terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Quanto tempo se leva para se fazer Justiça?

Por: Reginaldo Rodrigues/Jornalista/Turismologo

Um dos fatores que menos se leva em conta quando julgamos qualquer fato, pessoa, é o tempo. Às vezes a justiça vem a jato, mas quase sempre vem a passos de cágado. O tempo costuma ser benevolente com quem sabe esperar, e implacável com quem desconsidera alguns aspectos éticos da vida.

Falo isto, porque no ano de 2008, por determinação da Justiça, foi feito concurso para os cartórios que não tinha mais seu tabelião titular no cargo, ou seja, os cartórios que os titulares por motivo de aposentadoria ou morte tivesse saído de sua serventia e o tabelião substituto tivesse assumido em seu lugar, teria que ceder para os novos concursados.

E assim se fez, no Cartório do 3º Ofício de Notas de São Luís, que até então tinha o Dr. José Maria Pinheiro Meireles, como Tabelião em substituição ao Dr. Eloy Coelho Neto, falecido no ano de 2005, no qual Dr. José Maria, era seu tabelião substituto, e assim assumiu a titularidade do aludido Cartório por 12 anos, exercendo seu ofício com boa fé, dedicação e respeito às instituições e às pessoas acima de tudo.

Mas no dia 10/01/2010 a sociedade maranhense foi bombardeada com notícia mostrada em um canal de televisão, que também também veiculou a matéria em rede nacional, mostrando para todo o Brasil de maneira depreciativa, a atitude de um homem justo, mas num “recorte” de uma fala sua, dita em outro contexto, mas, naquele momento era mostrado como insano, apegado a uma instituição que não mais lhe pertencia por direito: O 3º Ofício de Notas de São Luís.

E, assim, se travou um embate, em que o “novo” tabelião, concurseiro, profissional, oriundo, sabe-se lá de onde, mas que já tinha a titularidade de outro Cartório em Samambaia/Brasília, agora assumia o 3º Ofício da capital maranhense e depois de São Luís, assumiu também a titularidade do Cartório na cidade de Criciúma/SC.

Até aí tudo bem, foi aprovado e era direito seu assumir e o Dr. José Maria já estava pronto a conversar, mostrar como era o desenrolar do Cartório e seus entraves, ou melhor, entregar o que era de Direito ao "novo" titular do até então Cartório Eloy Coelho, mas a boa fé do Dr. José Maria foi surpreendida, quando o “novo” tabelião lhe bate a porta com uma intimação judicial para que entregasse tudo que tinha no Cartório, (porteira fechada), ou seja, não houve um contato prévio e nem uma forma de diálogo entre o tabelião que chegava com o que saia.

Com uma arrogância e prepotência jamais vista, o “novo” tabelião exigia tudo que tinha no prédio, até mesmo o que não pertencia a serventia, como coisas pessoais do tabelião que saia, e em especial o arquivo digitalizado, fruto de anos de serviço e pesquisa, que igualava o 3º Ofício de São Luís, aos cartórios do centro sul do país. Assim, se sentindo usurpado em seus Direitos, Dr. José Maria, pronunciou a frase: “Só entrego se passarem por cima do meu cadáver”, frase esta, dita num contexto da não entrega dos arquivos pessoais, o que provocou todo “espetáculo midiatico”, mostrado em canais de TV, jornais e outros, quando na verdade, a verdade não era a mostrada, como num recorte, numa frase dita em outra situação.

Os dias se passaram, o 3º Ofício mudou de endereço, o “novo” tabelião, como já previsto, assumiu e em seu lugar deixou um laranja, que não conseguiu levar o bom nome do Cartório em frente, fruto de anos de trabalho, tanto do Dr. José Maria, como dos outros tabeliães que o antecederam.

Ao assumir da maneira que assumiu o “novo” se portou como uma pessoa que tem o espírito da maldade, ou que é tão inconsequente que nem sabe bem o que faz ou o quanto prejudica os outros, esta pessoa, mais cedo ou mais tarde, acaba se perdendo sozinha, dando em nada, se rastejando sobre sua própria miséria moral. E assim aconteceu num espaço tão curto de tempo.

Durante os dois anos de ausência do 3º Ofício Dr. José Maria, a convite do Dr. Celso Coutinho, respondia pelo Cartório do 2º Ofício de São Luís. Com todos os adjetivos já descritos acima, atraindo novos clientes com serviços sérios, além de atrair seus antigos clientes, o que deu uma nova dinâmica ao Cartório Celso Coutinho.

Mas como diz o Salmos 37:25: “Fui moço, e agora sou velho; mas nunca vi desamparado o justo, nem a sua semente a mendigar o pão”. Assim se fez. No dia 25/01/2012, Dr.José Maria Pinheiro Meireles, foi surpreendido por uma decisão do Tribunal de Justiça do Maranhão, que lhe restituía a titularidade do Cartório do 3º Ofício de Notas de São Luís, o que de pronto reassumiu. Mas e o “novo” tabelião que assumiu com toda pompa e mídia? Bem, esse senhor, foi destituído de sua função, por abandono da mesma, também o tabelião substituto perdeu sua função por suspeita de envolvimento em crimes que não fica bem para um homem de sua envergadura.

Neste caso, a justiça se fez. Mesmo aviltado em seus Direitos, abandonado por alguns “amigos” e colaboradores de anos, Dr. José Maria, conviveu dois longos anos, na certeza que mesmo sendo um operário da Justiça, quando ele mais precisou da mesma ela lhe virou as costas. Mas, o sono do justo é sempre tranquilo, não tardou muito e a justiça que há dois anos lhe tirava anos de serventia, agora lhe restitui seu tabelionato.

O mundo só é injusto se você olhá-lo como uma fotografia. Se você olhá-lo como uma sequência de fatos verá que, se ele não se torna completamente justo, porque isso envolve os aspectos insondáveis da existência, certamente verá que muita coisa “se ajusta” por si só. Basta saber esperar. Neste caso, nada mais justo que a “imprensa” que pilhou Dr. José Maria, viesse e mostrasse como de fato as coisas aconteceram. Mostrando a Portaria nº 153/2012, da CGJ, que designou Dr.José Maria Pinheiro Meireles, substituto do 2º Tabelionato de Notas de São Luís, ficará respondendo pelo 3º Ofício de Notas da Capital, no qual nunca devia ter saído.

Veja a Portaria:


Flávio Dino diz “o desafio na Copa-14 não é construir estádios ou atrair estrangeiros em crise”

O presidente da Embratur, Flávio Dino, diz que o Brasil corre o risco de ficar com a fama de país caro. Portanto, é essa a sua precocupação na Copa-14, não a construção de estádios ou a tentativa de atrair estrangeiros em crise.

Confira a entrevista à Folha de S.Paulo, onde Dino afirma que é preciso atualizar a agenda do governo. Apesar da crítica, diz que o bordão “imagine na Copa” ouvido nos aeroportos está errado: “Haverá transtornos, mas não será o caos”.

Folha de S.Paulo: Como está o plano de abrir escritórios para promover o Brasil em outros países?
Flávio Dino: Serão 13 escritórios nos principais emissores de turistas para o Brasil e ao mesmo tempo nos mercados estratégicos em crescimento no mundo. Teremos nos EUA, na América do Sul, na Europa e na China -a classe C deles tem 300 milhões de pessoas. Hoje a China não é um grande emissor de turista para o Brasil, mas pode vir a ser. Os escritórios produzirão inteligência comercial para o Brasil. A relação não será com o público final, mas com agências e operadoras. É um contrato de R$ 10 milhões por ano. Até o fim do ano queremos estar com todos abertos.

Folha de S.Paulo: Os grandes eventos serão o foco para os escritórios?
Flávio Dino: Serão um dos ganchos, mas não podemos pensar na promoção ancorada exclusivamente nos megaeventos. Eles são o tempero, não a cereja do bolo. Encadeamos um ciclo virtuoso e os megaeventos ajudam. Estamos conseguindo aumentar o número de turistas estrangeiros no Brasil, apesar do câmbio e da crise internacional.

Folha de S.Paulo: Como crescer com o mundo empobrecendo?
Flávio Dino: Mesmo com 2010 e 2011 tendo sido anos difíceis nos principais emissores para o Brasil, ainda assim, continuamos a crescer. O que prova que a aposta é correta.

Folha de S.Paulo: Como foi compensado o fluxo dos países tradicionais?
Flávio Dino: Levantamentos preliminares confirmam tendência de 2010, quando os mercados que mais cresceram foram os da América do Sul. A teoria do turismo internacional mostra que o fluxo é mais forte nos mercados de proximidade. É o turismo de baixo custo. No Brasil, somente 46% dos turistas estrangeiros eram da América do Sul que, agora, vive um bom momento.

Folha de S.Paulo: Mas ainda se precisa do turista do mundo rico…
Flávio Dino: Nessa questão do preço do destino Brasil, diria que estamos numa avenida e o semáforo acendeu a luz amarela.

Folha de S.Paulo: Por quê?
Flávio Dino: Temos excesso de demanda no turismo interno e também crescimento da demanda internacional. Isso impacta o mundo dos preços. Se não aumentar a oferta, isso vai gerar aumento de preços e acenderá a luz vermelha.

