do Aeroporto de São Luís.
Relembrando...
O aeroporto Marechal Cunha Machado foi parcialmente interditado para reformas em 24 de março de 2010, por causa do risco de desabamento do teto, que foi projetado para durar 50 anos, mas resistiu apenas na primeira década de uso. Com a interdição, o terminal foi realocado para uma área de estacionamento. A reparação do teto do saguão de passageiros do aeroporto deve custar aproximadamente R$ 5 milhões. O valor equivale R$ 1 milhão a menos do que os gastos com adaptações e instalações provisórias.
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