O trânsito na Avenida São Marçal (antiga João Pessoa), no bairro do João Paulo, sempre foi caótico, antes mesmo desse “boom” da frota de carros de São Luís. A via é estreita, tem problemas com buracos, ondulações e lixo; tem os feirantes e ambulantes que armam suas bancas ou colocam simplesmente uma lona no chão com produtos para venda, abocanhando parte das ruas paralelas e mesmo da avenida; tem o engarrafamento ocasionado pelos pais que vão deixar e buscar os seus filhos nas escolas que funcionam por ali... Enfim! Passar pela São Marçal a qualquer hora do dia é um verdadeiro inferno!
Como se não bastasse os problemas citados, se percebe hoje a presença de mais um agravante na São Marçal: animais abandonados, andando normalmente pela avenida, sem nenhuma preocupação. E mais: muitos feridos e todos mortos de fome!
Os jumentos, por exemplo, são a maioria, junto com os cachorros. Eles reviram o lixo, principalmente nos arredores da feira, a olhos vistos e nas barbas da Prefeitura de São Luís, que tem um órgão específico para cuidar, dentre outros assuntos, desses casos – animais abandonados nas vias públicas.
É bom que se diga que os jumentos soltos se multiplicam e vivem bastante – cerca de 60 anos. No João Paulo, muitos são vistos com seus filhotes ao lado. Daqui a pouco, os bichos vão virar uma praga, como já acontece no interior. Quem anda pelas estradas do Maranhão, sabe muito bem como é complicado dirigir em alguns trechos de tanto jumento nas rodovias – à noite, então, o caos é total. Muitos animais ocasionam acidentes graves, com vítimas fatais – dentre elas, o próprio jumento.
Além da Prefeitura, é bom que se pergunte onde está o Centro de Defesa dos Animais. Os bichos abandonados geralmente estão feridos, coitados, sem que ninguém ligue. Os cachorros que o digam. Tudo bem que a entidade caduca sem recurso, mas aqui no Maranhão, ninguém vê campanha solicitando dinheiro para a causa dos animais. Quem sabe se o Centro de Defesa dos Animais funcionasse mais ativamente, alguns problemas como maus tratos dos bichos, seriam reduzidos...
Fica a denúncia para que as autoridades competentes tomem ciência e façam alguma coisa para resolver a questão, sem matar os bichos – mas buscando uma solução viável para ambos os lados: a fluidez do trânsito na capital e o respeito aos animais. Até porque, eles também são criaturas de Deus!
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