domingo, 17 de julho de 2016

Pampulha, em MG, é declarada Patrimônio Cultural da Humanidade pela Unesco

Lagoa da Pampulha
O Conjunto Moderno da Pampulha, em Belo Horizonte, foi oficialmente declarado neste domingo (17), em Istambul, na Turquia, o 13º sítio do país considerado Patrimônio Cultural da Humanidade pela Unesco (Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura). Se considerados também os bens naturais considerados pela Unesco, a Pampulha passa a ser o 20º bem brasileiro inscrito na lista do patrimônio mundial.

A conquista do título foi aprovada após o referendo dos representantes de 21 países que participaram da 40ª reunião do Comitê de Cultura da Unesco na madrugada deste domingo (17), após ser adiada por 24 horas por causa da tentativa de golpe de Estado no país.

A Pampulha é o quarto sítio em Minas Gerais que recebe o título, que ainda tem a cidade de Ouro Preto, o centro histórico de Diamantina e o santuário do Senhor Bom Jesus do Matosinhos, em Congonhas, declarados patrimônio.

Criada na década de 1940 pelo então prefeito de Belo Horizonte, o ex-presidente Juscelino Kubistchek (1902-1976), para ser um centro de lazer e turismo, foram construídos na Pampulha quatro prédios de formas arredondadas, linhas simples e cores claras, a Igreja São Francisco de Assis, o Iate Tênis Clube, a Casa do Baile e o Museu de Arte, concebidos pelo arquiteto pelo arquiteto Oscar Niemeyer, com jardins do paisagista Roberto Burle Marx (1909-1994) e pinturas de Cândido Portinari.

De acordo com a assessoria do Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico), além de patrimônio cultural, o conjunto da Pampulha foi o primeiro sítio no mundo a receber o título de Paisagem Cultural do Patrimônio Moderno, que começou a ser concedido este ano pela Unesco.

Por meio de nota, logo após a decisão da Unesco, o governo brasileiro afirmou que  "a Unesco, ao reconhecer o valor universal excepcional da Pampulha, considerou o conjunto como símbolo de uma arquitetura moderna distante da rigidez do construtivismo e adaptada de forma orgânica às tradições locais e às condicionantes ambientais brasileiras".

A nota ainda informa também que "a decisão recomenda também que o Brasil restaure elementos do complexo, amplie o plano de gestão para incorporar os compromissos assumidos no processo de avaliação da candidatura, estabeleça uma estratégia de turismo para a área e adote medidas para melhorar a qualidade da água da lagoa. Essas providências exigirão a ação conjunta dos governos federal, estadual e municipal, em harmonia com a comunidade local".

De acordo com o Iphan, os dois títulos trazem benefícios que ajudarão os três níveis de governo (União, Estado e prefeitura) a cumprirem compromissos de preservação desses bens. Além disso, esses títulos podem representar um grande incremento ao turismo e pode também viabilizar verbas de fundos internacionais para cultura e turismo.

Museu de Arte
O prédio do Museu de Arte da Pampulha foi criado à época para tornar-se uma casa de jogos. O Cassino da Pampulha foi o primeiro projeto do conjunto arquitetônico idealizado por Oscar Niemeyer (1907-2012) a ficar pronto. Também conhecido como Palácio de Cristal, por causa dos vidros espelhados que cercam o prédio, o espaço foi inaugurado em 1943.

Os jardins que circundam o prédio foram planejados pelo paisagista Roberto Burle Marx. Estátuas de Alfredo Ceschiatti, August Zamoiski e José Pedrosa estão distribuídas pelos jardins do museu.

O espaço funcionou como cassino até 1946 quando foi fechado, com a proibição de jogos de azar no país. Ele entrou em um período de decadência até 1957, quando foi transformado no MAP (Museu de Arte da Pampulha). Hoje, ele abriga um acervo com cerca de 1.400 obras.

Casa do Baile

Atualmente funcionando como Centro de Referência do Urbanismo, Arquitetura e do Design, a Casa do Baile foi criada para ser um local de espetáculos e jantares dançantes. Localizada em uma ilha artificial e ligada à orla por uma ponte de concreto, o prédio foi inaugurado em 1943. Na época, o local era ponto de encontro da elite econômica mineira.

