sábado, 29 de março de 2014

Mulheres são culpadas por estupro?

Por Paula Lima

Nesses dois últimos dias abro as redes sociais e sites de notícias e me deparo com a seguinte informação: SEGUNDO PESQUISA DO IPEA MAIORIA ACREDITA QUE MULHER  TEM RESPONSABILIDADE EM CASOS DE ESTUPRO. Oi? Como assim?

Eis a minha opinião: Curto e muito shorts e saias curtos, além de vestidos provocantes. Saio pra me divertir (PRA ME DIVERTIR) sempre assim, mas não é por isso que está escrito na minha testa que mereço ser estuprada. 65% dos que dizem que a vestimenta de mulheres com trajes menores e quase 60% que o comportamento delas fazem com que mereçam ser estupradas não me representam. Esse universo de “retardados e idiotas” e mal amadas, que disseram isso, esquecem que são filhos e filhas de uma mulher, têm irmãs, esposas e todo um universo feminino ao seu redor.  E essas, com certeza e sem sombra de dúvida NÃO MERECEM SER ESTUPRADAS mesmo que andassem peladas pelas ruas.

É um total contrassenso opiniões como essas num país onde as pessoas, correntes ideológicas, grupos e grupelhos levantam bandeiras em prol do aborto, da descriminalização da maconha e, até mesmo, bradaram em alta voz e conseguiram que a união civil de pessoas do mesmo sexo fosse reconhecida. Eu juro que não entendo quando essa mesma sociedade vem nesse momento com esta opinião, que, com certeza, é um retrocesso no pensamento e comportamento humano, que nem mesmo no atraso do século XIX seria aceitável e estamos em pleno século XXI.

É bem verdade que muitas mulheres se vestem e se comportam como se fossem uma mercadoria e da bem barata, mas isso não dá direito a ninguém, muito menos a um retardado, que diz ser homem, estuprar ou fazer qualquer coisa que denote, que desonre a Mulher.

E sabe o que mais chama a atenção? Segundo a pesquisa do IPEA, dentre os entrevistados 66,5% eram mulheres, mais da metade das opiniões. E sinceramente digo que essas devem ser, no mínimo, mal amadas ou mal comidas mesmo ou será que nem isso conseguem? Será que essa é a sociedade hipócrita em que vivo? E se continuar assim para onde vamos? Indignada. E tenho dito.

quinta-feira, 27 de março de 2014

Ex-jogador da seleção inglesa, David Beckham, visita ‘Dalai Lama da Floresta’ no Brasil


O David Beckham se encontrou com o Davi Yanomami durante sua viagem recente ao Brasil
O David Beckham se encontrou com o Davi Yanomami durante sua viagem recente ao Brasil
© Nenzinho Soares
David Beckham visitou a tribo Yanomami no Brasil nas vésperas da Copa do Mundo de 2014, e encontrou-se com o porta-voz mais proeminente da tribo, Davi Kopenawa, conhecido como o ‘Dalai Lama da Floresta’.
Enquanto filmava um programa de TV no Brasil, Beckham visitou o território Yanomami, e pediu permissão de Davi Kopenawa para entrar na terra indígena. Beckham e Davi conversaram sobre os problemas que os Yanomami enfrentam, especialmente os garimpeiros ilegais em suas terras.
Dario Yawarioma Yanomami, filho de Davi e um coordenador da associação Yanomami, Hutukara, disse à Globo notícias, ‘Nós gostamos muito da visita do David porque ele se interessou muito sobre os problemas dentro da reserva Yanomami. Viu que existem muitas ameaças ao meio ambiente, juntamente com a cultura, e ele mostrou preocupação com o povo indígena Yanomami.’
Davi Kopenawa é o primeiro xamã Yanomami a publicar um livro. ‘A Queda do Céu: Palavras de um Xamã Yanomami’, escrito em colaboração com um amigo do Davi, o antropólogo Bruce Albert, é um relato único da história de sua vida.
Em uma resenha publicada na semana passada no periódico Truthout, o diretor da Survival International, Stephen Corry, afirmou que o livro do Davi Kopenawa ‘merece tornar-se um dos livros mais importantes dos nossos tempos.’
Beckham e Davi falaram dos problemas que os Yanomami enfrentam, sobretudo os garimpeiros ilegais na sua terra.
Beckham e Davi falaram dos problemas que os Yanomami enfrentam, sobretudo os garimpeiros ilegais na sua terra.
© Nenzinho Soares

