quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Crise financeira poderá afetar a economia do Maranhão

Integrantes do Conselho Regional de Economia explicam que um dos principais impactos no estado deverá ser a redução das exportações de commodities

Aatual crise financeira que se alastrou no mundo com a instabilidade na política fiscal americana, a exemplo de 2008 (crise no pagamento de hipotecas), poderá ter repercussões na economia maranhense, especialmente na atividade exportadora de commodities - alumínio, minério, ferrogusa e soja, principais produtos da pauta de comercialização do estado para o mercado exterior. "É inegável que a crise vai repercutir na economia do estado", afirmou o presidente do Conselho Regional de Economia do Maranhão (Corecon), Jerônimo Leite, ao observar que o saldo da balança comercial do estado tende a ser afetada por esse momento de instabilidade mundial.

Portanto, podem se repetir agora os efeitos da crise de 2008, quando houve retração da demanda mundial por minério e impactou na balança comercial maranhense, que desde então tem registrado déficits consecutivos.

No início da crise, em 2008, o saldo foi negativo em US$ 1,2 bilhão; em 2009 em US$ 760 milhões e em 2010, fechou em US$ 896,6 milhões.

Para se ter uma ideia do impacto da crise de 2008 no estado, a usina de pelotização da Vale em São Luís foi obrigada a paralisar suas atividades no início de 2009 por falta de demanda do mercado de minérios. Outro setor que sofreu os efeitos da crise e que ainda hoje vive em dificuldades é o de guserias. As siderúrgicas de ferro-gusa no Maranhão tiveram suas atividades paralisadas e milhares de empregados foram demitidos.

Jerônimo Leite disse que, se a crise atingir novamente as grandes empresas exportadoras do estado, como Vale, Alumar e guserias, a economia maranhense também tende a ser afetada, com perspectiva na redução nas compras de produtos e serviços no mercado local.

Medidas - O Corecon defende a adoção, pelo Governo Federal, de medidas preventivas para evitar que os efeitos da crise sejam danosos à economia brasileira. "Esse é um momento de se tomar medidas de controle, de ajustes", afirmou o conselheiro do Corecon, Luís Augusto Espíndola.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, foi ao Congresso Nacional e fez um apelo para que Legislativo, Judiciário e Executivo não apresentem propostas de aumentos de gastos neste momento de crise global.

Ele disse que, se for necessário, o governo pode tomar mais medidas para enfrentar a problema.

Fonte: Jornal O Estado do Maranhão

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