Folha de S.Paulo: O Brasil tem fama de caro?
Flávio Dino: Ainda não, mas para a Embratur esse risco está claro.

Folha de S.Paulo: E para o resto do governo?
Flávio Dino: Estamos colocando para o governo. Não falei com a presidente a respeito disso. Para o ministro Gastão Vieira [Turismo], creio que sim.

Folha de S.Paulo: Como diversificar a oferta?
Flávio Dino: É preciso ampliar a infraestrutura, qualificar novos destinos, promover esses destinos. Vamos lançar um edital para apoio a voo charter. Precisamos complementar a malha aérea comercial exatamente nos destinos que não são atendidos. Os Estados vão apresentar projetos em parcerias com operadores de turismo local e pedir apoio financeiro. Esse apoio será gasto para promover o Estado lá fora. Indiretamente impactará o custo porque vai desonerar a operadora. Vamos fazer um piloto com R$ 8 milhões.

Folha de S.Paulo: O que fazer para evitar que o país fique caro?
Flávio Dino: Defendo um plano Brasil Maior para o turismo. A concepção desse plano é apoiar setores exportadores que têm uso intensivo de mão de obra. O turismo preenche esses requisitos. Colocou US$ 6,77 bilhões no país em 2011.

Folha de S.Paulo: O que pode ser desonerado?
Flávio Dino: São muitos exemplos, como combustível de aviação. Temos espaço para discutir redução de tributação porque o turismo no Brasil depende essencialmente de avião. Outro segmento é parque temático.

Folha de S.Paulo: Há espaço para isso com cortes no Orçamento?
Flávio Dino: Somos muito baratos. Temos um problema, o deficit recorde na conta de turismo com o exterior: US$ 14,5 bilhões. O ministro Gastão Vieira tem colocado o assunto para o governo. Todo mundo diz que o turismo é muito importante, mas, no dia a dia, o assunto tem um baixo peso na agenda nacional. O desafio é atualizar a sua importância.

Folha de S.Paulo: Qual o prazo-limite para definir essas questões?
Flávio Dino: É agora, no primeiro semestre. Na pesquisa relativa a 2010, concluída em 2011, o item preço apareceu com destaque. Foi o que acendeu a luz amarela.

Folha de S.Paulo: A crise econômica pode frear os turistas estrangeiros para a Copa do Mundo em 2014?
Flávio Dino: Não. Os 600 mil turistas da Copa têm várias origens. Uns viajarão em programas de incentivo dos patrocinadores. A classe A também não sofre os efeitos da crise. Há ainda a paixão pelo futebol na América do Sul. Uma das apostas é transformar a Copa na Copa da América do Sul, o que reforça o turismo de proximidade. A batalha com os megaeventos não é realizá-los e ter aqui o turista estrangeiro. É a do legado de imagem.

Folha de S.Paulo: Por quê?
Flávio Dino: Porque isso leva décadas para reverter. A Grécia ficou marcada como um destino caro. É isso o que evitaremos.

Folha de S.Paulo: Qual a maior preocupação em relação a infraestrutura?
Flávio Dino: Os estádios caminham bem. Nos aeroportos temos o desafio do novo modelo de concessão. No caso dos hotéis, é investimento privado e temos financiamento do BNDES. Provavelmente, teremos meios alternativos de hospedagem, como em outros países. Não podemos dimensionar equivocadamente para não colocarmos um sapato 48 num pé 44. Aí, quando passar o evento, vamos ficar com um sapato 48.

Folha de S.Paulo: O senhor está de olho na classe C da América do Sul?
Flávio Dino: Quando falamos em América do Sul, falamos sobretudo na nova classe C, um fenômeno continental. O cidadão da classe C da Colômbia quer conhecer o Rio, olha o preço no Réveillon e não cabe no bolso. Podemos mostrar que há um excelente Réveillon no Nordeste, a um custo infinitamente menor. Os megaeventos são nossa chance de ouro para mostrar que o Brasil é um país que funciona, que tem estrutura, um bom museu, show…

Folha de S.Paulo: Dá tempo de fazer a promoção do Brasil para Copa?
Flávio Dino: Estamos no tempo correto, mas não podemos pensar que faremos um megaevento sem transtornos. Isso acontece em qualquer lugar. É preciso calibrar as expectativas. Aquela história do “imagine na Copa” ouvida nos aeroportos não tem razão de ser.

Folha de S.Paulo: Atrapalha o fato de o ministro do Turismo ser seu adversário político?
Flávio Dino: Não atrapalha em nada. A relação é de camaradagem.

Fonte: Folha de S.Paulo

Agressão em hotel será investigada


Jogadores da Seleção Brasileira de Futsal estariam envolvidos na confusão.

Elias da Silva Leite (foto), de 18 anos, natural de Imperatriz e hóspede no Praia Mar Hotel, na Ponta d´Areia, denunciou à polícia ter sido ameaçado e perseguido por três jogadores da Seleção Brasileira de Futsal, nas dependências do hotel, durante a madrugada de ontem. Os atletas jogaram domingo, 29, no Ginásio Castelinho, em um amistoso contra a Seleção Maranhense e, segundo o jovem, a atitude dos esportistas o obrigou a pular do 2º andar do hotel, tendo sofrido lesões na cabeça e nas pernas.

A vítima prestou depoimento por volta das 16h30, no 9º Distrito Policial (São Francisco), depois de peregrinar por três delegacias da cidade - que estavam sem energia ou com o sistema de registro de ocorrências "fora do ar". Ao delegado Jeferson Nepomuceno, Elias Leite afirmou que identificou os homens que o perseguiram como jogadores da Seleção Brasileira de Futsal, após conversar com uma recepcionista do hotel, que, também, segundo o jovem, teria sido agredida verbalmente pelos atletas.

"Eu cheguei do treinamento, na empresa Bobs, por volta das 2h. Subi ao meu quarto, no 3º andar do hotel, tomei banho e depois desci à recepção. Assim que cheguei ao saguão, vi os três na recepção e quando eles perceberam a minha chegada foram logo gritando: "Não corre, porque estamos armados!". Eu, sem saber que eram jogadores - pois com uma ameaça dessa, imaginei logo ser um assalto -, corri para a escada, tentando escapar, pois pensei mesmo que eles iam me matar", disse Elias Leite, em oitiva.

Investigação
Após tomar o depoimento do jovem, o delegado Jeferson Nepomuceno, intimou o gerente do hotel - que não teve o nome revelado -, que compareceu à delegacia, mas se negou a falar a O Estado, sobre o fato. Hoje, enquanto as imagens são analisadas, a polícia deve tomar o depoimento da recepcionista citada pela vítima e de outros funcionários hotel.

O delegado que acompanha o caso lamentou o fato de o jovem não ter sido devidamente orientado a registrar a ocorrência logo após o episódio.

Mais
Os jogadores da Seleção Brasileira de Futsal chegaram à capital na quinta-feira, dia 26, e se hospedaram no Praia Mar Hotel. Ontem pela manhã, os eles viajaram para Teresina, no Piauí, onde jogarão hoje à noite. Como não havia registro de qualquer ocorrência de agressão, os atletas viajaram tranquilos. A polícia vai estudar se os convocará para depor. Não descarta a possibilidade de os representantes da Federação de Futsal do Maranhão (Fefusma) serem chamados para contribuir com as investigações.

Flávio Dino alinha parcerias com o secretário municipal de Turismo Liviomar

A Secretaria Municipal de Turismo (Setur) recebeu, na última semana, a visita do presidente da Embratur, Flávio Dino, quando, em reunião com o secretário Liviomar Macatrão, alinharam alguns passos importantes para o desenvolvimento do turismo ludovicense.

Na pauta do encontro, assuntos como as atividades dos 400 anos da cidade, campanhas promocionais da Setur, a participação em feiras e eventos internacionais, captação de novos voos, entre outras estratégias para o setor foram discutidas.

“Foi uma visita extremamente importante para nós, visualizamos uma ótima parceria para 2012, que é o ano do 4º centenário da cidade, e para os seguintes anos, culminando com a Copa do Mundo e Olimpíadas. O importante é que essa interação entre as instituições seja constante, para o desenvolvimento do turismo local e do Brasil como um todo”, disse o secretário Liviomar Macatrão.

No encontro, Macatrão entregou um kit promocional e explicou as atividades do Plano Turístico de São Luís. Após a reunião, Flávio Dino conheceu as instalações da Setur.

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Turista estrangeiro gastou 14,4% a mais no Brasil em 2011

“Com o número recorde de divisas internacionais, divulgado hoje, temos a confirmação de que o Brasil tem muito a ganhar quando investe no desenvolvimento do setor. Superamos todas as nossas expectativas”, comemorou o ministro do Turismo, Gastão Vieira.

O ministro se referiu aos dados divulgados pelo Banco Central. Os número dão conta de que - no ano passado – os turistas estrangeiros gastaram US$ 6,775 bilhões no Brasil, o que representa um crescimento de 14,4%, em relação a 2010, quando o número ficou em US$ 5,9 bilhões.

