quarta-feira, 18 de maio de 2011

Combata o abuso e exploração infantil



Hoje é Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual contra Crianças e Adolescentes. No Brasil, as manifestações alusivas à data estão pipocando em escolas, praças, ruas, empresas públicas e privadas e em órgãos e entidades vinculadas aos direitos da criança e adolescente.

O objetivo maior é conscientizar a população sobre o caráter criminoso dessas práticas, além de divulgar o Disque 100, onde podem ser realizadas denúncias sobre casos de negligência, violência física, psicológica ou sexual, tráfico de crianças e adolescentes e crianças desaparecidas, todos os dias, das 8h às 22h.

Em São Luís, o Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares (Sindhorbs) intensificou a campanha de afixar placas nos estabelecimentos da capital, informando ao turista e a demais frequentadores que o abuso e a exploração sexual de menores são crimes. A campanha também divulga o Disque 100.

No total, o Sindhorbs conseguiu confeccionar 500 placas adesivadas, em parceria com a Prefeitura de São Luís, Cad Cópias e Casa de Ideias. “A placa é gratuita e obrigatória”, sinaliza o presidente da entidade, Paulo Coelho.

Ele informa que, além do menor abandonado e menor infrator, existe o menor em risco. “Quando em um bar, restaurante ou hotel, esse menor chegar e for alvo de assédio por parte do turista ou de outro freqüentador do local, o proprietário do estabelecimento precisa saber que ele é o responsável pela segurança daquela criança ou adolescente. Por isso, a fixação da placa é importante: tanto para alertar os freqüentadores quanto para servir de lembrete aos proprietários”, coloca Coelho.

O presidente do Sindhorbs comenta que, apesar de São Luís não ter um índice elevado de abuso e exploração infanto-juvenil, voltado para a questão do turismo, como no Rio de Janeiro, Recife, Natal e Fortaleza, é imprescindível que o trade faça a sua parte. “Não podemos cruzar os braços para uma problemática como essa. Precisamos trabalhar para que isso não cresça em São Luís”, destaca Paulo Coelho.

Disque 100
Canal telefônico da Secretaria de Direitos Humanos (SDH), por meio de parcerias com empresas da Rede Amiga da Criança, recebe denúncias sobre casos de negligência, violência física, psicológica ou sexual, tráfico de crianças e adolescentes e crianças desaparecidas. Desde o início do serviço, em maio de 2003, até fevereiro de 2011, o Disque realizou um total de 2.584.665 atendimentos e encaminhou 151.130 denúncias de todo o país.

Outros tipos de exploração
Além da conotação sexual, crianças e adolescentes sofrem diariamente outros tipos de abuso e exploração. No Maranhão, por exemplo, a exploração de mão de obra infantil é uma constante, seja nos rincões do Estado ou mesmo na capital.

Quem não conhece um caso de criança ou adolescente que veio do interior para “estudar” na casa de parentes ou de amigos de seus pais e, no final da estória, acaba trabalhando sem receber um centavo? Muitas vezes, esse menor passa por situação vexatória e constrangedora, diante de várias pessoas por não “fazer seu trabalho direito”. O pior: uma grande parte desses menores é explorada sexualmente por seus “benfeitores”.

Não podemos esquecer, também, do risco que os menores correm nas ruas e nos semáforos, sendo vítimas não apenas das mazelas que permeiam a sociedade, mas de pessoas psicologicamente perturbadas, como os pedófilos. Não são poucos os casos de pedofilia que acontecem nas ruas da capital – convites velados ou explícitos para garotos e garotas que aceitam qualquer trocado para comprar comida, uma lata de cola de sapateiro ou uma pedra de craque para manter o seu vício. Sem contar os casos de agressão física desses “tarados de plantão”.

Importante que tomemos consciência de que abuso ou exploração à criança e adolescente traz conseqüência, seja ela social, emocional ou moral - estas duas últimas, mais voltadas às vítimas. Denuncie! É simples e gratuito. Basta discar 100, a qualquer suspeita de exploração ou abuso infanto-juvenil de qualquer natureza.

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