segunda-feira, 6 de agosto de 2012

ELEIÇÕES 2012 » Redes sociais: novo palanque de campanha

De oito candidatos a prefeito de São Luís apenas um não aderiu às redes sociais como estratégia de campanha eleitoral. Mesmo com maioria da população ludovicense sem acesso a internet, é grande a utilização de facebook, twitter, youtube e outras plataformas para divulgar agendas, propostas, vídeos e fotos. A maciça incorporação das redes em campanhas incomoda alguns usuários, que não querem que o espaço seja utilizado com interesses eleitorais. "É a forma de comunicação mais democrática depois do contato pessoal. Cada um que tem acesso ao que é divulgado pode formar sua própria opinião e ainda pode conhecer melhor o candidato e suas idéias, o que não acontece quando dependíamos apenas dos meios tradicionais", opina Marcos Silva, candidato do PSTU.

Edinaldo Neves (PRTB) é o único concorrente que ainda não está presente nas redes sociais. A maioria deles recebe ajuda da assessoria de comunicação da campanha para fazer a manutenção de informações em suas páginas. É o próprio Marcos Silva quem atualiza as novidades, não utiliza suas redes apenas para fazer campanha, mas opina sobre os mais diversos temas relacionados à política.

Há candidatos, como Washington (PT) e Eliziane Gama (PPS), que, apesar de receber ajuda, preferem administrar suas redes. "Faço questão, é uma forma de estar mais próxima das pessoas, mantenho um diálogo transparente e imediato e fico disponível para o debate", relata Eliziane. Haroldo Sabóia (PSOL) tem usado as plataformas para compartilhar vídeos com depoimentos de intelectuais e políticos que apóiam sua campanha e Edivaldo Holanda Júnior (PTC) só divulga o local de suas caminhadas através da redes digitais.

Apesar da grande utilização, há grande embate sobre a realização de propaganda eleitoral em ambiente virtual. Alguns defendem a plena liberdade, outros preferem calar os candidatos. O usuárias da plataforma Facebook, Guilherme Holanda, músico e terapeuta ocupacional, apóia o uso das redes sociais na campanha e defende que as mídias sociais são uma das vias de comunicação mais fáceis de atingir um público novo e que muitas vezes não tem um candidato definido, o que exige seriedade para mostrar propostas que agrade a juventude.

Com o inicio das eleições municipais surgiu Facebook a campanha "Facebook não é palanque". Com um compartilhamento estrondoso, pessoas que não apóiam o uso das mídias sociais para essa finalidade opinaram, inibindo qualquer iniciativa de propagandas eleitorais por sua rede de amigos. O professor de Comunicação Social da Universidade Federal do Maranhão, Francisco Gonçalves, explica o motivo da rejeição: "Nem todos os usuários compartilham da ideia de que as redes sociais são espaços plurais, em que todos os aspectos da vida humana estão em discussão. A reação negativa não significa necessariamente uma reação à política, mas uma ideia de política que foi se consolidando ao longo do tempo e no senso comum - a política como corrupção".

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