“Dezembro de 2011 foi o melhor mês de toda a série histórica e registrou, sozinho, US$ 650 milhões”, contabilizou Vieira. Até então, março de 2010 tinha sido o melhor mês, quando o movimento registrado de entrada foi de US$ 630 milhões.

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

O artesanato pirata de São Luís

Turistas incautos e nativos desatentos estão sendo ludibriados por inúmeras lojas de artesanato espalhadas pela cidade, notadamente na área da Praia Grande, Centro Histórico de São Luís, capital patrimônio da humanidade. A maioria esmagadora dos objetos artesanais, que são comercializados nas lojas, não são provenientes do estado, mas, trazidas de outros lugares, tais como Pernambuco, Ceará, Alagoas, Paraíba, Piauí, Pará e até da Bahia. Os comerciantes podem revender produtos de outros locais, no entanto, os objetos ostentam a ilícita frase: “Lembrança de São Luís”, o que constitui propaganda enganosa.

Produtos cerâmicos figurativos de Pernambuco, roupas em algodão cru e tratado, oriundas do Ceará, redes provenientes da Paraíba (embora exista boa produção de redes nos municípios maranhenses de São Bento e Rosário), colares com sementes de açaí, que são trazidas do Pará, veleiros feitos com conchas e búzios, e até bolsas e chapéus de palha são vendidos como se fossem produzidos no Maranhão.

De original mesmo sobra pouco, tais como o artesanato à base de fibra de buriti (bolsas, sandálias, chapéus), azulejos pintados com nomes de ruas ou logradouros pitorescos de São Luís, camisas ostentando imagens que abordam o patrimônio histórico, figuras femininas tendo como base a semente de babaçu e algumas peças de renda oriundas do município da Raposa (com ressalvas, já que a maioria das peças da Raposa é, na verdade, revendida, sendo trazidas do Ceará). Não é excessivo lembrar que o artesanato das mulheres da Raposa tem origem cearense.

Já se tornou bastante comum a presença de micro-ônibus, caminhões ou vans estacionados na Praia Grande, descarregando os produtos advindos de outros estados, disputados avidamente pelos donos de lojas de artesanato da área. Segundo André Lira, proprietário da “São Luís Artesanato”, situada na rua da Alfândega, Praia Grande, os produtos locais não conseguem competir com os produtos vindos de outros estados, além de a mão-de-obra de fora ser mais barata. “Não temos também uma produção suficiente para atender à demanda turística, e os incentivos estaduais são pequenos, o que nos leva a tomar essa atitude, o que é uma pena, já que o Maranhão possui um grande potencial para desenvolver seu artesanato e se destacar no cenário nacional em tal área”, disse.

Grande parte das peças artesanais é encomendada, e os objetos já trazem pintada a frase que indicaria que o produto é de São Luís, o que caracteriza uma verdadeira pirataria.

A prática é danosa para o desenvolvimento da atividade comercial como um todo. Existe uma grande desinformação da população local e dos turistas sobre o artesanato maranhense, o que estimula o esquema fraudulento. Os comerciantes estão interessados no lucro e muitos artesãos de outros estados ainda não conhecem o real valor do que produzem, vendendo as peças a um preço muito baixo, o que inviabiliza a produção local. “Estamos trabalhando com os artesãos, buscando encontrar soluções para enfrentar esse problema, e um dos caminhos é a busca de uma identidade para o artesanato maranhense, como é o caso das rendas produzidas pelas mulheres da Raposa, cujas peças são bem trabalhadas e, portanto, mais caras do que o produto que vem do Ceará, com peças produzidas de forma mais rápida e grosseira. Tentamos incentivar a qualidade do produto visando mudar a realidade, gerando assim melhoria da qualidade de vida dos artesãos”, informou o designer Marcelo Medeiros, consultor do SEBRAE.

Enquanto isso não acontece, muita gente continua sendo enganada, comprando gato por lebre...

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Xoxota louca tá bombando no interior do Maranhão

Diriam algumas línguas, loucas, afiadas ou não, que um concurso de beleza com tal profundidade (no bom sentido) só poderia mesmo acontecer no Maranhão, terra na qual o surrealismo nunca se firmou enquanto movimento estético pelo simples fato de que o estado já é, por si só, surreal. Também não causa estranheza a pérola de o concurso se realizar num povoado chamado ‘Maranhão Novo’, pertencente ao município de Pinheiro, terra natal do ex-presidente da República e atual senador da pátria das chuteiras, José Sarney. O evento denominado originalmente de ‘Xoxota Louca’ alçou o povoado ao patamar de destaque internacional, com as imagens alucinando os internautas. A Xoxota já contabilizou mais de 2 milhões de acessos no You Tube. É fraco?...

Nos últimos dias 8 e 9 de janeiro aconteceu a quinta edição do já mundialmente famoso Concurso da ‘Xoxota Louca’, que já foi rebatizado para ‘Noite da Tá Louca’, para chocar menos, claro, pois a denominação anterior foi questionada, já que o evento é ‘familiar’, segundo informações contidas no material que divulga a iniciativa. Preconceito, como logo se vê, já que ‘Xoxota Louca’ nada mais é do que um inofensivo coquetel cor de rosa, com moderado teor de álcool etílico, servido em barracas psicodélicas em festas nordestinas...

Censuras ou moralismos à parte, quem teve a ideia de incendiar a loucura de alguns animados maranhenses que se afogam na cerveja, animados com as mais belas toscas candidatas da área foi a internacional promoter Marinalva Chagas, que realiza a cada ano o concurso, no qual o critério de beleza tradicional não é levado em conta, como se pode notar no material divulgado na mídia. Para quem gosta de adiposidades, corpos mal talhados, lingeries fuleiras e bandalheiras, o prato é cheio. Já teve até concorrente de bigode e mulher sem um dente frontal sendo premiada (a desdentada ficou em segundo lugar na quarta edição do prestigiado concurso - perdeu por um dente de diferença... -, e a vencedora ganhou por ter emplacado um fio dental...). No país dos banguelas, a coerência do concurso impressiona e atrai cada vez mais a curiosidade das pessoas.

Ali se concentra “toda a beleza da mulher brasileira resumida em um desfile único, acirrado e totalmente excelente. A noite da ‘Xoxota Louca’ é um raro momento de apreciação e reflexão sobre a mulher brasileira, ícone da beleza pelo mundo afora”, comenta ironicamente o dono de um site nacional, ao dizer que o evento deixa no chinelo o São Paulo Fashion Week. É roça?

Sim, o povoado de Maranhão Novo, que se encontra na roça, celebra o velho Maranhão, com as candidatas servindo de carne de canhão para a chacota tupiniquim, desfilando descalças na areia de um terreiro, sob o som bombado do agora mundialmente famoso DJ Curinaldson…Nome apropriado para o DJ de um concurso que está pouco se importando com a estética dos fundilhos. Mas, que é hilário, é…Afinal de contas, vamos deixar o povo se divertir…Como diria o Macaco Simão, ‘Nóis Sofre mas Nóis Goza’…

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Maranhão: A busca da qualidade na prestação de serviços turísticos têm que ser uma constância

Em uma época em que os consumidores são cada vez mais exigentes, a qualidade que as organizações oferecem os seus produtos e serviços constituem um fator de incontornável importância para a sua permanência e o seu sucesso num mercado cada vez mais concorrencial. E o setor do turismo não pode ser alheio a esta realidade, uma vez que também neste setor a qualidade tem vindo a assumir-se como uma condição essencial de competitividade.

No Maranhão, infelizmente algumas empresas ou prestadores de serviços, ainda não atentou para isso. Em muitas cidades do Estado, o fornecimento dos serviços turísticos é precário, desqualificado. Em viagem a cidade de Carolina, mais precisamente a Pedra Caída, a equipe do Jornal Cazumbá observou que não há uma preocupação em manter a qualidade dos serviços prestados, em especial, na visita às cachoeiras do Complexo, visto que os grupos guiados são enormes, com mais de 50 pessoas; isso no nosso entendimento desqualifica a prática turística, pois dificulta a comunicação, as pessoas não ouvem direito e ficam desconfortáveis; o ideal é que fossem feitos grupos menores, de no máximo de 15 a 20 pessoas, o que seria menos impactante para o meio ambiente e mais proveitoso.

Neste caso específico, não houve nenhuma interação entre condutor que devia ser um guia isto, quando a pessoa responsável pela condução do grupo é qualificada para tanto e cativa seus conduzidos com histórias e estórias do lugar, que no caso de Pedra Caída, são muitas, digo isto, porque já estive inúmeras vezes no local e conheço várias histórias e causos que deixam sempre uma conotação mística no ar e ao final do passeio, ficavam sempre um gostinho de quero mais em todos que ali chegavam, porque não bastam só as belezas, o que tem por trás de tamanha beleza é de suma importância e interesse.

Na cidade da Raposa a experiência foi igual. E olha, que escolhi uma empresa que já esta há anos empreendendo na atividade e em tese já era para ter excelência no atendimento ao turista. Na prática, observei que houve um retrocesso. A começar com o início dos passeios que saiu com quase uma hora do horário marcado e os condutores entraram mudos e saíram calados, não apresentaram o lugar, não especificaram e nem mostraram nada a ninguém, ou seja, foi feito um passeio de 3 horas num lugar belíssimo, mas para quem não conhece, foi apenas um passeio de contemplação, com algumas paradas para banho, deixando desta forma uma péssima impressão no turista.