Igreja de São Francisco
As curvas da Igrejinha da Pampulha, como é conhecida, emoldurada com azulejos pintados por Cândido Portinari (1903-1962) e cercada pelos jardins de Roberto Burle Marx, foi considerada à época "moderna demais" pela Igreja Católica. O local foi o último prédio do conjunto a ser concluído e ficou fechado para missas e cultos por 14 anos, só saindo dessa situação após o papa João 23 manifestar interesse em expor no Vaticano a via sacra de Portinari, registrada na Igrejinha, no fim dos anos 1950.

Iate Tênis Clube
Inaugurado em 1943, o Iate Tênis Clube foi criado para ser um espaço de esportes e lazer. Sua sede, em formato de um barco, "avançando" sobre o espelho da Lagoa da Pampulha. O local ganhou painéis de Cândido Portinari e do paisagista Roberto Burle Marx. O clube era público, gerenciado na época pela Prefeitura de Belo Horizonte.

O Iate chegou a ser sede de um clube de regatas. O remo, o esqui e a pescaria eram atividades comuns na Lagoa da Pampulha à época. Na década de 1960, para financiar obras de abastecimento no município, a Prefeitura de Belo Horizonte vendeu o clube.

Sítios brasileiros do Patrimônio Cultural:
Cidade Histórica de Ouro Preto (MG)
Centro Histórico de Olinda (PE)
Missões Jesuíticas Guarani, Ruínas de São Miguel das Missões (RS)
Centro Histórico de Salvador (BA)
Santuário do Senhor Bom Jesus de Matosinhos, em Congonhas (MG)
Plano Piloto de Brasília (DF)
Parque Nacional Serra da Capivara, em São Raimundo Nonato (PI)
Centro Histórico de São Luiz do Maranhão (MA)
Centro Histórico de Diamantina (MG)
Centro Histórico da Cidade de Goiás (GO)
Praça de São Francisco, em São Cristovão (SE)
Rio de Janeiro (paisagens entre a montanha e o mar) (RJ)

Fonte: UOL

sábado, 16 de julho de 2016

Carolina será destaque na TV Assembléia






As cachoeiras, Complexo Turístico de Pedra Caída, avenidas de Carolina, Museu Histórico, além da culinária, esportes radicais, ecoturismo e artesanato. A 'Cidade das Águas' será destaque em um documentário produzido pela TV Assembleia. A equipe deverá permanecer no local durante esse fim de semana para reunir material para formatação do documentário.








terça-feira, 12 de julho de 2016

Nº de cidades com potencial turístico diminui no Brasil, aponta governo

Mapa do Turismo Brasileiro será lançado nesta terça-feira (12).
São 2.175 municípios, ante os 3.345 da última edição, em 2013.

Cidade de Gramado - RS
O número de cidades com potencial turístico diminuiu entre as edições de 2013 e de 2016 do Mapa do Turismo Brasileiro, segundo dados do Ministério do Turismo. Em 2013, foram mapeados 3.345 municípios em 303 regiões turísticas em todo o país. Já na versão atual, são 2.175 municípios em 291 regiões turísticas.
A versão 2016 do mapa será lançada nesta terça-feira (11). Ela identifica as cidades de interesse turístico e aquelas que, de alguma forma, se impactam pelo turismo – como, por exemplo, aquelas que não recebem turistas, mas enviam mão-de-obra ou insumos para cidades vizinhas que são efetivamente turísticas.

De acordo com o Ministério do Turismo, dos 26 estados do país, 24 tiveram o número de municípios reduzido entre as versões de 2013 e 2016. Apenas Pará e Santa Catarina registraram um aumento.
Segundo o governo, no entanto, a queda no número de cidades é considerada benéfica, pois, com uma versão mais enxuta, "os órgãos conseguem priorizar, efetivamente, os municípios que adotam o turismo como estratégia de desenvolvimento".

"Através do mapa, o dinheiro público é melhor aplicado nas regiões que realmente têm vocação turística", diz Rogério Cóser, diretor do Departamento de Ordenamento do Turismo. "Se pudéssemos atender os 5.570 municípios do Brasil com muito dinheiro, estaríamos com um sorriso de orelha a orelha. Mas, infelizmente, a situação está difícil, então temos que usar o pouco que temos da melhor forma possível."

De acordo com o ministério, o mapa atual "traz um retrato mais adequado à realidade do país", pois nem todas as cidades da versão anterior tinham potencial turístico. Isso porque 92% (1.078) dos municípios que deixaram o mapa estavam listados como D e E dentro do programa de categorização dos municípios turísticos – ou seja, já não tinham infraestrutura capaz de atrair turistas para suas cidades.