Na sua resenha, Corry destaca a ‘oposição diametral’ entre a cosmologia dos Yanomami e ‘o comércio e o lucro, que têm se transformado em nossa medida de ‘progresso’’. Corry conclui que a mensagem de Davi é clara: ‘Ele quer que nós saibamos que estamos destruindo o mundo com a nossa insaciável fome para mais posses [e] se destruirmos os Yanomami, estaremos destruindo a nós mesmos.’
O público na Califórnia (EUA) terá uma rara oportunidade de conhecer o Davi Kopenawa e ouvir a sua mensagem para o mundo durante a sua visita à Califórnia, em abril de 2014.
Davi vai chegar a San Francisco em 22 de abril – Dia da Terra – comemorado em todo o mundo por milhões de pessoas para demonstrar o seu apoio para a proteção do meio ambiente. Antes do Dia da Terra, o Davi oferece uma revelação surpreendente: ‘Nós, os xamãs… estamos protegendo a ’natureza’ como um todo. Defendemos as árvores da floresta, as suas colinas, montanhas e rios; peixes, animais, espíritos e habitantes humanos. Até defendemos a terra dos brancos.’ Ele adverte o mundo de que o comportamento de consumo de recursos está destruindo os sistemas sobre os quais toda a vida depende, e que o mundo vai sofrer se a floresta continua a ser destruído.
Muitos estudos têm apoiado a reivindicação do Davi de que os povos indígenas são os melhores conservacionistas.
Do Survival International

sábado, 22 de março de 2014

O que seria do mundo sem a água?


738 milhões de pessoas não têm acesso à água potável, segundo a ONU

A água é indispensável à vida. Aproximadamente 70% do nosso corpo, podendo variar de acordo com a idade e outros fatores, é constituído por ela. Cerca de 2/3 do planeta também. Talvez nosso planeta devesse ser chamado de Planeta Água em vez de Terra. O certo é que a água é vital e preservá-la é fundamental, pois, apesar da disponibilidade de água em nosso planeta ser muito grande, a maior parte corresponde à água salgada, sendo o percentual de água doce de apenas 2,5%. A água doce é finita e em muitas partes do mundo ela tem feito muito falta. Segundo dados da ONU, 738 milhões de pessoas ao redor do mundo não têm acesso à água potável.

A despeito disso, muitas das ações que o ser humano tem desenvolvido no decorrer dos anos têm colaborado para diminuir ainda mais essa quantidade. E o cenário não poderia ser diferente. A degradação ambiental e a poluição dos recursos hídricos poderiam e deveriam ser refreadas ou, pelo menos, amenizadas? Sim. Mas a falta de consciência de quem polui o meio ambiente e/ou desperdiça água somada à inércia das autoridades competentes só poderia resultar nisso. 1 + 1 = 2.

O poder público detém autoridade para utilizar e elaborar mecanismos para inibir ações que desrespeitem o meio ambiente, mas, muitas vezes, parece desinteressado em fazê-lo. Talvez o motivo seja por ainda não entender o seu papel e a sua responsabilidade junto à sociedade ou porque acredite ter coisa mais importante para fazer... E a ferida purulenta continua exposta, para todo mundo ver.

Que o dia de hoje, 22 de março, data em que se comemora o dia Mundial da Água, sirva como um lembrete de que a água é indispensável e pode acabar, por isso é importante não desperdiçar. Consciência ambiental não é "coisa de militante ou ambientalista", é "coisa" de gente inteligente, que sabe que para ter é necessário cuidar e preservar.

Juliana Vieira, da Redação.

terça-feira, 18 de março de 2014

O lado negro do Brasil: Índio da Amazônia protesta no tour do troféu da Copa do Mundo