Essa situação é inadmissível. Uma vez, que nestes dois exemplos, sou testemunha dos esforços e treinamentos dados a estes “profissionais” pela Secretaria de Turismo do Maranhão, SEBRAE, Marinha, SENAC e até algumas entidades de classe, que estãobuscando sempre a melhoria na qualificação constantes dos serviços ao turista, mas vejo que está sendo em vão, pois estes aprendizados não tem sido empregado na atividade.

Portanto, a atividade turística não pode permitir a improvisação, má vontade e a falta de qualidade na prestação dos serviços. Cativar um cliente é a maior arma que o empresariado (principalmente) deve utilizar para manter sua clientela. Para isso o atendimento bem feito e com qualidade é apenas o início de um caminho que faz com que os turistas retornem ao mesmo local sempre.

Assim, a compreensão e o respeito pela relação de interdependência entre o turismo e a prestação de serviços são fundamentais para que os destinos turísticos possam ser desenvolvidos a partir de uma base sustentável. Esta questão deverá ser tida em conta não só na concepção de novos destinos turísticos, mas também na requalificação e no reinventar de destinos que já atingiram a fase de maturidade.

Somente com uma atitude proativa das organizações que atuam no setor turístico e com uma visão integradora dos várias componentes deste setor (alojamento, prestação de serviços turísticos, infraestruturas de comunicações e transporte, etc.) se poderá construir um turismo de qualidade, duradouro, diferenciador e competitivo nos mercados em que ele atua.

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Reportagem do Cazombando flagra depósito de entulho a céu aberto na Rua Portugal


Tudo bem que a administração municipal não tem medido esforços para fazer do Centro Histórico de São Luís um lugar aprazível. Já foram feitos vários serviços urbanísticos, culturais, funcionais e sociais no local, entre eles: as atividades de lavagem em alta pressão (hidrotérmica) de praças, ruas, escadarias e monumentos do Centro Histórico da capital. Além disso, outras ações foram garantidas pela Prefeitura, como obras sociais e assistenciais, iluminação artística de monumentos, apresentações culturais, limpeza nas vias, disponibilização de lixeira e agentes de limpeza fixos nas 24 ruas do circuito e estas melhorias se fazem notar.

A Prefeitura também vai fiscalizar, com mais veemência, o cumprimento da Portaria n° 003/08 da Secretaria Municipal de Trânsito e Transportes (SMTT), que veta o tráfego de veículos nas praias da cidade, com exceção dos veículos que prestam serviços públicos (atividades de limpeza e conservação das praias, patrulhas policiais e corpo de bombeiros). Na prática, porém, a portaria tem sido desrespeitada, causando danos às ruas e aos imóveis integrantes do conjunto arquitetônico, urbanístico e paisagístico da cidade. A SMTT se comprometeu em recolocar as correntes que antes interditavam os pontos de tráfego proibido no Centro Histórico, com a promessa também de enviar pessoal especializado para o controlar o acesso de veículos nos locais.

Não há dúvidas que já houve uma melhora significativa no Centro Histórico, principalmente, no que tange à limpeza. O aumento no recolhimento do lixo e ações de sensibilização tem surtido efeito no ambiente. Atualmente, muitos locais do Centro Histórico estão livres do forte odor de urina, fezes, resto de lixo doméstico, chicletes e quaisquer tipos de ação do tempo, como lodo, manchas, ferrugem e outros.

Apesar das ações municipais visando à preservação do Centro Histórico, alguns problemas sociais ainda são facilmente identificados. A reportagem do Blog Cazombando, flagrou na manhã de ontem (19, quinta-feira), uma cena terrível, bem no centro da cidade. A localização é na esquina da Rua Portugal (Praia Grande). Pois é, alguém resolveu fazer reformas e despejou um monte de entulho no local e deixou a mostra uma montanha de lixo. Quem passa vê a sujeira, a falta de respeito. Uma irresponsabilidade e uma péssima impressão nos turistas e visitantes daquelas artérias.

Entramos em contato com o secretário de Turismo, Liviomar Macatrão, que disse que embora não seja responsabilidade da Prefeitura o recolhimento de entulhos, ele iria acionar a Blitz Urbana para tomar as devidas providências, e assim foi feito. No final da tarde, recebemos um telefonema do Secretário que nos disse que a Blitz Urbana esteve no local e constatou a denúncia feita por este Blog e na manhã de hoje vai notificar a empresa responsável pela sujeira, esta deverá retirar o entulho num prazo de três dias, sob pena de multa.

Urge a colaboração da comunidade para preservar o ambiente limpo e obedecer aos horários de coleta. Ainda tem muito a ser feito, mas já é um início.

Leia mais sobre o assunto no site do Jornal Cazumbá.

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Turismólogos: chegou o reconhecimento

Foi publicada hoje (19), no Diário Oficial, a portaria que reconhece a profissão de turismólogo e disciplina seu exercício. A lei atende a uma antiga reivindicação da categoria, apoiada pelo Ministério do Turismo, em especial pelo ministro do Turismo, Gastão Vieira: “Este é o primeiro passo para que a profissão seja regulamentada. O MTur sempre trabalhou pelo reconhecimento da atividade, o que acontece em boa hora, quando o país está para receber alguns dos mais importantes eventos do mundo, como a Copa e as Olimpíadas”.
Veja a matéria completa no site do Jornal Cazumbá.

Big Brother - algo podre que atrai urubus ávidos por carniça e assim saciar a fome do que não presta


O Brasil nos últimos doze anos se acostumou a assistir um amontoado de besteiras, feitas por pessoas que não tem nada a mostrar a não ser querer seus 15 minutos de fama e buscam na Rede Globo de Televisão, também conhecida como Rede Bobo, Rede Lobo, Rede Esgoto, GloBobagem, Vênus Platinada e Toda Poderosa. Uma emissora de TV que nada mais é que um olho robótico que tudo vê (por isso, o slogan: Globo, a gente se Vê por aqui) e tem na sua programação de início de ano o maldito Big Brother Brasil, para jogar o que de mais fétido existe numa sociedade que se diz “intelectualizada”, mas que adora vê baixaria e tem na programação desta emissora um cardápio variado de tudo que não presta e que satisfaz a todos os “gostos”.

O conglomerado Globo com suas filiadas detêm a maioria esmagadora do que se chama audiência nas TV’s abertas do país e, com isso, elas só fazem punir seus “telespectadores” com programas de péssimos conteúdos e, ainda, tenta convencer o resto do país que a Terra é propriedade deles, pois fazem e passam em suas telas, somente aquilo lhe convém.

Remexendo meus arquivos, descobri que o logotipo original da Rede Globo, foi desenvolvido no “Vale do Paraguai” feito em Azul Marinho por inteiro, essa foi uma “exigência de Roberto Marinho” (rsrsrs). O Logotipo também quer dizer: O mundo, a televisão no meio (o quadrado) mostrando o mundo. Como se dissesse. “Aqui nois é qui manda” interessante, não?

E, claro, as cores de fundo ressaltando o verdadeiro "pote de ouro" no fim do arco-íris. Arco-íris que é o símbolo dos Gays, mas, que é idolatrado por cheiradores de cocaína, sapatas, pedófilos, estupradores e o que de pior tem na sociedade. Por isso, o sucesso das novelas, que tem sempre em seu enredo, um baitola, uma lésbica, um tarado, um empresário corrupto ou um negro serviçal que se traduz em mensagens subliminares, assistida e vivida ao pé da letra por milhões de brasileiros sem o mínimo de discernimento sobre o que faz. Basta ver o que acontece no BBB 12.

Falando nessa grande porcaria, no sentido bem sujo da palavra, outro dia navegando pela grande rede, encontrei um texto inteligente do Fernando Veríssimo sobre essa grande merda chamada BBB – Big Brother Brasil. Desse texto faço minhas palavras e o meu grande desabafo. Veja o texto abaixo:

Artigo sobre o BBB – Luís Fernando Veríssimo

Que me perdoem os ávidos telespectadores do Big Brother Brasil (BBB), produzido e organizado pela nossa distinta Rede Globo, mas conseguimos chegar ao fundo do poço. [...] Chega a ser difícil encontrar as palavras adequadas para qualificar tamanho atentado à nossa modesta inteligência.

[...] Pergunto-me, por exemplo, como um jornalista, documentarista e escritor como Pedro Bial que, faça-se justiça, cobriu a Queda do Muro de Berlim, se submete a ser apresentador de um programa desse nível. Em um e-mail que recebi há pouco tempo, Bial escreve maravilhosamente bem sobre a perda do humorista Bussunda referindo-se à pena de se morrer tão cedo. Eu gostaria de perguntar se ele não pensa que esse programa é a morte da cultura, de valores e princípios, da moral, da ética e da dignidade.

Outro dia, durante o intervalo de uma programação da Globo, um outro repórter acéfalo do BBB disse que, para ganhar o prêmio de um milhão e meio de reais, um Big Brother tem um caminho árduo pela frente, chamando-os de heróis. Caminho árduo? Heróis? São esses nossos exemplos de heróis?