Elaboração do mapa

Segundo o governo, o mapa funciona como uma base de orientação para melhor direcionar políticas e verbas públicas para áreas e cidades com potencial turístico. "É um instrumento que visa auxiliar o governo federal e os estados na aplicação das políticas públicas de turismo. Com o mapeamento, o gestor consegue direcionar as verbas para as regiões certas, pois às vezes vemos verbas sendo usadas em cidades que não têm vocação para o turismo. Pode até ser em uma excelente obra para o município, mas pode se tornar um elefante branco por causa da falta de demanda", diz Cóser.

A construção do mapa é feita em conjunto com os órgãos de turismo estaduais. Foram feitas oficinas e reuniões em todos os estados para definir quais cidades se enquadram nos critérios adotados. Esses critérios são baseados em uma portaria do ministério que considera, entre outras questões, a existência de um órgão responsável pelo setor, de verba específica e a oferta turística regional. A cidade também precisa assinar um termo de compromisso com o Ministério do Turismo.

"Os municípios e as instâncias regionais fizeram reuniões, discutiram e decidiram quem tinha ou não condições de entrar no mapa. Essas informações foram homologadas e passadas para o Ministério do Turismo, que fez o mapa", diz Cóser. "Nesse processo, algumas cidades foram retiradas do mapa porque infelizmente não atenderam os critérios da portaria. Não é o ministério que diz que o município x ou y fica ou sai do mapa. Quem conhece a realidade do turismo local são os próprios municípios e estados."

O diretor afirma que o mapa não é uma política exclusiva, mas "apenas uma ferramenta para a melhor aplicação dos recursos públicos". Assim, uma cidade que não entrou no mapa na versão atual pode entrar na próxima caso se enquadre nos critérios utilizados. Ele destaca também que o Tribunal de Contas da União e o Senado Federal reconhecem a atualização periódica do mapa como uma boa prática do executivo do Ministério do Turismo.

Categorização

Além de mostrar quais cidades têm potencial turístico, o mapa divide os municípios em categorias de A a E. A categorização é feita a partir de uma análise de dados quantitativos, como número de estabelecimentos de hospedagem, número de empregos formais ligados ao turismo, estimativa de turistas de demanda doméstica e internacional, entre outros fatores. Uma cidade categorizada como A, por exemplo, tem demandas e infraestrutura turística bem superiores que uma cidade categorizada como E.

São Paulo é o estado com mais cidades na categoria A: 10. Entre elas estão as litorâneas Santos, Guarujá, Praia Grande, Ubatuba e São Sebastião. No Brasil, são 51 ao todo.
De acordo com o mapa, 29% (630) dos municípios estão nas categorias A, B e C. Esses municípios concentram 93% do fluxo de turistas doméstico e 100% do fluxo internacional.

Os demais 1.545 municípios (71% do total) estão nas categorias D e E. Esses destinos não possuem fluxo turístico nacional e internacional expressivo, mas, segundo o governo, alguns possuem papel importante no fluxo turístico regional e precisam de apoio para a geração e formalização de empregos e estabelecimentos de hospedagem.

"Essa categoria serve para subsidiar as decisões estratégicas de políticas públicas e de políticas específicas para cada tipo de município. Não adianta construir um megacentro de eventos em uma cidade de 4 mil habitantes, por exemplo", diz Cóser

AS 51 CIDADES COM CLASSIFICAÇÃO 'A'
ESTADO CIDADE

AC Rio Branco
AL Maceió
AM Manaus
AP Macapá
BA Mata de São João
BA Salvador
BA Cairu
BA Porto Seguro
CE Fortaleza
DF Brasília
ES Guarapari
ES Vitória
GO Goiânia
GO Caldas Novas
MA São Luís
MG Belo Horizonte
MS Campo Grande
MT Cuiabá
PA Belém
PB João Pessoa
PE Recife
PE Ipojuca
PI Teresina
PR Curitiba
PR Foz do Iguaçu
RJ Angra dos Reis
RJ Paraty
RJ Cabo Frio
RJ Armação dos Búzios
RJ Rio de Janeiro
RN Natal
RO Porto Velho
RR Boa Vista
RS Torres
RS Porto Alegre
RS Gramado
SC Bombinhas
SC Florianópolis
SC Balneário Camboriú
SE Aracaju
SP Campinas
SP Ubatuba
SP Ribeirão Preto
SP São Paulo
SP Santos
SP Praia Grande
SP Aparecida
SP Campos do Jordão
SP São Sebastião
SP Guarujá
TO Palmas

