quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Ação integrada entre secretarias melhora o Centro Histórico


A Secretaria Municipal de Turismo (Setur) realiza diagnóstico do Centro Histórico de São Luís, com o objetivo de auxiliar a Secretaria Municipal de Obras e Serviços Públicos (Semosp) no reparo e manutenção do local. Há uma semana, técnicos de turismo percorrem ruas, becos, escadarias, fotografando problemas, como calçadas quebradas, luminárias danificadas, buracos. Em seguida, o levantamento é repassado à Semosp.

 O resultado prático da ação pode ser percebido por turistas e moradores do Centro Histórico. Tampas de bueiros, paralelepípedos e lampiões foram substituídos. “Nós temos o maior interesse em ver nosso Centro Histórico trafegável para a comunidade e para os turistas. O trabalho já começou e a Semosp está de parabéns. Enfim, a determinação do prefeito Edivaldo Holanda Júnior de dar uma atenção especial ao Centro Histórico está sendo respeitada”, afirmou o secretário municipal de Turismo, Lula Fylho.

 O secretário ressalta a importância do trabalho integrado entre as secretarias para prestar um bom serviço à população. Explica, porém, que a ação da Setur é apenas de apoio e que as obras serão realizadas gradativamente a partir cronograma de trabalho da Semosp.

 “Estamos agindo em parceria com a Semosp, que tem atendido as demandas e age com celeridade pra deixar nosso Centro Histórico agradável para os moradores, comerciantes, transeuntes e turistas”, disse o secretário.

Fonte: Setur-SL

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Empresa arrenda restaurante do aeroporto de São Luís por R$ 3,9 milhões

O Aeroporto Internacional de São Luís/Marechal Cunha Machado vai receber um novo restaurante ainda neste semestre. O estabelecimento ocupará uma área de 325 m² no terraço panorâmico do terminal de passageiros, com vista para o pátio de aeronaves e pistas de pouso e decolagem. O serviço oferecido será a La carte, podendo ter ainda o de self-service.

O contrato foi assinado no dia 16/1 com a empresa Restaurante Veneza Gourmet Ltda. A vencedora da licitação ofereceu R$ 3,96 milhões por um contrato de 10 anos, que inclui ainda uma de 33 m² para o depósito de materiais. O prazo para a empresa fazer adequações nos espaços é de 90 dias a partir da assinatura do contrato.

“A chegada de um novo restaurante ao aeroporto é outra ação importante da Infraero que agrega valor aos serviços disponíveis no terminal, oferecendo também mais conforto e comodidade aos passageiros e usuários”, afirmou o superintendente do aeroporto, Hildebrando Correia.

Melhorias

O Aeroporto de São Luís recebeu uma séria de melhorias ao longo de 2012, após a conclusão da reforma do terminal de passageiros. Entre as mudanças estão o novo balcão de informações, adaptado ao atendimento de pessoas com deficiência e com nova sinalização. A acessibilidade também foi contemplada com a instalação de piso táteis ao longo do saguão.

Os passageiros também começaram a receber os 500 novos carrinhos para transporte de bagagem, que vão substituir os equipamentos atuais. Além disso, um novo fraldário foi instalado no saguão do aeroporto e oferece todos os itens de primeira necessidade. Outra melhoria foi no sistema de ar condicionado, que ficou mais eficiente após o fechamento lateral do saguão.

Fonte: Blog de Daniel Matos

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Tarifa aérea média doméstica cai 41,69% nos últimos dez anos



A Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) publica nesta quinta-feira (17) a 26° edição do Relatório de Tarifas Aéreas Domésticas. O documento, que apresenta uma nova estrutura, traz a apuração das passagens aéreas comercializadas até setembro de 2012. No acumulado de janeiro a setembro, a Tarifa Aérea Média Doméstica Real foi de R$ 273,32, valor 0,15% inferior à do mesmo período em 2011 (R$ 273,74) e 41,69% inferior à do mesmo período em 2002 (R$ 468,71).

Na comparação do terceiro trimestre de 2012 com igual período em 2002, foi constatado que o passageiro pagou menos da metade do valor que pagava há 10 anos para voar. Em 2012, o valor médio da passagem doméstica foi de R$ 267,31. Em 2002, R$ 542,64.