Caminho árduo para mim é aquele percorrido por milhões de brasileiros, profissionais da saúde, professores da rede pública (aliás, todos os professores) , carteiros, lixeiros e tantos outros trabalhadores incansáveis que, diariamente, passam horas exercendo suas funções com dedicação, competência e amor e quase sempre são mal remunerados.

Heróis são milhares de brasileiros que sequer tem um prato de comida por dia e um colchão decente para dormir, e conseguem sobreviver a isso todo santo dia.

Heróis são crianças e adultos que lutam contra doenças complicadíssimas porque não tiveram chance de ter uma vida mais saudável e digna.

Heróis são inúmeras pessoas, entidades sociais e beneficentes, ONGs, voluntários, igrejas e hospitais que se dedicam ao cuidado de carentes, doentes e necessitados (vamos lembrar de nossa eterna heroína Zilda Arns).

Heróis são aqueles que, apesar de ganharem um salário mínimo, pagam suas contas, restando apenas dezesseis reais para alimentação, como mostrado em outra reportagem apresentada meses atrás pela própria Rede Globo.

O Big Brother Brasil não é um programa cultural, nem educativo, não acrescenta informações e conhecimentos intelectuais aos telespectadores, nem aos participantes, e não há qualquer outro estímulo como, por exemplo, o incentivo ao esporte, à música, à criatividade ou ao ensino de conceitos como valor, ética, trabalho e moral. São apenas pessoas que se prestam a comer, beber, tomar sol, fofocar, dormir e agir estupidamente para que, ao final do programa, o “escolhido” receba um milhão e meio de reais. E ai vem algum psicólogo de vanguarda e me diz que o BBB ajuda a "entender o comportamento humano". Ah, tenha dó!!!

Veja o que está por de tra$$$ do BBB: José Neumani da Rádio Jovem Pan, fez um cálculo de que se vinte e nove milhões de pessoas ligarem a cada paredão, com o custo da ligação a trinta centavos, a Rede Globo e a Telefônica arrecadam oito milhões e setecentos mil reais. Eu vou repetir: oito milhões e setecentos mil reais a cada paredão.

Já imaginaram quanto poderia ser feito com essa quantia se fosse dedicada a programas de inclusão social, moradia, alimentação, ensino e saúde de muitos brasileiros? (Poderia ser feito mais de 520 casas populares; ou comprar mais de 5.000 computadores). Essas palavras não são de revolta ou protesto, mas de vergonha e indignação, por ver tamanha aberração ter milhões de telespectadores.

Em vez de assistir ao BBB, que tal ler um livro, um poema de Mário Quintana ou de Neruda ou qualquer outra coisa..., ir ao cinema..., estudar... , ouvir boa música..., cuidar das flores e jardins... , telefonar para um amigo... , visitar os avós... , pescar..., brincar com as crianças... , namorar... ou simplesmente dormir. Assistir ao BBB é ajudar a Globo a ganhar rios de dinheiro e destruir o que ainda resta dos valores sobre os quais foi construída nossa sociedade.



quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

OMT projeta 1 BILHÃO de viagens em 2012

O turismo internacional alcançará neste ano o número recorde de 1 bilhão de passageiros segundo o relatório do último Barômetro da OMT para o turismo mundial que está sendo divulgado hoje. Mesmo com o ritmo um pouco mais lento, o crescimento continuará. Os números do recém terminado 2011 indicam que, apesar dos inúmeros problemas, houve um crescimento acima de 4% e que o número de viajantes chegou a 980 milhões.

"O turismo internacional bateu novos recordes em 2011, a pesar das condições difíceis”, manifestou o secretário geral da OMT, Taleb Rifai. "Para un setor que é responsável diretamente por 5% do PIB mundial, e de 6 % das exportações, além do emprego de uma em cada 12 pessoas, os resultados foram alentadores, especialmente por chegar em um momento no qual necesitamos urgentemente de atividades que estimulem o crescimento e a geração de empregos”, completou.

Leia mais sobre o assunto no site do Jornal Cazumbá.

Acusado, COMANDANTE diz que salvou milhares de vidas

As autoridades da localidade italiana de Grosseto pediram esta tarde que o capitão Francesco Schettino continue preso até que ocorra o julgamento pelo naufrágio do ‘Costa Concórdia’. Cada vez são mais comprometedoras as acusações sobre sua atuação, especialmente após a divulgação do relato que ele manteve com a Capitania dos Portos. Peritos policiais e jurídicos admitem que Schettino possa ser condenado a 15 anos de prisão.

Schettino sofre acusações de ter se acercado em demasia da costa, de ter tentado minimizar o acidente e da demorada em pedir ajuda, além do abandono do navio, além do principal – a acusação de homicídio.

O interrogatório de hoje durou mais de três horas e diante da juíza de instrução, Valeria Montesarchio, o comandante insistiu em que estava no comando do navio até o momento do choque contra os rochedos nas proximidades da ilha de Giglio. Chegou a afirmar diante da juíza que ‘salvou milhares de vidas’. Alegou ainda que não pode prosseguir porque caiu do navio.

Diante das circunstâncias, as autoridades decidiram submeter o capitão a um exame toxicológico para determinar se havia tomado substâncias com efeitos de draga na noite do naufrágio. A gravação do seu diálogo com a Capitania é passivo de como se apresentava em estado de pouca conexão. Tanto que insistiu que estava no barco coordenando o resgate quando já havia dito antes que havia abandonado o barco. Ainda pior: desobedeceu ao comando da capitania para que retornasse a bordo.

A Organização Marítima Internacional (OMI), uma agência das Nações Unidas, reconheceu que o naufrágio do cruzeiro na costa italiana é motivo suficiente para promover uma revisão nas normas de segurança para grandes embarcações de passageiros. Koji Sekimizu, secretário-geral da OMI, cobrou das autoridades italianas uma investigação exaustiva sobre o ocorrido e insistiu que r um acidente como o do ‘Costa Concordia’ não pode passar sem que uma reflexão seja feita.

Retirado do site brasilturis.com.br

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Estudante paulista usa Twitter para esculhambar o Maranhão

Mais um episódio deplorável de xenofobia nas redes sociais. Depois dos ataques direcionados a todos os nordestinos, desta vez as vítimas somos nós maranhenses.

Em seu perfil no Twitter, a usuária que se identifica como Áuria Oliveira (@mussilon__), estudante, começou a terça-feira (17) destilando impropérios contra o povo do Maranhão.

“Ontem minha mãe foi maltratada em uma das lojas daqui… ela sempre é! o povo aqui é muito ignorante, vocês não tem noção”, diz ela num dos tweets. Mais cedo, ela já havia disparado: “Invejosos, preconceituosos, mal educados, chatos, abusados, quer encontrar isso tudo em um lugar só? pode vim (sic!) pra cá… não vão suportar!”.

Os posts preconceituosos já foram alvo de reação na própria rede, com algumas ameaças. Áuria Olivieira é paulistana e mora em Santa Inês.


Confira o perfil da estudante no Twitter e no Facebook. Deixe lá seu protesto. Denuncie e vamos excluí-la das redes sociais.

Retirado do Blog do jornalista Gilberto Leda

Novo risco é o COMBUSTÍVEL

Pela manhã, as equipes de resgate suspenderam os trabalhos de busca dos 16 passageiros ainda desaparecidos depois do naufrágio do ‘Costa Concórdia’. O mau tempo que predominou nesta segunda feira provocou esta mudança no panorama. O navio começou a deslizar da posição onde estava em frente à ilha de Giglio, segundo fontes de um dos submarinos que trabalhavam próximos ao navio, citadas pelo jornal italiano ‘La República’.

À tarde, melhorando o tempo e cessando a chuva, os trabalhos de busca puderam ser reiniciados parcialmente.

O deslocamento foi de dez metros e o aumento de óleo na água durante as ultimas horas também provocou a evacuação dos mergulhadores. O temor agora é que o ‘Costa Concórdia’ caia na fossa próxima que tem 37 metros de profundidade e onde ficaria totalmente submerso, encerrando definitivamente as esperanças de resgatar ainda algum dos desaparecidos com vida.

Com 2,3 mil toneladas de combustível a bordo, por ora ainda não houve o derramamento do ólego, mas o ministério do Meio Ambiente da Itália advertiu que existe um ‘risco altíssimo. O combustível pode se dispersar no mar, contaminando a costa, prejudicando a fauna marinha e a alimentação dos pássaros, afirmou Corrado Clini. O ministro italiano admitiu que esta passou a ser a grande e nova preocupação, ainda mais se ocorrerem mudanças meteorológicas na região, com alterações no fluxo das correntes e impacto tanto na ilha de Giglio, como no arquipélago e costa próximas. ‘Temos que evitar que nosso patrimônio seja colocado em perigo’, afirmou o político.

O presidente da Costa Cruceros, Pierluigi Foschi, embora afirme que a empresa vai prestar toda assistência legal ao comandante do barco, que continua detido, voltou a admitir que ‘não podemos negar o erro humano em este trágico acidente’, considerando a situação do capitação Francesco Schenttino. A acusação de que o comandante modificou a rota por vontade voluntária e contrária às regras de comportamento continua presente nas declarações do comando da empresa, ao mesmo tempo em que existem palavras de elogio para o restante da tripulação.