Texto e foto:http://g1.globo.com

Evento na UFMA debate a tiquira como produto inovador

Projeto tem como objetivo favorecer o diálogo entre a academia e o mercado de trabalho

Acontecerá no próximo dia 13, às 8h30, no Auditório do bloco E do Centro de Ciências Sociais da UFMA, a palestra “Da raiz da terra para o mundo: a Tiquira como produto inovador”, que será ministrada pela empresária Margot Stinglwagner, para promover a reativação do projeto “Quarta Científica” do Núcleo de Pesquisa e Documentação em Turismo (Npdtur UFMA).
O evento - que tem o apoio da UFMA, Centro Acadêmico de Turismo (Catur Ufma) e da empresa júnior de turismo EJ Labotur - objetiva favorecer a troca de conhecimentos entre profissionais do mercado de turismo, hospitalidade, lazer e os acadêmicos, mostrando esse viés do empreendedorismo no turismo.
A professora Mônica Araújo, chefe do Departamento de Turismo e Hotelaria, diz que a ideia da palestra é fazer com que os alunos possam ouvir e aprender com as experiências de empreendedorismo na área de turismo, como a da empresária Margot, proprietária da Tiquira Brasil, que é de outro estado e visualizou aqui uma grande oportunidade de negócio.
“Ela veio para o Maranhão com um objetivo diferente e, ao conhecer a bebida, mudou seus planos. Investiu e hoje tem uma fábrica em Sangue - Santo Amaro/MA, que exporta Tiquira Guaaja para muitos hotéis de luxo no Rio de Janeiro. Essa será só a primeira palestrante. A cada mês promoveremos uma Quarta Cientifica trazendo novos empreendedores, intensificando assim o diálogo entre a academia e o mercado de trabalho”, explica a professora


As Inscrições são gratuitas e abertas a estudantes de todos os cursos da UFMA.

‘Mais Cultura e Turismo’ anima público em pontos turísticos de São Luís

As férias de julho começaram com opções de lazer gratuitas aos fins de semana em pontos turísticos de São Luís. Promovido pelo Governo do Maranhão, por meio da Secretaria de Estado da Cultura e Turismo (Sectur), o programa ‘Mais Cultura e Turismo’ tem animado o público presente na Praça Nauro Machado (Centro), no Espigão Costeiro (Ponta d’Areia) e na Praça da Lagoa. Neste sábado (10), a diversão ficou por conta de shows de artistas populares e atividades de recreação para a criançada.

Na Praça da Lagoa, houve pintura facial, apresentações de mágicos, brinquedos infláveis e pula-pula, como incremento ao parque fixo, que vem atraindo várias famílias desde a sua inauguração, no final do mês passado. Pessoas como o engenheiro civil Samuel Dória de Carvalho Júnior, 53 anos, e a promotora de justiça Lena Pauxis, 45 anos. O casal contou que trouxe a filha Paula, de apenas 1 ano e 8 meses, para brincar na praça, e foram surpreendidos com a programação gratuita.

“Achamos a iniciativa muito bacana. Nossa cidade tinha carência de um espaço como esse para levar as crianças, com brinquedos e recreadores. Vamos voltar outras vezes, com certeza”, disse Samuel Dória. Quem também aprovou as atividades voltadas para as crianças na Lagoa foi a dona e casa Josiane Pereira Rêgo, 36 anos. Ela levou a filha Jéssica, 5 anos, para curtir a programação. “Estou achando tudo ótimo, muito bem organizado. Pretendo trazer também meu outro filho nos próximos fins de semana”, falou.

Música ao vivo

No Espigão Costeiro, a bela paisagem da Ponta D’areia contou com trilha sonora de instrumentistas da Escola de Música do Maranhão e do artista Kadu Ribeiro. O turista Antonio Leão, 71 anos, em excursão que veio de Pernambuco, estava no local e adorou as apresentações. “Sensacional! Apresentação gratuita, com música de qualidade e um público diversificado. Atividades como essa, que incentivam grupos com bom repertório musical, que levam poesia para as pessoas, devem acontecer sempre”, elogiou o olindense.

A servidora pública Ivana Braga, 38 anos, contou que acompanha o ‘Mais Cultura’ desde o ano passado na Praça Nauro Machado. Nesta edição, resolveu levar a mãe, a microempreendedora Maria do Rosário Moraes, 60 anos, para assistir às apresentações gratuitas no Espigão. “Acredito que São Luís produz mais cultura do que visibiliza. Por isso, acho muito importante esses shows em espaços públicos, para reunir as pessoas e criar uma agenda positiva para a nossa cidade”, opinou Ivana.