De acordo com o levantamento, 68,89% dos assentos comercializados de janeiro a setembro do ano passado foram vendidos com valores inferiores a R$ 300,00. Tarifas inferiores a R$ 100,00 representaram 15,63% em igual período. Passagens com valor superior a R$ 1.500,00 representaram 0,23% dos bilhetes vendidos.

O comportamento da indústria do transporte aéreo em relação à precificação dos serviços vem mudando ao longo dos últimos dez anos, como explica a superintendente de Regulação Econômica e Acompanhamento de Mercado da ANAC, Danielle Crema: “Nos últimos anos, com o advento da liberdade tarifária e da liberdade de oferta, as empresas têm buscado cada vez mais diversificar suas tarifas e assim capturar o perfil e a preferência dos passageiros, o que tem contribuído para promover a inclusão social do transporte aéreo. Em 2002, apenas 30,45% das passagens aéreas eram comercializadas com tarifas inferiores a R$ 300,00. Na atualidade, esse valor abarca cerca de 70% das passagens comercializadas.”

Yield Tarifa
O Yield Tarifa Médio Doméstico Real, apurado no período de janeiro a setembro de 2012, foi de R$ 0,34605, valor 0,80% inferior ao mesmo período em 2011 (R$ 0,34883) e menos da metade do apurado em 2002 (R$ 0,76927). O Yield é um indicador utilizado que demonstra o valor médio pago por quilômetro voado.

Demanda e oferta
Nos últimos dez anos, a oferta, representada pela quantidade de assentos-quilômetro ofertados, mais do que duplicou, com variação de 138% e taxa média de crescimento de 10% ao ano. Já a demanda, representada pela quantidade de passageiros-quilômetros pagos transportados, quase triplicou e atingiu variação de 195% e taxa de crescimento de 12,8% ao ano.

Metodologia
Os valores apresentados no Relatório de Tarifas Aéreas Domésticas são calculados com base nos dados das tarifas comercializadas pelas empresas aéreas, mensalmente registradas na ANAC, e atualizados pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

São considerados os dados dos bilhetes de passagem do transporte aéreo doméstico regular de passageiros, comercializados junto ao público em geral, independentemente de escalas ou conexões; e desconsiderados os bilhetes oferecidos gratuitamente, decorrentes de programas de fidelização (milhas), vinculados a pacotes turísticos ou a tarifas corporativas, tarifas diferenciadas oferecidas a empregados e tarifas diferenciadas de crianças.

Fonte: ANAC

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Procon lança projeto para turistas do Mercosul

Em parceria com instituições uruguaias e venezuelanas, a Fundação Procon-SP, a Secretaria Nacional do Consumidor do Ministério da Justiça (Senacon) e o Procon-RJ lançaram na semana passada o projeto piloto do Formulário de Reclamação para o Consumidor Visitante no Mercosul. O objetivo é atender eventuais demandas de estrangeiros em visita ao Brasil e possibilitar o atendimento de brasileiros nos países do Mercosul.

O projeto irá implantar nos órgãos de defesa do consumidor de cada país um formulário, que deverá ser preenchido pelo consumidor turista que tiver algum problema de consumo durante a estadia no país visitante. Os formulários ficarão disponíveis no site das entidades, que buscarão acordo imediato e, caso não seja favorável às partes, abrirão reclamação. O órgão de proteção ao consumidor do local onde ocorreu o conflito e o da residência do consumidor estarão em permanente contato até o resultado final da reclamação.

Procedimentos para o consumidor:
1. Preencher e imprimir formulário de reclamação disponível no sitio eletrônico (veja aqui) ou no próprio órgão de proteção ao consumidor, anexando documentos probatórios;

2. Comparecer ao órgão de proteção ao consumidor da localidade do conflito ou do seu domicílio, se já houver regressado;

3. O órgão de proteção do consumidor da localidade onde ocorreu o conflito realizará uma tentativa de acordo imediato com o fornecedor (atendimento preliminar) e, na ausência deste, procederá a abertura direta de reclamação;

4. O consumidor poderá, no momento do preenchimento do formulário, nomear uma pessoa autorizada para o procedimento e eventual audiência no órgão de proteção ao consumidor;

5. Caso o consumidor retorne ao seu domicílio, irá encaminhar-se ao órgão de proteção ao consumidor, para formalizar sua reclamação;

6. A comunicação será entre os órgãos de proteção do consumidor da localidade onde ocorreu o conflito e aquele do domicílio do consumidor, via correio eletrônico;

7. O órgão de proteção ao consumidor encaminhará a proposta do fornecedor para o consumidor e será encarregado por receber e encaminhar a resposta do consumidor.