Telefonema revela que capitão abandonou navio naufragado

Um telefonema entre o capitão do cruzeiro "Costa Concordia", que naufragou na sexta-feira em águas na Itália, e a Capitania dos Portos publicado nesta terça-feira na imprensa italiana confirma que ele deixou o navio antes da retirada de todos os passageiros e não voltou apesar de ter recebido ordem para retornar.

A imprensa italiana transcreve trechos da conversa entre o capitão Francesco Schettino, de 52 anos, e a Capitania dos Portos que revelam que ocultou o motivo do naufrágio.

Às 21h54 (18h54 de Brasília), com o navio já encalhado em frente à ilha de Giglio, no centro da Itália, o capitão garantiu que tudo estava bem e enfrentava apenas um problema técnico.

Segundo o "Corriere della Sera", a Capitania perguntou a Schettino às 0h32 (21h32 de Brasília) quantas pessoas ainda restavam a bordo. Embora a embarcação estivesse cheia, o comandante respondeu que apenas entre 200 e 300.

A resposta fez levantar suspeitas à Capitania que perguntou se ele ainda estava a bordo e Schettino confessou que o navio estava inclinando e ele havia deixado o barco.

"Mas como que abandonou a nave?", perguntaram a partir da Capitania.

Mesmo que o capitão tenha se retratado dizendo que não tinha abandonado o cruzeiro, a partir da Capitania ninguém conseguiu encontrá-lo.

"Volte imediatamente a bordo, suba pela escada de segurança e coordene a evacuação. Deve nos dizer quantas pessoas há lá dentro: crianças, mulheres, passageiros, o número exato de cada categoria", acrescentaram.

"Comandante, é uma ordem, agora comando eu. Anteriormente o senhor declarou que havia abandonado o navio, volte à proa e coordene o resgate porque há mortos", exigiram.

Conforme os investigadores, Schettino que estava em terra firme e não retornou ao transatlântico perguntou quantos corpos havia.

"É o senhor quem tem de me dizer quantos. O que quer fazer? Ir para sua casa? Volte imediatamente e nos diga o que é preciso fazer, quantas pessoas restam e o que necessitam", ordenaram a partir da Capitania.

O comandante garantiu que voltaria, mas testemunhas e investigadores que cuidam do caso, afirmam que ele não voltou e o viram pegar um táxi em direção a um hotel.

Como informou a empresa dona do transatlântico, a Costa Cruzeiros, o naufrágio foi causado por um "erro humano" do capitão que aproximou a embarcação até 150 metros do litoral dessa pequena ilha do mar Tirreno. A manobra acabou levando o barco para as rochas.

Até o momento seis corpos foram resgatados. As equipes ainda procuram 29 desaparecidos. EFE

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Naufrágio abre debate sobre rumos do setor

O naufrágio do Costa Concordia vai acelerar a discussão internacional sobre a possível modificação em projetos de transatlânticos, avalia o engenheiro Segen Estefen, professor de Estruturas Oceânicas e Tecnologia Submarina da Coppe, que congrega os cursos de pós-graduação em engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

"O que se coloca hoje é a viabilidade prática de se retirar passageiros de grandes transatlânticos com segurança", disse Estefen. Segundo ele, esses navios podem ser projetados para que, em caso de acidente, determinadas partes flutuem e funcionem provisoriamente como uma embarcação de segurança. Com essa mudança de projeto, passageiros poderiam aguardar em pontos específicos do próprio navio até a chegada de uma embarcação de resgate, evitando a necessidade de se lançar uma série de balsas ao mar. Segundo ele, comitês da Organização Marítima Internacional (OMI, uma agência da ONU) já iniciaram discussões sobre o tema.

Para o engenheiro, o afastamento do navio da rota prevista e a aproximação da costa indicam possibilidade de falha humana. "Talvez um erro de interpretação da carta náutica. Normalmente, rochas são identificadas por sonares", declarou Segen, que é diretor de Tecnologia e Inovação da Coppe.

Na Europa, sindicatos e especialistas buscam discutir com autoridades marítimas e operadoras a segurança do setor, em expansão há duas décadas. Já analistas apontam para um impacto importante que o acidente deverá ter nos lucros do setor em 2012.

Regras sobre a segurança de navios de turismo foram desenhadas em 1914, dois anos depois do naufrágio do Titanic. "Muitos navios são hoje pequenas cidades flutuando e o número de pessoas a bordo levanta questões sobre a capacidade dessas empresas de garantir a retirada de todos os tripulantes", afirmou Mark Dickinson, secretário-geral da Nautilus, sindicato que reúne 23 mil trabalhadores do setor marítimo em todo o mundo. O número de passageiros nos navios aumentou em 14% entre 2008 e 2010 no mundo, atingindo 18 milhões de pessoas. Até 2015, o volume deveria atingir 25 milhões de turistas. Quando foi lançado, em 2006, o Concordia era um dos maiores navios do mundo. Hoje, é superado por vários modelos, com até 6 mil lugares. O número de navios chega a quase 250. Doze entraram em operação em 2010 e outros 14 no ano passado.

domingo, 15 de janeiro de 2012

Mais uma grande perda para a cultura do Maranhão:Seu Teodoro morre de parada cardíaca nesta madrugada

Do face de Carlos Martins

O mestre da cultura popular, do Bumba-meu-boi no DF e comendador da Cultura, Seu Teodoro Freire, faleceu às 3h20 desta madrugada (15-01-2011) no Hospital Santa Helena, em Brasília. Ele estava com 91 anos e sofria de enfisema pulmonar, e já há alguns dias vinha resistindo bravamente aos revezes das saúde debilitada. Ele conseguiu, ainda em vida, a honra e o merecido reconhecimento de receber das mãos do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do também então Ministro da Cultura Gilberto Gil, a Ordem do Mérito Cultural tornando-se uma grande referência de cultura popular na cidade e sendo reconhecido o trabalho dele como patrimônio imaterial do Distrito Federal.

“Ele será cremado ainda hoje e já estamos providenciando os detalhes de seu velório”, informou consternado um dos filhos dele, Guarapiranga Freire, que nos últimos anos tem assumido a responsabilidade em continuar com o trabalho cultural do Bumba-meu-boi e do Tambor-de-Crioula de Seu Teodoro.

O último dia 10 foi aberto o período de festejos de São Sebastião, que iria até o próximo dia 20. “Com o falecimento de meu pai, teremos que cancelar toda nossa programação deste mês. Não há o menor clima de continuarmos com as festividades agora. Ficou um vazio muito grande”, explicou Guarapiranga Freire.

Sonhos não realizados

Seu Teodoro Freire, como idealista e grande sonhador, partiu sem conseguir realizar alguns de seu maiores sonhos: o primeiro e maior, era a construção da nova sede do Centro de Tradições Populares. “Esse sonho, lutaremos para tentar realizar e dependemos da garantia de recursos junto ao Governo do Distrito Federal e da iniciativa privada. Pena que não conseguimos realizá-lo dentro das comemorações do cinquentenário do Bumba-meu-boi e Tambor-de-crioula de Seu Teodoro. Chegamos até a lançar o projeto arquitetônico das novas instalações do Centro de Tradições Populares”, relembrou Guarapiranga Freire. Segundo ele, os objetivos da nova sede são: a manutenção deste Patrimônio Cultural Imaterial do Governo do Distrito Federal, promoções de intercâmbio cultural entre Brasília -DF / Maranhão, entre outras unidades da federação, e ainda uma parceria planejada para atender os anseios da comunidade do Distrito Federal, com atenção especialmente voltada para as Escolas Públicas e Zonas rurais. “ Esse espaço em Sobradinho, que abriga todas as festas maranhenses, será transformado em museu quando o novo edifício for construído”, promete Guarapiranga Freire.

Outras paixões não realizadas de Seu Teodoro eram aparentemente ainda mais difíceis: a construção, em pleno Planalto Central, de um clube de regatas do Flamengo e uma versão local da Estação Primeira de Mangueira, a escola de samba do coração dele.

Seu Teodoro Freire

Seu Teodoro chegou à cidade em 1962, trabalhou na Unb, criou o Centro de Tradições Populares e seguiu mantendo viva a cultura do Bumba meu boi na cidade

O maranhense Teodoro Feire, conhecido como Seu Teodoro, nasceu na pequena cidade de São Vicente Ferrer, localizada a 280 km de São Luís (MS), em 1920. Desde os oito anos era apaixonado pelo cultura popular e dedica-se à tradição de sua região: o Bumba meu boi e outras paixões como o time de futebol Flamengo e sua escola de Samba, a Mangueira. Ele sempre usava um chapéu de palha com tira vermelha e preta, referência à paixão pelo time rubro-negro carioca. “Sempre recordo do dia que ganhei meu chapéu de palha, com uma tira preta, de um estudante da Universidade de Brasília. Depois, tive que colocar a fita vermelha já que não uso o preto sem o vermelho junto”, gostava de falar.