Economia criativa

O ‘Mais Cultura e Turismo’ também se mostrou uma ótima oportunidade para os artesãos da Feirinha do Espigão. O artesão Sidney Colins disse que a programação alavancou o movimento no local, melhorando as vendas da feirinha. Sidney produz peças decorativas a partir de materiais reciclados, como papel, papelão, cola de fécula de mandioca, saco de cimento e fibra de bananeira e buriti. Os produtos têm inspiração regional, representando azulejos portugueses e as embarcações típicas da Ilha. Os preços variam de R$ 10 a R$ 70 reais.

“Esse espaço é muito legal pra gente mostrar nosso trabalho, promover o artesanato e a sustentabilidade, agregando a nossa produção à cultura local”, disse o artesão. A programação do ‘Mais Cultura e Turismo’ começou no segundo final de semana deste mês e vai até o dia 2 de agosto, sempre as sextas, sábados e domingos, na Praça Nauro Machado (Centro Histórico), Espigão Costeiro (Ponta d’Areia) e Praça da Lagoa.


Governo conscientiza municípios maranhenses para combate a queimadas

O Maranhão apresentou 30.137 focos de incêndio em 2015, segundo relatório do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). O número é 18% maior do que o registrado em 2014, quando foram registrados 25.435 focos. Além disso, no ano passado, os incêndios atingiram importantes áreas de preservação ambiental. Para solucionar esse problema a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Recursos Naturais (Sema) debateu ações de prevenção e combate às queimadas com secretários municipais de Meio Ambiente, na última sexta-feira (8).

O número de queimadas no ano passado fez com que o Maranhão ocupasse o 3º lugar no ranking de estados com maior  incidência de casos. O estado ficou atrás apenas do Pará, com 44.794 registros, e do Mato Grosso, com 32.984. Este ano, o Maranhão foi classificado em segundo lugar no ranking do Nordeste sobre quantidade de focos de incêndio causado por queimadas indiscriminadas, segundo pesquisa do Instituto Maranhense de Estudos Socioeconômico e Cartográfico (Imesc).  Ao todo, foram 5.723 registros de queimadas em todo o estado, o que deixou o Governo em alerta.

Para combater as queimadas, a Sema convidou para a reunião sobre o assunto os municípios que apresentam os maiores índices de focos de queimadas, conforme os dados do INPE. O debate contou com a participação do comandante do Batalhão Ambiental do Corpo de Bombeiros Militar do Maranhão (CBMMA), major Guterres Júnior, que coordena as operações que combatem os focos do incêndio.

“Os prefeitos e secretários têm o poder de mudar essa realidade, de mudar essa cultura dos produtores rurais”, explicou a secretária adjunta de Desenvolvimento Sustentável da Sema, Liene Soares. A ideia é mudar essa realidade estimulando a adoção de outros métodos. De acordo com o INPE, 99% dos incêndios são provocados pelo homem. Uma queimada não controlada pode se transformar em um grande incêndio com graves consequências.

A supervisora de Combate e Controle do Desmatamento e Queimadas da Sema, Isabel Camizão, propõe como alternativa o uso do ecoturismo, plantio direto, adubação verde, agricultura orgânica, arborização das pastagens, pastagens ecológicas, artesanato, apicultura, compostagem, dentre outras. “Existem soluções para o problema”, afirmou.

Dentre as ações da Sema em andamento para prevenir e combater as queimadas está a elaboração do ‘Diagnóstico das causas das queimadas’, formação de brigadistas contra incêndio em vegetação, orientação sobre queima controlada, capacitação de agricultores familiares em técnicos alternativas ao uso do fogo e desenvolvimento do Plano Estadual de Combate a Incêndio.

Também estão sendo colocadas em prática ações de combate de incêndios florestais, por meio de convênio com o Corpo de Bombeiros e monitoramento de áreas de maior risco de ocorrência de incêndios florestais por intermédio dos centros meteorológicos.

Código Florestal

A Lei n° 12.651/2012 do Código Florestal diz que é proibido o uso de fogo na vegetação. A exceção são práticas agropastoris ou florestais, mediante prévia aprovação da Sema conforme Portaria n° 45/2014; em Unidades de Conservação (UC), se houver previsão no plano de manejo e mediante prévia aprovação do órgão gestor da UC; e em atividades de pesquisa científica. É permitida, também, para práticas de prevenção e combate a incêndios e na agricultura de subsistência entre populações tradicionais e indígenas.