Este serviço é de uso exclusivo para turistas do Mercosul (Brasil, Venezuela e Uruguai). O consumidor que tiver dúvidas ou quiser fazer uma reclamação, pode procurar o Procon de sua cidade ou um dos canais de atendimento da Fundação, como por exemplo, o telefone 0800-772-3633.

Fonte Site Panrotas

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

UM POUCO DO ANTIGO AOS NOVOS


Por J.R.Martins

Os conterrâneos que nasceram nas décadas posteriores a 1960, com certeza desconhecem o que foi a cidade de São Luís do Maranhão em tempos anteriores ao seu crescimento para as bandas das praias. Praias que tinham o encanto de serem quase desconhecidas e inacessíveis; praias que desconheciam a sujeira dos esgotos e do descaso dos atuais frequentadores.

Provavelmente os mais novos pensarão que nossa centenária capital sempre teve suas ruas atulhadas de sujeira, de carros e marreteiros (como eram chamados os atuais camelôs); que suas residências coloniais, das mais singelas aos mais deslumbrantes sobradões, já viviam abandonadas. Ignoram que já foram habitadas pela elite da sociedade ludovicense; que as estreitas e bucólicas ruas algum dia foram calçadas com pedras “cabeça de negro” ou paralelepípedos, o que havia de mais moderno para esse fim; que românticos bondes trafegavam vagarosamente pelas tortuosas ruas, conduzindo tranquilos passageiros, diferentemente dos atuais coletivos de hoje que enfumaçam tudo , ameaçam a segurança e tiram o sossego da população.

A minha cidade, a cidade de minha infância e adolescência, era bem diferente dessa que aí está e que alguns sonhadores, como eu, ainda têm a esperança de trazê-la de volta. Pura quimera, naturalmente. Por mais que venham a surgir projetos com essa finalidade o utópico retorno nunca passará de um sonho. Embora a contragosto, deixando de lado a fantasia, sou obrigado a admitir que nossa antiga São Luís jamais retornará aos tempos que antecederam seu abandono. Sobraram apenas as recordações.

Ainda me lembro de quando a Avenida Beira-mar só ia até a Praia do Caju. Até um pouco depois da Rua do Ribeirão. Além disso, deixava de existir a amurada do Cais da Sagração (apenas popularizado após o romance de Josué Montello, de mesmo nome) e apenas um atracadouro constituído por um paredão de pedras protegia das águas do Anil a área ocupada pela Estrada de Ferro São Luís Teresina. Ali havia a carcaça de uma velha embarcação naufragada – provavelmente uma alvarenga -, onde diziam os pescadores de ocasião que havia grande concentração de peixes. Outros, porém, mais exigentes no esporte, garantiam que a abundância referia-se apenas aos pequenos bagres conhecidos por “papa-bosta”. Realmente, naquele local havia algumas bocas de esgoto que despejavam constantemente as imundícies de que se alimentavam aqueles pequenos peixes.

Ainda sem o assoreamento dos dias atuais, o mar agitado das grandes marés era um atrativo àqueles que se dirigiam à Beira-mar para assistir ao espetáculo. Era com saudável algazarra que festejavam, gritavam e riam quando molhados pela ressaca que se precipitava contra o paredão de pedras do cais. Esse fenômeno já é raro acontecer.

Onde hoje é a Praça Maria Aragão, havia uma grande área pantanosa cortada pelos trilhos que levavam as composições até Teresina, no Piauí. Ali era onde, igualmente, se situavam os viradores das locomotivas e as oficinas de manutenção dos trens.

Partindo da Estação João Pessoa, as composições seguiam adiante pela Praia do Jenipapeiro, transpondo um diminuto túnel que ligava a Rua de mesmo nome à dita praia, e seguiam espremidas pela chamada Estrada da Vitória até bem depois do Porto de Roma Velha, no Areal, atual Monte Castelo. Espremidas porque com o passar dos anos, a população miserável foi construindo suas moradias muito próximas da linha férrea, para ganhar mais espaço, obrigando as locomotivas a diminuírem ao máximo a velocidade durante a travessia, para evitar acidentes. Estrada da Vitória foi o nome dado àquele corredor de casebres, tomado emprestado à famosa Quinta Vitória, que pertenceu ao poeta Sousândrade e ficava nas proximidades do Jenipapeiro.