Quando menino, em épocas festivas, saía às escondidas para acompanhar os cantadores e as toadas de boi, escondido da sua mãe. Passou uma temporada no Rio de Janeiro até chegar em Brasília, em 1962.

Assim que chegou à capital do Brasil, foi trabalhar na Universidade de Brasília e após um ano criou o Centro de Tradições Populares, em Sobradinho, com o intuito de difundir e levar adiante as festas e danças dessa importante manifestação da cultura e folclore brasileiro. “É importante manter a dança do boi viva para as novas gerações”, gostava de defender.

A primeira apresentação e visita à cidade aconteceu mesmo antes de morar em Brasília. Foi no primeiro aniversário da cidade, quando veio para fazer uma apresentação. Encantou-se com o Planalto Central e veio para ficar.

O Centro de Tradições Populares, no começo, era bem simples, feito de paredes de taipa, chão de terra batida e teto de palha. Hoje, tem uma boa estrutura e reúne cerca de 75 integrantes onde faz apresentações de bumba-meu-boi, de Tambor-de-Crioula e comemora as festas de São Sebastião, São Lázaro e da Matança do Boi (essa há 49 anos). Houve também o Encontro-de Bumba-meu-Boi realizado na Funarte, em homenagem ao sempre empolgado mestre.

Fonte: Marcos Linhares e Gabriel Alves (assessoria de imprensa do Centro de Tradições Populares)

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

A saga de um maranhense na Suíça

12 Agosto - Hoje me mudei para minha nova casa na Suíça. Um chalé porreta nos Alpes. Que paz! Tudo aqui é tão bonito e silencioso. Os Alpes são tão majestosos. Quase que não posso esperar para vê-los cobertos de neve. Que bom haver deixado para trás o calor, a umidade, o tráfego, a violência, a poluição e aqueles brasileiros mal educados.

Isto sim é que é vida!

14 Outubro - A Suíça é o lugar mais bonito que já vi em minha vida. As folhas passaram por todos os tons de cor entre o vermelho e o amarelo. Que bom ter as quatro estações. Saímos a passear pelos bosques e, pela primeira vez, vi um cervo. São tão ágeis, tão elegantes, é um dos animais mais vistosos que jamais vi. Suíça é mesmo um paraíso.

E pensar que sofri tanto tempo naquele inferno que é o Maranhão e sua gente mal educada...

11 Novembro - Logo começará a temporada de caça aos cervos. Não posso imaginar como alguém pode matar uma dessas criaturas de Deus. Está esfriando e praticamente já chegou o inverno. Espero que neve logo. Isto sim é que é vida!

2 Dezembro - Ontem à noite nevou. Que alegria! Despertei e encontrei tudo coberto de uma camada branca. Parece um cartão postal... Estava tão contente que rolei nela e logo tive uma batalha de bolas de neve com os vizinhos (eu ganhei). Que bonita a neve! Parecem bolas de algodão espalhadas por todos os lados. Que lugar bonito! Suíça sim é que é vida.

12 Dezembro - Ontem à noite voltou a nevar. Que encanto! Saí novamente para tirar a neve dos degraus e a passar a pá na entrada e, quando a niveladora de neve passou na rua, tive que voltar a passar a pá para tirar a neve...

19 Dezembro - Ontem voltou a nevar. Saí de casa para tirar a neve e a niveladora voltou a sujar a entrada, mas bom... que vamos fazer? De toda maneira, são os ossos do ofício de quem mora num cartão postal.

22 Dezembro - Ontem à noite nevou muito, outra vez. Não pude limpar a entrada por completo porque, antes que acabasse, já havia passado a niveladora; assim, hoje, não pude ir ao trabalho. Estou um pouco cansado de passar a pá nessa neve. Droga de niveladora! Mas, que vida!? Isso não acaba não?

25 Dezembro - Feliz Natal ... Aqui não para de cair esta merda branca. Já tenho as mãos cheias de calos por causa da pá. Creio que a niveladora me vigia da esquina e espera que eu acabe de tirar a neve com a pá, para então passar. Vá pra puta que pariu! Se pego o filho da puta que dirige essa niveladora, juro que o mato.

27 Dezembro - Ontem à noite caiu mais essa merda branca. Já são três dias direto que não saio. Não faço mais nada , senão passar a pá nessa porra de neve, depois que passa a bosta da niveladora. Não posso ir a lugar algum. O carro está enterrado debaixo de uma montanha de merda branca. Não entendo porque não usam mais sal nas ruas, para que se derreta mais rápido este gelo de merda. O noticiário disse que esta noite vai cair mais 20 centímetros desta merda. Não acredito, não! Pense !

31 Dezembro - O idiota do noticiário se equivocou outra vez. Não foram 20 centímetros de neve... caiu quase 1 metro dessa merda! Ninguém pôde sair para comemorar o ano novo. Agora, resulta que a niveladora quebrou perto daqui, e o filho da puta do motorista veio me pedir uma pá emprestada. Ah, macho descarado! Disse a ele que já tinha quebrado 6 pás limpando a merda que ele me havia deixado diariamente. Quase quebrei a pá na cabeça dele. Arre Éééguaaa, que bosta!

4 Janeiro - Ao fim, hoje consegui sair de casa para ir ao supermercado. No caminho, fui desviar de um cervo que se meteu na frente do carro, e bati numa árvore. PQP! O conserto do carro vai me sair por uns três mil francos suíços. Esses veados deviam ser envenenados. Antes os caçadores tivessem acabado com essa raça ano passado. A temporada de caça deveria durar o ano inteiro!

15 Março - Escorreguei no gelo que ainda há neste lugar e quebrei uma perna. Ontem à noite sonhei estar no Centro Histórico de São Luis, nas praias do olho d’água e aracagy vendo os jovens jogando bola e eu sentado num bar, tomando uma cerva gelada debaixo daquele sol, me refrescando na brisa e mergulhando no mar, ao som de um reggae bem gostoso. Quero vender esta casa para sair já desta merda!

22 Abril - Quando me tiraram o gesso, levei o carro ao mecânico. Ele disse que o conserto ia ficar o dobro, pois o assoalho estava todo enferrujado, culpa do sal de merda que jogaram nas ruas para derreter a merda branca. Será que esses cornos não têm outra forma de derreter o gelo?

3 Maio - Hoje consegui vender a casa para um corno de um suíço. Graças a Deus poderei sair deste fim de mundo frio e solitário. Amanhã volto para o meu Maranhão. Muito calor, tráfego, poluição, comer mocotó, arroz de cuxa,, mas acima de tudo vou ver o sol,coqueiros ,calango passando pelos meus pés, terra de gente boa e hospitaleira. Aquilo sim é que é vida!

PQP estou de volta!Nem acredito! Eu tenho orgulho de ser um maranhense, de comer cuscuz ideal, impinar pipa e tomar catuaba nas calcadas com os amigos ao som da boa musica maranhense e ainda dançar reggae agarradinho ou da coice no chão ao som do tambor de crioula. Isso e terra boa.....Maranhão meu tesouro meu torrão



Multa à TAM pode chegar a R$ 2,23 milhões. ANAC instalará posto de serviço no Galeão

A diretoria da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) se reuniu hoje com representantes da TAM Linhas Aéreas (S/A) para obter explicações sobre a assistência prestada aos passageiros em virtude do cancelamento do voo JJ 8078 (Rio- Nova Iorque), na última terça-feira (10/01). A empresa, que já havia sido notificada ontem (11/01), deverá ser multada em até R$ 2,23 milhões após conclusão do processo administrativo para apuração dos fatos. Para intensificar a fiscalização sobre a atuação das empresas aéreas, a diretoria da ANAC decidiu instalar posto de serviço no Aeroporto Internacional Tom Jobim (Galeão), que deverá entrar em operação até o final deste mês, e reforçar a estrutura dos postos existentes em Guarulhos e Brasília.

Com a instalação do posto no Galeão e o reforço da estrutura existente, a Agência vai fortalecer a fiscalização para garantir que as companhias cumpram as normas de atendimento previstos na Resolução nº. 141/2010, que estabelece os direitos dos passageiros tais como assistência material e acomodação, em casos de atrasos e cancelamentos.

A ANAC informa que os passageiros insatisfeitos com o atendimento prestado pelas companhias podem recorrer à ANAC pela central telefônica (0800 725 4445) que funciona 24h com atendimento gratuito em português, inglês e espanhol.

Informações da ANAC

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Em São Luís, a arte de correr atrás da bagagem

Por Leandro Mazzini (Coluna Esplanada)


Teresina – São Luís, 14 de Dezembro, Voo 1986, 15h55 – GOL

Passei por três vezes em São Luís. Duas delas num fim de semana, com tempo de passear e curtir a cidade. A última, em conexão neste voo, onde ficaria apenas uma hora, mas fiquei três devido ao atraso de um voo. Acho uma cidade linda, mas mal cuidada. Uma pena. Tão mal conservada quanto seu aeroporto.

À ocasião de minha segunda passagem pela cidade, no início de 2011 para lançar meu livro, o cenário era estranho. Parecia estar desembarcando numa aldeia qualquer do Afeganistão ou Iraque destruídos. Tendas de lonas e armações de ferro se espalhavam pelo local que a Infraero classificava de embarque e desembarque – parte do teto do saguão havia despencado e o terminal necessitava urgentemente de obras.

