quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Lixo aumenta incidência de curto-circuitos em galerias

SÃO LUÍS - O lixo jogado pela população nas ruas do Centro Histórico de São Luís pode aumentar a incidências de curtos-circuitos como o que deixou parte da Praia Grande sem energia elétrica por quase 24h da tarde de domingo até a tarde de segunda-feira, dia 5. Segundo funcionários da Companhia Energética do Maranhão (Cemar), o lixo jogado nas ruas vai parar nas redes subterrâneas que abrigam as conexões elétricas daquela região e com isso muita água fica retida nas galerias, provocando a corrosão dos fios condutores, que são de cobre.

Somente este ano a Cemar investiu R$ 800 mil em manutenção da rede subterrânea de energia elétrica da área do Centro Histórico e subestações, e de 2009 até este ano foram gastos R$ 3 milhões. Segundo técnicos da companhia, manutenções regulares são realizadas na tentativa de evitar problemas na distribuição de energia. No entanto, os técnicos encontram muito lixo nas galerias, o que dificulta o trabalho das equipes. Os dejetos retêm muita água, fazendo com que as equipes percam muito tempo limpando e secando as caixas que abrigam os fios conectores.

“Esse tempo que é gasto limpando as galerias, aumenta o tempo de espera dos consumidores no religamento da energia. Se as pessoas não jogassem tanto lixo nas ruas, facilitaria muito o nosso trabalho”, disse Jocimar Gomes Magalhães, de 40 anos, técnico operacional do sistema elétrico da Cemar.

Segundo ele, boa parte dos investimentos com manutenção da rede elétrica do Centro Histórico foram utilizados na troca dos fios condutores da rede que são feitos de cobre, material que corrói com água e como a área da Praia Grande sofre influências das marés, manutenções nessas conexões são feitas com freqüência.

Curto-circuito

O curto-circuito que aconteceu às 16h26 de domingo e só foi solucionado às 13h de segunda-feira, foi causado por um problema nas instalações internas do Centro de Convenções Odylo Costa, filho, e que o problema é de responsabilidade da Secretaria de Estado da Cultura, que administra o local.

Segundo Jorgemiro Borges Júnior, consultor de clientes corporativos da Cemar, o Centro de Convenções tem uma subestação própria, por ser um consumidor de média tensão, ou seja, consome uma carga acima de 75 quilowatts de energia por mês. O sistema de proteção que desliga automaticamente a rede em caso de pane, não funcionou no momento em que aconteceu o curto-circuito e passou para o sistema da Cemar que atende a área, atingindo a subestação da Câmara Municipal de São Luís e até mesmo clientes de baixa tensão, como bares e restaurantes da Praia Grande. No total 31 unidades consumidoras foram atingidas.

“Em toda a área do Centro Histórico de São Luís temos 31 clientes que têm subestações próprias e anualmente fazemos visitas de vistoria e orientação para que os administradores dos locais façam manutenções”, informou Jorgemiro Borges Júnior.

Nenhum comentário:

Postar um comentário