O local onde edificaram o terminal ferroviário – hoje uma delegacia de polícia - foi resultante de aterramento da antiga Praia de Santo Antônio. Da Praia do Caju até a Rampa de Palácio – mais tarde denominada Campos Melo – havia ainda a Praia do Armazém, ou da Trindade, antes do Baluarte de São Damião (onde instalaram a Pedra da Memória) e do de São Cosme, onde construíram um coreto. Apesar da denominação praia adotada àqueles locais, verdadeiramente nunca existiram praias como nos acostumamos a ver; rendadas com grandes faixas de areias brancas.

Logo depois do prédio do Tesouro do Estado e dos Armazéns Gerais (atual Casa do Maranhão), havia uma segunda rampa de embarque/ desembarque, hoje pouco lembrada, chamada Rampa do Comércio. Eram tantos os barcos que ali ancoravam que, lado a lado, tornavam-se uma verdadeira passarela por onde passageiros e embarcadiços transitavam até a terra firme. Era deslumbrante a variedade de cores das velas, como se fosse um painel pintado por um fino artista plástico. Infelizmente foi aterrada e, pelo que constato em pesquisas de campo, sequer existe algum documento ou registro fotográfico que testemunhe sua existência.

Juntamente com a mencionada rampa, também foram aterradas as do Portinho, do Desterro, além de outras localizadas em indústrias que davam fundos para o Rio Bacanga. Este rio também sofreu uma grave agressão, quando, em lugar de uma ponte, construíram uma barragem para ligação da cidade aos sítios situados na margem oposta. Ao que tudo indica, juntamente com o posterior aterro para construção do anel viário, deflagrou o processo de assoreamento da bela enseada originada da confluência dos dois principais rios da ilha.

A pequena edificação que está localizada no final da Montanha Russa, de frente para a Beira-mar, foi construída nos primeiros anos do século XX, destinada à instalação do modesto maquinário que processava a matéria orgânica de parte do esgoto da cidade, antes de ser lançada ao mar. Uma espécie de liquidificador de fezes e outros detritos. Recentemente reformada e pintada, passou muitos anos totalmente ignorada pelas autoridades. Ao lado, uma quadra de tênis construída pelos ingleses funcionários do Cabo Submarino (The Western Telegraph Company) foi a primeira de São Luís. Funcionou até quando vendida, juntamente com o terreno ao lado, para edificação do clube Casino Maranhense. Assim, chegou ao fim aquele tradicional espaço dedicado ao nobre esporte britânico.

Da Montanha Russa até o final da Rua do Ribeirão não havia construções. Apenas um grande terreno insalubre, alagadiço, denominado Parque XV de novembro, onde circos encontravam lugar para armar suas grandes tendas e se apresentavam à população. Quando desocupado, era utilizado como campo de futebol pela gurizada das redondezas. Naquele ponto, em frente à Praia do Armazém, consta que foi enforcado o revolucionário Manuel Beckman, ou Bequimão, como se tornou conhecido. Em homenagem a ele, como forma de perpetuar sua imagem significativamente representativa na história do Maranhão, foi ali erigido um singelo monumento em forma de pirâmide.

Na primeira metade do século passado, após a construção da Avenida Beira-mar, surgiram os primeiros bangalôs que ainda hoje ali estão e onde moraram famílias como os Pires Leal e os Neiva de Santana. Mais tarde o engenheiro Cléon Furtado construiu sua residência em terreno mais próximo à atual Ponte do São Francisco, em frente a um pequeno sobrado onde funcionou por muitos anos o serviço de praticagem do porto de São Luís.

Apenas na década de 1950 foi aberta a ligação para carros entre as avenidas Beira-mar e Pedro II (ex Avenida Maranhense). Como ainda não havia também a ligação da Rua do Egito com a primeira dessas avenidas (apenas executada após a construção da ponte), o trânsito de veículos entre o centro da cidade e a zona portuária, aí incluída a Beira-mar, era por demais complicado.