Nixiwaka Yawanawá, um índio da Amazônia brasileira, cumprimentou o troféu da Copa do Mundo em sua chegada a Londres com uma camiseta dizendo ‘BRASILPARE DE DESTRUIR ÍNDIOS’. Usando o cocar da sua tribo, e decorações faciais, Nixiwaka chamou a atenção para os ataques do Brasil sobre os direitos da sua população indígena.
A Coca-Cola e a FIFA impediram que o Nixiwaka mostrasse a mensagem da sua camiseta quando estava ao lado do troféu.
Às vésperas da Copa do Mundo de junho de 2014, Nixiwaka e Survival International estão destacando que 500 anos após a colonização, os índios brasileiros ainda estão sendo mortos por suas terras e recursos naturais. Enquanto o Brasil está se apresentando como uma democracia multi-cultural e dizendo que está sediando uma Copa do Mundo ‘para todos’, o governo e os latifundiários estão planejando abrir territórios indígenas por enormes projetos industriais.
Uma proposta de emenda constitucional daria ao Congresso do Brasil – fortemente influenciada pela bancada ruralista anti-indígena – poder na demarcação de terras indígenas. Isso significaria mais atrasos e obstáculos para a proteção da terra ancestral dos índios.
Nixiwaka Yawanawá protestou contra o ataque no Brasil sobre os direitos indígenas duramente conquistados.
Nixiwaka Yawanawá protestou contra o ataque no Brasil sobre os direitos indígenas duramente conquistados.
© Sarah Shenker/Survival
Outro projeto de lei polêmico abriria territórios indígenas para mineração, barragens, bases militares e outros projetos industriais. Índios de todo o país estão protestando veementemente contra esses planos.
As mudanças seriam desastrosas para índios isolados que vivem na floresta amazônica do Brasil. A demarcação e proteção de suas terras é vital para a sua sobrevivência, pois não têm imunidade a doenças transmitidas por pessoas de fora e qualquer forma de contato ameaça levá-los à extinção. Muitos dos índios isolados estão enfrentando ataques brutais por madeireiros ilegais e garimpeiros que invadem seus territórios.
Nixiwaka disse: ‘Em 2014 os olhos do mundo estão no Brasil para a Copa do Mundo – uma boa oportunidade para mostrarmos à comunidade internacional a luta pela nossa terra. Precisamos do apoio de todos para salvar a nossa floresta; nós dependemos de nossa floresta para nossa sobrevivência. Espero que o governo brasileiro vai assumir a liderança com respeito aos nossos direitos às terras, e que outros seguirão o exemplo.’
Tendo perdido a maior parte de suas terras para fazendas de gado e plantações de cana de açúcar, muitos Guarani são forçados a viver na beira de estradas.
Tendo perdido a maior parte de suas terras para fazendas de gado e plantações de cana de açúcar, muitos Guarani são forçados a viver na beira de estradas.
© Paul Borhaug/Survival
Tribos brasileiras como os Guarani estão esperando a demarcação de suas terras há muitos anos. Tendo perdido a maior parte de suas terras ancestrais para fazendas de gado e plantações de cana de açúcar, eles são forçados a viver em condições perigosas e esquálidas nas beiras de estradas ou em reservas superlotadas. Eles enfrentam desnutrição, más condições sanitárias e alcoolismo, e seus líderes são freqüentemente atacados e mortos por pistoleiros dos fazendeiros.
Coca-Cola, o promotor do tour do troféu e um dos maiores patrocinadores da Copa do Mundo, foi recentemente arrastada ao conflito territorial dos Guarani, quando um relatório revelou que esta comprando açúcar da gigante alimentícia Bunge dos EUA, que por sua vez compra cana de açúcar de agricultores que estão ocupando terras dos Guarani.
Um porta-voz Guarani disse à Survival International, ‘A Coca-Cola tem de parar de comprar açúcar da Bunge. Enquanto essas empresas lucram, nós somos forçados a aguentar a fome, a miséria e os assassinatos’.
O diretor da Survival, Stephen Corry, disse hoje, ‘Brasil está freqüentemente celebrado como uma história de sucesso econômico – nunca mais do que às vésperas da Copa do Mundo. Mas é justo reconhecer que o crescimento econômico está incorrendo um imenso custo humano: a morte de centenas de milhares de índios ao longo do século passado, e a aniquilação de tribos inteiras. É hora de reconhecer o lado negro do Brasil.’

terça-feira, 11 de março de 2014

ABAV alerta para validade do passaporte e nova regra de assistência viagem

Desde o final do mês de janeiro está vigorando uma norma que exige que todos os turistas que desembarcarem na Venezuela apresentem um plano de assistência médica e de assistência viagem, com validade mínima de 45 dias, o qual também cubra perda, furto ou roubo de bagagens.

Muito próximo ao definido no Tratado de Schengen, o plano é obrigatório para a entrada no país sul-americano e deve oferecer cobertura de US$ 40 mil para eventuais despesas médicas e de US$ 1 mil em caso de extravio ou roubo de malas. De acordo com a norma, as agências de viagens e demais empresas prestadoras de serviços turísticos devem cobrar a taxa adicional referente à assistência juntamente com os bilhetes aéreos.

“A ABAV alerta para a necessidade premente de notificar os clientes e, sobretudo, as agências de viagens, muitas das quais ainda não têm conhecimento desta nova norma”, alarma Leonel Rossi, vice-presidente de Relações Internacionais da ABAV Nacional.

Para os viajantes que pretendem visitar a Venezuela, empresas como a Travel Ace Assistance (http://www.travelace.com.br) e a Assist Card (http://www.assist-card.com.br/) já estão vendendo planos de cobertura para o país.

ABAV atenta para novas regras de validade do passaporte
Além da exigência de que, para entrar nos países da União Europeia, os turistas precisam comprovar assistência de viagem com valor mínimo de € 30 mil, o tratado de Schengen também estabelece outra obrigatoriedade pouco difundida: para embarcar em um voo internacional, o viajante deve apresentar um passaporte com, no mínimo, três meses de validade após o retorno ao Brasil.

“Este é um fator que tem pego muitos turistas de surpresa, embora esteja vigorando desde junho de 2013. É preciso que o agente de viagens tenha todas estas informações para evitar que o cliente passe por contratempos. A Inglaterra, por exemplo, apesar de não integrar o Tratado, exige um prazo mínimo de seis meses”, ressalta o vice-presidente.

Fonte: ABAV Nacional