quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Projeto Destinos Indutores aponta deficiências em São Luís

O Instituto Marca Brasil, responsável pela Gestão do "Projeto 65 Destinos Indutores do Desenvolvimento Turístico Regional", realizado pelo Ministério do Turismo, apresentou recentemente o Relatório Técnico Final do processo desenvolvido em todo o país. O trabalho foi desenvolvido tendo como base os Índices de Competitividade dos anos de 2008 e 2010 (evolução e regressão), no Perfil de Competitividade dos 65 Destinos Indutores – 2008/2009, na Matriz de Monitoria, na sondagem realizada em junho de 2011 e nos demais registros e documentos produzidos ao longo da realização do Projeto. São Luís foi um dos destinos estudados ao longo do projeto.

Acompanha o relatório o Perfil de Competitividade, instrumento elaborado para auxiliar no acompanhamento e na visualização das ações planejadas nos destinos, sendo composto por duas partes: a primeira parte é descritiva e tem como base o resultado do Índice de Competitividade referente ao ano de 2009, além das ações planejadas para cada dimensão; a segunda parte apresenta recomendações técnicas. Este documento deverá ser usado como referência pelo Grupo Gestor para analisar as evoluções do destino ou, ainda, servir de apoio nas decisões futuras a partir das sugestões apontadas. O Trabalho contribui para o processo de continuidade do avanço da competitividade do destino, sendo considerada uma importante etapa da história do turismo brasileiro.

Com relação à composição do Grupo Gestor, cabe assinalar a representatividade da iniciativa privada, com 50% de participação no processo. No relatório existe, contudo, uma carência quanto ao Plano de Comunicação, que não foi elaborado, registrando-se aí apenas ações pontuais. Foi apontada uma melhoria na relação entre o estado e o município, a partir da posse dada ao COMTUR. No tocante à evolução dos índices de competitividade do destino, tendo como fontes o primeiro (2008) e o último (2010) estudos realizados pela Fundação Getúlio Vargas - FGV, foi registrada evolução da dimensão CAPACIDADE EMPRESARIAL que, de 2008 para 2010, cresceu 11,8 pontos.

A pesquisa apontou que, na opinião do empresariado, o poder público deve fazer funcionar canais de comunicação com a iniciativa privada, estreitando o diálogo, de forma que valorize e consequentemente assimile as ideias do setor privado. Os questionamentos apontam que “o setor público toma iniciativas que condizem pouco com as necessidades do destino. Ex.: vôo charter (Milão – São Luís) que, sob o ponto de vista do trade, supostamente trará mais prejuízos do que benefícios ao destino. Não há clareza de uma política de gestão do turismo; a administração pública insiste em realizar ações sem se embasar nos dados dos estudos de competitividade, fornecidos pelo Ministério do Turismo - Mtur; A sensação é de abandono do destino. O trade tem recebido inúmeras reclamações a respeito do descuido com a infraestrutura do município”. Este ponto revelou um destaque negativo para o quesito “Atrativos Turísticos”, que teve queda de 7,8 pontos.

Os atrativos turísticos mais importantes de São Luís estão representados pelas praias e pelo patrimônio arquitetônico. Segundo o relatório do projeto, as praias estão poluídas, impróprias para o banho, e o Centro Histórico se encontra em precário estado de conservação. No momento, o turismo de negócios tem se destacado em detrimento desses dois grandes atrativos turísticos que São Luís possui, o que justifica o destaque negativo assinalado no Relatório Técnico Final do projeto.

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