A carga e descarga de embarcações de grande porte, como navios, eram realizadas em grandes chatas, conhecidas como alvarengas, puxadas por possantes rebocadores. O negócio era explorado por algumas empresas particulares, como Nelson Faria e Couto & Cia. Por falta de atracadouro seguro – principalmente em razão da grande variação das marés – os navios fundeavam ao largo, na enseada fronteira à cidade, geralmente nas proximidades das Pontas de São Francisco e d’Areia. Ainda não havia sido construído o porto do Itaqui. As mercadorias eram apanhadas ou desembarcadas pelas mencionadas alvarengas em atracadouros dos Armazéns Gerais ou das indústrias – principalmente têxteis – localizadas às margens do Rio Bacanga.

Encerro por aqui esta primeira tentativa de resgatar um pouco da memória de São Luís, que hoje em dia anda tão esquecida.

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Pesquisador cria software para simular o impacto da elevação do nível do mar em São Luís


O maranhense Denilson da Silva Bezerra apresentou, na última sexta-feira (4), ao vice-governador, Washington Luiz Oliveira, uma ferramenta computacional para simular o impacto da elevação do nível do mar em São Luís. O software, que é fruto da tese de doutorado no Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), constitui-se em uma plataforma digital pública para subsidiar na elaboração de políticas públicas. "Desenvolvi um modelo aplicado para minha terra. Quero retribuir ao meu estado todo investimento em minha formação acadêmica", afirmou o pesquisador. Denilson é graduado em Ciências Aquáticas e mestre em Ciências da Saúde pela Universidade Federal do Maranhão, e especialista pela Universidade Estadual do Maranhão.

Ele explicou que a plataforma computacional permite aos gestores públicos a identificação dos impactos da elevação do nível do mar em São Luís nos próximos anos, verificando índices de consumo de água, crescimento populacional, impacto de obras, áreas degradadas, entre outros. "O foco é perceber como Manguezal vai responder à elevação do nível do mar, tendo em vista que a segunda maior concentração de mangue está no Maranhão", acrescentou, destacando que São Luís será a primeira capital brasileira a utilizar o software.

Após a apresentação do projeto, o vice-governador destacou a importância da ferramenta para fortalecer as ações e programas estratégicos do Governo do Maranhão. "Essa ferramenta deverá ser apresentada na reunião do Conselho de Gestão Estratégica das Políticas Públicas de Governo (Congep), para que todos os secretários possam conhecer o programa e perceber aplicabilidade nas políticas públicas desenvolvidas pelo governo", ressaltou Washington Luiz.

Fonte: Secom-MA

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

As seis pragas que afetaram a aviação comercial em 2012


Câmbio e preço do combustível são dois dos fatores que derrubaram o desempenho das empresas do setor

Em 2012, as companhias de aviação brasileira afirmaram que foram afetadas pelas seis pragas do Egito. O ano que para algumas empresas seria o da virada, como para a novata Azul que esperava finalmente ter lucro, foi marcado por fatores exógenos, que, aliados a problemas internos das companhias, fazem de 2012 um dos piores para a saúde financeira das empresas. A Gol, por exemplo, amargou o seu pior prejuízo, cerca de R$ 1 bilhão em nove meses, desde a sua fundação em 2000. Em razão disso, ela ainda trocou o comando: saiu Constantino de Oliveira Junior, fundador da companhia, e entrou Paulo Sérgio Kakinoff, que fez carreira na indústria automobilística.

Dentro desse cenário, o jornal Brasil Econômico fez um levantamento dos principais fatores, as “pragas” das companhias, para avaliar o que é real ou simplesmente “chororô” das empresas aéreas para justificar os resultados ruins de 2012.

Redução da demanda 
Dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) mostram que o ritmo no crescimento do número de passageiros por quilômetro voado, o chamado RPK, vem diminuindo progressivamente. Até outubro, as companhias transportaram 7,24% a mais que o mesmo período de 2011. Em 2012, o crescimento no número de passageiros transportados não deverá passar de 8%. Em 2011, a taxa foi de 15,97%, acompanhando o aumento de dois dígitos nos anos anteriores.

“O mercado doméstico operou com excesso de capacidade nos últimos anos, gerando baixos fatores de ocupação. Em outros mercados, como EUA e Europa, as companhias aéreas operam com mais de 80% de ocupação, enquanto no mercado brasileiro operávamos com cerca de 70%, o que é ineficiente”, disse por meio de comunicado a Tam Linhas Aéreas.

