quinta-feira, 4 de março de 2010

Por que isso? Por que aquilo?

Fui questionado, por algumas pessoas, sobre o meu posicionamento sobre o trade turístico maranhense, devido às minhas colocações em relação ao mesmo. Generalizar não é o caminho do jornalismo. Seria muito fácil dizer que todas as pessoas que compõem esta instituição e apresentam uma postura passiva e cheia de desdém ao “julgar” as políticas públicas voltadas para o turismo local. Mas muitas perguntas ficam no ar.

Por que será que não vemos manifestações de repúdio a tantas mazelas que acontecem em nosso Estado e, especialmente, no que concerne ao turismo? Por que não vemos nenhuma manifestação dos empresários do setor turístico em relação as rodovias de acesso aos tão poucos destinos do Maranhão? E, ainda, por que não há manifestações contra a CEMAR, CAEMA, Companhias de limpezas públicas, entre outras? São inúmeras as reclamações por falta de iluminação em muitos lugares da cidade, esgotos estourados e jogados in natura em nossas praias, lixões espalhados por todo canto sem contar tantas outras mazelas que acometem nossas cidades.

Então, por que o trade turístico maranhense não se manifesta contra essas práticas danosas ao turismo? Por que nunca lideraram uma luta em favor da limpeza das praias da capital, que há quase um ano foram interditadas e até hoje não se tem notícias de alguma ação do governo para despoluição de nossas cantadas e decantadas praias? Serão muitos por quês. Enquanto não houver uma conscientização por parte dos empresariados e, em especial, dos que trabalham direto e indiretamente com o turismo de que eles podem e muito, uma vez que movimentam a economia, pagam impostos geram empregos e renda, por isso tem um alto poder de pressão.

Alguns colegas já me questionaram o porquê destas perguntas? Sou a favor da liberdade de ação das entidades que compõem o trade, e sempre os vejo defendendo com ardor suas convicções e seus interesses, mas pecam quando o assunto é o todo, a cidade, o Estado.

Por se tratarem de pessoas, empresários ocupados nunca se preocuparam com o bem estar do cidadão ou até mesmo do turista, uma vez, que nunca se ouviu dizer que o trade tenha se reunido com o prefeito ou governador(a), para reivindicar melhorias no Centro Histórico da capital, urbanização da cidade de Barreirinhas, construção ou melhorias de rodovias, melhorias da Lagoa da Jansen, Litorânea, entre outras.

O que de fato se vê no trade maranhense é a preocupação em usar o conceito de deliberar por ações que nunca resultará em algo palpável. E como jornalista especializado, que vive o dia a dia deste Estado, tenho me inquietado e buscado essas respostas. Emboa ainda demore algum tempo para ter as respostas.

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