segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Os turistas precisam conhecer a Floresta dos Guarás



Como disse William Shakespeare: “Existem mais mistérios entre o céu e a terra do que supõe nossa vã filosofia!”. Este pensamento nos faz refletir sobre coisas e assuntos que nunca vou entender. Uma delas é o total desinteresse dos viajantes e turistas pela região ocidental maranhense, especificamente pelo Pólo Floresta dos Guarás, um paraíso natural, composto de fauna e flora característico, belas praias e costumes bem tradicionais desta parte do Estado ainda desconhecida, que se fosse melhor divulgada poderia atrair turistas de todos os cantos.

É verdade que os preços absurdos cobrados pelas empresas aéreas, que servem o Maranhão, não estimula ninguém a viajar para cá. Ainda tem a questão do marketing promocional, que não é muito persuasivo e também não ajuda a convencer os turistas ávidos a conhecer lugares como as ilhas de Cururupu e região. Mas, mesmo com as dimensões continentais do Brasil, as dificuldades de se locomover em tão amplo território e os altos custos numa viagem ao Maranhão, ainda acredito no dia em que os brasileiros se interessarão por algo mais do que as emoções baratas da urbanidade, e quando isso acontecer não existirá melhor destino, que não seja a região da Floresta dos
Guarás.

A região chama a atenção dos estudiosos do turismo, por ser um lugar ímpar e a quem se dispõe a conhecer terá muitas descobertas e muitas aventuras, com paisagens, cultura autêntica, que aumentarão em muito o conceito de cidadania dos aventureiros, uma vez que mesmo com toda essa singularidade, a região ainda é muito pobre e carece de serviços públicos. Mas, isso não é empecilho para se conhecer um dos mais belos cartões postais do Brasil.

É questionável os relatos de pessoas que deixam de conhecer essa maravilha e se aventuram pelos montes, desertos da África, ou países andinos, entre outros em situações frágeis e não conhecem o que o Brasil tem. Escalam o Everest, Atacama e conhecem Bali, Paris, etc, como a palma da mão, e algumas destas viagens são até mesmo humanitárias, com atividades que até são válidas, mas por que não colocar em prática primeiro aqui? Por que esse vácuo inexplicável em alguns destinos brasileiros e, em especial, no Maranhão? É bem verdade, que não se pode competir com a Disneylândia, Las Vegas, Rio de Janeiro, entre outros que já tem uma longa história no turismo, com equipamentos e um melhor preparo para receber todo tipo de turista em seus domínios. Mas o que estou falando é de um destino que pode e em muito ser superior em se tratando de turismo ecológico, aventuras ou até mesmo o ecoturismo, com passeios tranquilos, com muito calor humano em áreas de rios, mar, lagos, dunas sem horizontes, onde a vista se perde junto com a memória urbana já tão poluída e ansiosa por novas descobertas.

São Luís, capital do Estado é o ponto de partida para esta região cheia de descoberta e que ajudará a conhecer melhor as idiossincrasias de um Estado belo, às vezes um tanto quanto complexo, com desigualdades, mas muito acolhedor. Soma-se a isto, o magnífico patrimônio histórico, cultural e natural que é o Maranhão. Por isso é imperativo conhecer ainda mais a região.

Turistas de todas as vertentes se toquem! Conheçam os campos alagados da baixada maranhense, lugar que sem nenhuma modesta é de beleza superior ao Pantanal mato-grossense. Ainda tem os manguezais de toda costa de Cururupu, Guimarães e demais cidades banhadas pelo mar, com aves das mais diferentes espécies, com destaque ao guará, ave bela de cor bem avermelhada, que provoca uma sensação nos olhos das pessoas que a veem e provoca delírio dos visitantes que ali aportam. Mas quando será que os brasileiros, que viajam pelo mundo afora em busca de lugares diferentes e de beleza ímpares, conhecerão os valores e belezas deste pedacinho do Maranhão? Aos que já descobriram se maravilharam e levaram em suas memórias o verdadeiro tesouro natural e mágico, no próprio quintal de casa.

Por: Reginaldo Rodrigues – Editor do Jornal Cazumbá

2 comentários:

  1. Olá Reginaldo! Dizem que a Esperança é a última a morrer, será verdade?

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  2. Olá Serafin, a resposta é a seguinte. Se a Esperança for o nome de sogra, tenha certeza que ela vai demorar muito a morrer. (risoss). Quanto aos turistas em visitar a Floresta dos Guarás, também tenho esperança que um dia, não muito distante eles comecem a desembarcar nesta parte belissima do Maranhão ainda desconhecida.

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