De acordo com a Portaria n° 45/2014, da Sema, as autorizações de queima controlada devem ser dadas somente para os seguintes fins: prática tradicional da agricultura familiar; método despalhador e facilitador do corte de cana-de-açúcar; resíduo não aproveitável de exploração florestal; pesquisa científica; e manejo conservacionista de vegetação nativa em UCs. É proibido o uso do fogo para fins de renovação de pastagens.

Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016 - oportunidades de divulgar o Maranhão como destino turístico sem igual.

E D I T O R I A L

Os Jogos Olímpicos e Paralímpicos do Rio 2016 são oportunidades que muitos atletas têm para mostrar o trabalho de uma vida. Foram anos de treinos e competições, busca de estratégias, quebra de barreiras e recordes, tudo isso para poder participar do maior evento esportivo do planeta. O atleta que chega ao Olimpo é diferenciado, mesmo que não consiga medalhas, já é um vencedor.

Estar numa Vila Olímpica é o sonho de todo atleta e ser medalhista é a glória para poucos. Muitos consideram um atleta olímpico como semideuses  Aos campeões as medalhas e louros da vitória e aos demais atletas a lembrança e honras por ter participado de um evento tão significante e que os projetarão para vida.

No turismo também é assim, feito de momentos e oportunidades. Quem sedia o evento já está no pódio da promoção, na vitrine das maiores operadoras, agentes de viagens e o consumidor final. E os demais Estados do Brasil? O Maranhão será que saberá tirar proveito dessas festividades? O Ministério do Turismo diz que entre 250 a 500 mil turistas estrangeiros passarão pelo Rio de Janeiro no período das competições e outros 6 bilhões de pessoas assistirão os jogos pela TV.

Então! O Estado que de alguma maneira estiver promovendo seu destino no evento dos cinco círculos, vai estar bem na VISTA. Mas, será que a exemplo de outros eventos de grande público e de grande prospecção midiática, como Jornada Mundial da Juventude Católica, Copa das Confederações e Copa do Mundo de Futebol em 2014, o Maranhão não esteve presente e, consequentemente, não tirou proveito da partilha desse “bolo” de turistas que vieram ao Brasil por conta desses eventos, e literalmente “descobriram” o Brasil, com exceção do Maranhão que não estava na rota, por falta de promoção. E agora? Será que vamos continuar a ver o turista passar?

Em tempo! Urge que a Secretaria de Estado de Cultura e Turismo do Maranhão (Sectur), especialmente o Bureau que cuida do Turismo, que provoque o Ministério do Turismo (MiTur), o Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur), se reúna com organizadores do evento e veja as possibilidades de o Maranhão ter um estande de promoção em um espaço dentro dos eventos de congraçamento dos povos.

O Maranhão precisa estar inserido ou fazer parte do Boulevard Olímpico, um espaço que vai transmitir ao vivo as principais modalidades esportivas, mostrando aos atletas, comissões técnicas e imprensa do mundo nossas belezas naturais, culturais, históricas, saborear a nossa gastronomia, vivenciar os costumes de nossa gente, mostrando que o Maranhão é um Estado de encantos e de bem viver, que recebe os turistas e com uma maneira bem particular, como nenhuma outra parte do planeta.

Acredito que essa seria uma estratégia de promoção de maior alcance e de pouco custo que o governo teria, uma vez que o mundo todo estará de alguma maneira ligado aos eventos e sem sombra de dúvidas, a Rio 2016 vai facilitar a entrada de turistas estrangeiros no Brasil.

Nesse momento, a exemplo de atletas e comissões técnicas e seleções que disputarão as medalhas da Rio 2016, também pode ser o momento do turismo do Maranhão disputar uma vaga no pódio, mesmo que não tenha passado por nenhuma seletiva, mas, ainda é tempo de uma convocação/ provocação do MiTur, Embratur, Trade turístico local, governo Estadual e municipais na busca medidas de flexibilização, facilitação de promoção do destino Maranhão nos cinco continentes.



Com essa “seleção” em campo, é hora se discutir estratégia de também “maranhensizar” as Olimpíadas e Paraolimpíadas, e fazendo uso do legado desse grande evento, que é atrair turistas para o solo maranhenses para conhecer a magia e encantos de São Luís, Capital Patrimônio da Humanidade, as belezas dos Lençóis Maranhenses, Delta do Rio Parnaíba, Chapada das Mesas, Floresta dos Guarás, e tantos outros que fazem parte de nossa diversidade turística.