Balaio ou não balaio. Meus respeitos a todos os funcionários públicos

Na vida muitas das coisas que pensamos ou mesmo escrevemos de uma maneira ou de outra impacta a vida de nossos semelhantes. E isso se aplica mais ao jornalismo, como em nenhuma outra atividade, onde escrevemos sobre temas que pautam redações, colunas, blogs e a comunidade em geral. Digo isso, pelo fato do post colocado neste blog com o título “Decretado o “banimento” dos remanescentes dos “balaios” no governo Roseana”, que aborda uma decisão do Palácio dos Leões em demitir funcionários oriundos do governo Jackson Lago, nominado de balaios pelos que assumiram o poder após a sua queda.

Sobre o post, alguns colegas, por quem tenho o maior respeito, criticaram o fato de eu ter escrito ou noticiado em meu blog. Disseram mais, ainda, que fui um leviano e inconsequente, ao abordar o tema justamente num momento em que o governo passa por uma reformulação, ameaçando demitir muitos dos funcionários que se encontram nas repartições do estado. Permito-me discordar desses colegas e de outros que fizeram essa leitura do meu post.

1º - O que falei foi “fontes desse blog informaram que ordens do Palácio dos Leões já foram emitidas para a demissão desses servidores...”
Para os meus críticos, explico: no jornalismo, sempre trabalhamos com informações, com ilações, pesquisa e investigação. Então, neste caso o que houve foram informações (que para muitos ja não era nenhuma novidade), de uma fonte que a considero segura e jamais inventaria tal afirmativa;

2º - Continuo “Na secretaria de Estado do Turismo, desde a ascensão da governadora Roseana, muitos profissionais, oriundos do governo Jackson foram demitidos, ficando alguns, que segundo as mesmas fontes, já estão com os dias contados. Entre os demitidos, estão duas pessoas que exerceram e exercem os cargos de superintendência na secretaria, entre outros do setor técnico e administrativo. É, meus amigos, muito brevemente essas afirmações estarão se concretizando.Ou não?”.
Neste caso, reafirmo a informação, até que se prove ao contrário. Sinceramente gostaria de esta errado ser confrontado por uma informação inverídica;

3º - Aos meus críticos, o mesmo post fala “Tudo bem, que o governo tem de ter a cara de quem governa. Mas, se os “balaios” a serem demitidos forem técnicos de competência comprovada, o Estado perderá esse profissional só por não rezar na cartilha do governante? Será que o banimento desses profissionais resolve os entraves da administração?”.

Então senhores, essa é a prova cabal que não concordo com a caça às bruxas. Não se resolve problemas de uma administração tirando pessoas que tem trabalho prestado e reconhecido, para colocar indicados políticos, que até pegarem o fio da meada, já se passaram algum tempo e tempo é o que não temos em se tratando de planejamento e ação no campo do turismo e em outras áreas. Sem esquecer que esses servidores a serem demitidos, são pais e mães de família, que tem no serviço público sua única fonte de renda.

Na informação do post, posso até ter sido muito direto. Mas, garanto senhores, que não fui tanto quanto a informação que recebi, com nomes e funções das pessoas a serem “banidas” (termo usado pelo informante).

Como bacharel em Turismo, já milito na área a exatos 11 anos, sempre pautei minha conduta profissional com seriedade e como jornalista tenho sido crítico do sistema e defensor dos colegas turismólogos.

Sempre defendi concurso na área, mas defendo também a liberdade de imprensa e de expressão, entendo que as críticas são sempre válidas e com elas aprendemos. Se nós, jornalistas, podemos hoje livremente tratar de qualquer assunto, um direito assegurado pela Constituição, também o cidadão, a instituição ou a empresa que se considerar prejudicado ou ofendido com qualquer matéria tem assegurado o direito de se defender, contestar as informações e manifestar sua opinião. Que neste caso, nem o governo e nem a Setur/MA, contestou, negando ou a afirmando as informações aqui divulgadas.

Outra coisa, diferente do que afirmaram algumas pessoas, este blog e muito menos este jornalista tem o poder de demitir ou contratar alguém. É certo que não sou dono da verdade. O post em questão me trouxe alguns dissabores. Preferia passar por mentiroso a ver um colega ou amigo demitido de qualquer cargo ou função por questões menores, como é o caso das anunciadas pelo Governo do estado, por pura e simplesmente questão de ter sido colocado por outro mandatário.