Segundo a companhia, a estratégia é uma maior disciplina para manter índices mais altos de ocupação. “Em outubro, tivemos uma taxa de ocupação de 76%”, ressaltou a Tam.
As empresas reagiram à desaceleração reduzindo a oferta. Em outubro, as companhias disponibilizaram 9,8 milhões de assentos por quilômetros doméstico voado, o chamado ASK, uma redução de 2,13% em relação ao ano anterior.

A Tam reduziu no ano passado em 2% sua oferta e prevê reduzir mais 7% agora em 2013. Já a Gol enxugou em 2,1% a oferta até setembro (queda de 100 frequências diárias), eliminando 2 mil empregos, além dos 850 funcionários demitidos com o fim da Webjet. A empresa dos Constantinos deve fechar 2012 com 17 mil colaboradores, uma redução de 3,5 mil postos de trabalho.

Aumento nos combustíveis
O valor dos combustíveis é o maior vilão do setor, segundo as empresas. Em alguns casos, como o da Gol, as despesas com combustíveis chegam a 46%. Se avaliado isoladamente, é possível notar que a desaceleração econômica ajudou na redução dos preços do barril de petróleo WTI (comercializado na Bolsa de Nova York e proveniente da região do Golfo do México) e também do Brent (comercializado na Bolsa Londres, que tem como referência dos preços do petróleo do Oriente Médio e Mar do Norte). O WTI caiu 13,05% na variação do ano passado, enquanto o Brent teve redução de 2,76% no período. Vale ressaltar, no entanto, que a redução vem sobre uma base alta de comparação dos preços em 2011 e todo o custo é negociado em moeda americana, que apresentou alta em relação ao real em 2012.

A Azul, por exemplo, atribui ao fator combustível/câmbio, o fato de não ter conseguido atingir a meta de seu fundador, David Neeleman, de fechar as contas com lucro no ano passado. A meta agora é empatar as despesas e as receitas. “Não foi um ano bom para nenhuma companhia. Historicamente, uma empresa novata consegue fechar com lucro já no terceiro ano de operação. Foi o que aconteceu com a Gol. O momento não foi favorável para a companhia de David Neeleman”, disse Hugo Tadeu, consultor de aviação e professor associado da Fundação Dom Cabral.

Câmbio
O câmbio é o fator que mais atinge as empresas aéreas, o motivo é que vários serviços da aviação são cotados em dólar, a começar pelo combustível, o querosene, que, tradicionalmente responde por um terço das despesas das companhias aéreas. No acumulado de 2012, o dólar teve uma valorização de 9,43% em relação ao real. A perspectiva é que a moeda americana estabilize no início de 2013.

Novas taxas nos aeroportos
A Medida Provisória nº 551, de 22 de novembro de 2011, criou a taxa de conexão, que passou a vigorar em novembro do ano passado, tirando ainda mais o sono das empresas. O objetivo da tarifa é “eliminar a distorção causada pela ausência de remuneração de uma atividade que pode apresentar custos significativos em alguns aeroportos e colaborar para a viabilidade da infraestrutura aeroportuária”.

As empresas reclamam que não foi possível repassar os custos de R$ 7 por passageiro e que, aliado ao reajuste da Aeronáutica, foi de 150% em janeiro. “É inviável repassar integralmente esse aumento de custos ao consumidor, que ainda tem um comportamento bastante elástico”, disse a Tam.

Concorrência
O ano de 2012 definitivamente marcou o fim do duopólio Tam-Gol, que atingiu seu ápice em 2005, época pós-fechamento de Transbrasil e Vasp e em meio a crise da Varig — que viria a ser comprada pela Gol em 2007. De 2008 para cá, a participação da Gol e da Tam reduziu sensivelmente. Ela chegou a ser quase 90% do volume de passageiros voados. Com o fortalecimento das pequenas aéreas e o surgimento da Azul, em 2009, as duas maiores empresas, passaram a deter cerca de 70% do mercado doméstico.