No Aeroporto Internacional Marechal Cunha Machado, em São Luís (MA) os passageiros também andam pelo pátio até o avião. Foi assim naquele início de 2011 quando eu pensava ter desembarcado num aeroporto militar de campanha. Passageiros dividiam a pista com tratores que carregavam as malas até a esteira improvisada numa área externa. Debaixo de chuva e sol, vi inclusive alguns se arriscando a pegar sua bagagem na caçamba do trator em movimento, provavelmente arrependidos te derem usado os serviços das companhias. Uma cena lamentável.

O terminal agora está um pouco melhor. As tendas foram substituídas pelo famoso Puxadinho. Veja a foto: claramente, não há pilastras. As vigas finas de aço e o teto em gesso dão a sensação de fragilidade do setor de embarque, um temor de que a qualquer hora aquilo tudo desabará na sua cabeça ao menor vento – se o outro teto, de concreto, caíra, é de se esperar o pior deste.

O novo salão de embarque - Puxadinho com vigas finas de aço e cerâmica no piso
Mas de nada adianta aeroporto com Puxadinho se o saguão de check in continua igual – o mesmo tamanho e apertado, a exemplo de outros. Aliás, tornou-se uma característica dos aeroportos da Infraero: muda-se pouco, não se mexe no setor de check in, o Puxadinho é sempre em áreas pontuais e pouco colabora para a melhoria da infraestrutura e logística.

O setor de check in - as divisas usadas pelas companhias atrapalham o já saturado espaço para circulação
Passaria uma hora ali, como disse, mas um voo atrasado de Manaus por mais de duas horas deixou num silencioso tedioso todos os passageiros em conexão e a própria tripulação da companhia, que se misturou aos mortais numa lanchonete. Era latente a insatisfação do comandante. Quando enfim o avião chegou, a maioria, como eu, tirou foto do painel (veja) para comprovar o atraso do voo.

O painel comprova o atraso
Pois o Boeing decolou para Fortaleza – o próximo destino da série – e os passageiros, exaustos, se jogaram na poltrona aliviados. Lá fora, o vaivém de tratorzinhos, bagagens ao relento e a cidade iluminada. E vi alguém correndo atrás de uma mala.

A série abrange as viagens do repórter realizadas de 5/12 a 3/01.

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

MTur anuncia equipes de fiscalização do Cadastur

O sistema de inscrição do Ministério do Turismo, o Cadastur, passará a ter fiscalização, de acordo com o diretor do Departamento de Estruturação, Articulação e Ordenamento Turístico do MTur, Ricardo Moesch. Segundo ele, equipes estão em formação para realizar vistorias em estabelecimentos que exerçam atividades voltadas à cadeia turística. A Lei 11.771/2008 torna obrigatório o cadastro de prestadores de serviços turísticos constituídos na forma de empresário individual, para sociedades empresárias, para sociedades simples e para serviços sociais autônomos.

“Temos cerca de 40 mil estabelecimentos inscritos, atualmente, em vários segmentos da cadeia turística”, afirma Moesch. De acordo com o diretor, a maior fatia dos cadastrados são agências de viagens, seguido de transportadoras, guias de turismo, hotéis e organizadores de eventos, respectivamente.

Além do princípio de legalidade, Moesch ressalta que os inscritos no Cadastur têm outros benefícios. “O Ministério oferece linhas de financiamento para os cadastrados no sistema, por meio do Fundo de Amparo ao Trabalhador e do BNDES.”

O Cadastur, como todo sistema, passa por atualizações. A versão atual é a 2.5, sendo que uma nova está em projeto. “A versão 3.0 será lançada somente no próximo ano, pois teremos de refinar informações com o Ministério da Fazenda”, destacou.

Confira o manual do MTur para cadastramento no sistema aqui. Para saber mais sobre a utilização técnica do Selo Cadastur, clique aqui. O MTur ressalta que o selo não tem correlação com a qualidade dos serviços prestados, e sim com a legalidade do profissional ou empreendimento cadastrados.

Com informações do MTur

Rival americana leva Embraer à justiça por Super Tucano

A Embraer SA conseguiu uma importante vitória em dezembro, quando a Força Aérea dos Estados Unidos escolheu um de seus aviões para equipar as Forças Armadas do Afeganistão.

Mas o ingresso da empresa de São José dos Campos, SP, no mercado de defesa dos EUA agora está sendo questionado: a concorrente Hawker Beechcraft Corp. está entrando na justiça para impedir que a Força Aérea avance no projeto. Analistas e observadores do setor dizem que a batalha legal demonstra como pode ser difícil para uma empresa estrangeira entrar nesse mercado nos EUA.

O que está em jogo é um contrato de US$ 355 milhões para que Embraer e sua sócia americana, a Sierra Nevada Corp., entreguem uma frota de 20 Super Tucanos, aviões turboélice que vão voar em missões de treinamento para a nascente força aérea afegã e também atacar insurgentes em terra.

Os novos aviões são uma parte importante da estratégia dos EUA para saírem do Afeganistão. Os militares afegãos ainda dependem muito de suporte aéreo dos americanos e seus aliados, e o Super Tucano daria aos militares afegãos, que têm um orçamento apertado, uma frota de aviões de ataque que são relativamente baratos para operar.

Mas o contrato também daria à Embraer uma vantagem para vender a aeronave internacionalmente. Segundo observadores da indústria de defesa, ter um produto escolhido pelas forças armadas dos EUA, que têm uma reputação de testar com rigor suas armas, já é uma publicidade por si só.

"Se os EUA estão comprando, outras pessoas vão querer comprar", disse Michael Herson, presidente da American Defense International, uma firma de lobby que representa vários clientes de defesa europeus e de outras regiões, mas não a Hawker Beechcraft nem a Embraer. "É um selo de aprovação, porque as forças armadas dos EUA só compram o melhor."

Representantes da Embraer ou da força aérea americana não responderam aos pedidos de comentários até o fechamento desta edição.

Para fabricantes de produtos militares, o mercado americano de defesa é o maior do mundo. E, apesar de cortes planejados para os gastos militares dos EUA, ele deve continuar sendo o maior. O presidente Barack Obama reconheceu esse fato na semana passada, quando descreveu os cortes de gastos a serem aplicados pelo Pentágono e disse que as despesas militares dos EUA "continuam maiores do que, aproximadamente, os dez países seguintes combinados".

Fabricantes de armamentos ao redor do mundo, grandes e pequenos, vendem equipamentos para os EUA. A BAE Systems PLC, do Reino Unido, é um importante fornecedor de artilharia e veículos blindados. A European Aeronautic Defence & Space Co., com sedes na França e na Alemanha e que é dona da Eurocopter, faz helicópteros para o Exército americano. Ambas têm empresas registradas nos EUA para cumprir regras americanas. A Embraer também tem uma, sediada na Flórida.

Mas a entrada de empresas estrangeiras no mercado de defesa americano pode ser difícil, mesmo para as firmas de países aliados a Washington. O exemplo mais famoso é o da EADS, que há quase dez anos esteve numa disputa altamente politizada com a concorrente americana Boeing Co. para vender aviões tanque de reabastecimento aéreo para a Força Aérea dos EUA. A Boeing acabou vencendo a competição.

Ao contestar a decisão da Força Aérea para os aviões de combate afegãos, a Hawker Beechcraft enfatizou a potencial perda de empregos nos EUA. A dupla Embraer-Sierra Nevada, porém, afirma que vai montar os Super Tucanos na Flórida.

"O mercado dos EUA não é fácil" para empresas de defesa sediadas no exterior, disse Richard Aboulafia, analista de aviação da Teal Group, uma consultoria do setor de defesa e aeroespacial.

Aboulafia observou que uma tentativa anterior da Embraer de obter pedidos do Exército americano para um avião de vigilância acabou gorando quando o Exército eliminou o programa.

David Berteau, um especialista no setor de defesa para o Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais, disse que subsidiárias americanas de empresas de outros países "ainda estão em desvantagem quando disputam contratos, particularmente para trabalhos sigilosos", porque os funcionários do governo encarregados do contrato podem às vezes não notificar as firmas sobre uma possível solicitação, ou porque as firmas precisam atravessar obstáculos burocráticos antes de poderem fazer uma oferta. De qualquer forma, disse ele, o Pentágono "sofre com menos concorrência e menos acesso a tecnologia, especialidades ou experiência potencialmente relevantes".

A Hawker Beechcraft abriu um processo na Corte de Queixas Federais dos EUA depois que a Força Aérea excluiu seu avião, o AT-6, da licitação para o Afeganistão. O processo forçou o Pentágono a emitir uma ordem na semana passada de interrupção do projeto, enquanto a corte estuda o caso. Pessoas a par do assunto dizem que esperam uma decisão para as próximas semanas.

Nicole Alexander, uma porta-voz da Hawker Beechcraft, disse que a ordem de interrupção torna desnecessária uma solicitação da companhia para suspender o projeto. "A corte está avaliando o mérito da questão", disse ela.

Informações retiradas do Site Diário do Turismo