segunda-feira, 23 de julho de 2012

Cultura, manifestação e inclusão marcam abertura da 64ª SBPC

SÃO LUÍS - A abertura da 64ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), na Concha Acústica da Cidade Universitária, foi marcada pela presença três mil pessoas que acompanharam a solenidade da qual exaltou ciência e tecnologia brasileiras, além da cidade de São Luís, que completa seus 400 anos de fundação em setembro. A mesa de abertura foi composta por autoridades da Universidade Federal do Maranhão, da SBPC Regional e Nacional, representantes do governo estadual, ministros do governo federal e o vencedor do Prêmio Nobel de Química de 2011, Daniel Shechtman.

Na ocasião, o reitor da Universidade Federal do Maranhão, Natalino Salgado Filho, agradeceu a presença de todos e destacou a importância da 64ª SBPC para a UFMA e para a cidade de São Luís, que chega ao seu quarto centenário de existência. “Este evento é um presente para São Luís, que completará 400 anos este ano. É, também, um marco para a UFMA, porque é o momento que a Universidade se consolida como Cidade Universitária”, destaca o reitor. Ele ainda ressaltou a importância do tema do evento, que traz os saberes tradicionais e a cultura como campos de pesquisas científicas.

O vice-reitor, Antonio Oliveira, recebeu a oportunidade de homenagear o maranhense Renato Archer, por sua atuação na área de pesquisa científica e tecnológica no país. Oliveira destacou que Archer lutou pela inclusão da ciência e tecnologia no campo político e foi o primeiro ministro de Estado de Ciência e Tecnologia do Brasil. Para consolidar o reconhecimento ao cientista, foi entregue a Júlio Archer, irmão de Renato, uma placa de homenagem ao grande incentivador da ciência e tecnologia.

Durante a abertura, também, foi entregue o prêmio “José Reis de Divulgação Científica”, na categoria Instituição e Veículo de Comunicação 2012, para a Fundação Joaquim Nabuco, de Pernambuco.

O ministro da Ciência e Tecnologia, Marco Antonio Raupp, declarou que, acima de tudo, é membro da SBPC e tem o prazer de estar presente na 64ª edição do evento. “Estou muito satisfeito e acredito que o Brasil precisa muito da ciência e tecnologia para se consolidar como país desenvolvido”, ressalta Raupp.

A presidente da SBPC Nacional, Helena Nader, finalizou a Mesa de Abertura agradecendo a presença de todos e ressaltando a riqueza arquitetônica e cultural de São Luís, que sedia a SBPC. “É com muita alegria e orgulho que abrimos mais uma edição da SBPC, que acontece graças ao apoio das agências de fomento à pesquisa, dos governos municipal, estadual e federal e é uma honra estarmos nesta cidade com um rico acervo arquitetônico e 400 anos de história para comemorar”, finaliza Helena Nader.

A solenidade abertura contou com uma média de três mil pessoas de diversas áreas do conhecimento, dentre eles estudantes, professores, pesquisadores e profissionais. Para o estudante do curso de Educação Física da Universidade do Estado da Bahia (UNEB, Luís dos Santos,que participa pela primeira do evento, essa edição da SBPC garante boas expectativas. “É interessante ver como esse evento consegue reunir vários nomes da ciência e da educação e traz uma boa imagem para quem está participando pela primeira vez, assim como eu. Minha expectativa é a melhor possível porque temos a oportunidade de estabelecer contato com pessoas de várias áreas do conhecimento e, assim, trocar experiências”, declara Luís.

Toda a abertura foi traduzida na linguagem brasileira de sinais (libras) como forma de inclusão social, marcando a estréia da SBPC Inclusiva. O evento contou, também, com uma programação cultural que ressaltou a cultura maranhense, como a apresentação de Poetas Quatrocentistas da São Luís - Voz e Violão, Tambores do Maranhão, Boi Barrica e a entoação do Hino Nacional, Hino de São Luís e, pela primeira vez, o Hino da UFMA, executado pelo Coral da universidade.

Manifestação

Momentos antes da abertura da 64ª Reunião Anual da SBPC, professores, alunos e técnico-administrativos em greve, nacional, que abrange 57 das 59 universidades federais, além de 34 dos 38 Institutos do país, realizaram manifestação por melhorias nos respectivos planos de cargos e carreiras e nas condições de serviço.

Para Cláudia Durans, estudante de pedagogia da UFMA e membro do Movimento Quilombo, Raça e Classe, essa foi a oportunidade de mostrar para o público de todo o Estado, a situação da greve. “Como a abertura da SBPC tem muita visibilidade, viemos apresentar nossas reivindicações e mostrar, também, que a ciência e a tecnologia têm que estar a serviço da classe trabalhadora”, ressalta a estudante. Os manifestantes exporam suas reivindicações pacificamente.

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