Má gestão
Ninguém admite, mas o fator má gestão é hoje uma das mais agressivas pragas do setor. Um dos casos mais emblemáticos é a fusão Gol e WebJet, que foi comprada em julho de 2011 e teve o seu fechamento anunciado em novembro de 2012. A Gol, na tentativa de aumentar a sua presença em aeroportos chaves, como Guarulhos, e aumentar o seu volume de passageiros,foi atrás da WebJet — até então uma das companhias com alto índice de regularidade e de baixo custo. Depois de concluído o negócio, a Gol percebeu o erro e o quanto era custosa a operação da WebJet. Por exemplo, o custo com combustível era até 30% maior se comparado com os jatos usados pela Gol.

Fonte: Site Diário do Turismo

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Passageiros continuam passando calor no Santos Dumont


 Mesmo depois de a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) anunciar uma multa de R$ 250 mil à Infraero pelas falhas no sistema de ar-condicionado no aeroporto Santos Dumont, no Rio, passageiros que circularam nesta quarta-feira (02) pelo terminal sofreram com o calor. Treze dias depois do primeiro problema, ventiladores instalados pela estatal e por funcionários de companhias aéreas e de lojas tentavam amenizar a situação.

Apesar das reclamações dos passageiros, a Infraero diz que o problema já foi solucionado. A estatal culpa as altas temperaturas que têm sido registradas no Rio pelo calor no aeroporto. De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a temperatura variou entre 22ºC e 37ºC na cidade.

De acordo com a empresa, medições feitas no Santos Dumont apontam que a temperatura no local têm ficado em torno de 25ºC. A companhia informa ainda que o equipamento que havia tido problema já foi consertado e que um adicional continua funcionando temporariamente.

Fonte: O Estadão

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

A visão do turismo em São Luís no limiar de uma nova gestão

Escolhido pelo Prefeito Edivaldo Holanda Braga Junior para assumir as pasta turismo da cidade de São Luís, Lula Fylho se diz muito tranquilo para atuar numa área que ele por excelência já trabalha desde muito cedo, também cita que os desafios são muitos, mas como ele mesmo diz, desafios são para ser enfrentados, desde o momento em que o Prefeito Edivaldo Junior o convidou para assumir a pasta do turismo.

A Setur/SLZ é uma secretaria eminentemente técnica, mesmo sabendo que o viés político as vezes se sobrepõe, mas, Lula já começou a formar sua gestão com a escolha de pessoas capazes e que conhece e tem bom transito com a cadeia. Em conversa com Lula, ele disse as que críticas construtivas são bem-vindas, que pretende olhar com mais cuidado para os projetos já gestados e também buscar fazer outros tantos possíveis, sempre com o pé no chão.
 
Pelo que se sabe, o antecessor de Lula, o Professor Liviomar Macatrão, que mesmo com poucos recursos, a pasta se esmerou em trabalhar com planejamento e planificação do turismo. Para isso, ele trabalhou o que se comummente se chama de uma competência estratégica, ligada à articulação, que pode ser a saída para uma pasta que é historicamente desprestigiada do ponto de vista orçamentário.
 
No caso de São Luís, foram criados dois planos, o PDCT, que é o plano de desenvolvimento do cluster de turismo, e o plano de Marketing, excelentes ferramentas para a atual gestão colocar em prática, aproveitando o trabalho que já foi realizado, agindo de forma inteligente, continuar o trabalho iniciado na gestão anterior, colocando em prática o principio supra partidário, além dos interesses imediatos dos partidos, no qual se insere o turismo local, a própria população. 

Dessa forma, entendemos que Lula Fylho necessita articular uma integração estratégica com outras pastas do secretariado municipal, consideradas desprestigiadas sob o viés orçamentário, e fazer uma gestão transparente referente às ações que irá desenvolver.
 
O novo Secretário precisa fazer uma gestão transparente, lançando mão das estratégias, agilizando o princípio da regionalização do turismo, criando duas regiões ou  regiões foco da gestão do Turismo na cidade, integrando outras pastas, como as da cultura, meio ambiente, educação, em busca de uma gestão participativa  integrada.

Daqui deste espaço torcemos para que a gestão de Lula Fylho à frente do turismo do município, não só pela capacidade e pela competência que ele possui, mas, também, pela visão estratégica que possui a familiaridade com a gestão passada, em razão do próprio trânsito no governo anterior, venha a ser vitoriosa. 

A transferência de know how não vai ser um grande desafio, já que ele tem maturidade para assimilar as ideias já desenvolvidas, criar novas opções e colocá-las em prática. Em tudo e por tudo, trata-se de um bom nome à frente do turismo de São Luís.