terça-feira, 11 de outubro de 2011

Para onde O Maranhão está indo?

Numa de suas viagens de trem, o cientista Albert Einstein estava absorto em seus pensamentos, enquanto o verificador de bilhetes percorria o vagão. Einstein procurou seu bilhete, mas não conseguiu encontrá-lo. Ele compulsivamente vasculhou os bolsos do casaco, colocou os bolsos da calça do avesso, mas não conseguiu achar o bilhete. O verificador de bilhetes disse-lhe: “Não se preocupe, Dr. Einstein, todos nós sabemos quem o senhor é. Não se incomode”. Cerca de meia hora depois, o verificador de bilhetes voltou pelo vagão e, desta feita, Einstein estava agachado e procurando em todo lugar pelo bilhete perdido.

Novamente o verificador de bilhetes tentou tranquilizá-lo, dizendo: “Eu lhe disse para não se preocupar com o bilhete perdido. Confiamos que o senhor tenha comprado um, e isto nos é suficiente”. Einstein olhou para o funcionário da ferrovia e disse: “Meu jovem, isto não é uma questão de confiança, mas de destino. Preciso encontrar o bilhete porque não me lembro para onde estou indo”.

A narrativa acima é uma ilustração da maneira como vivemos hoje no Maranhão. Muitos tem se vangloriado do Estado ser a terra do ex-presidente Sarney, que hoje é o político mais influente deste país, soma-se a isto, dois ministros do governo Dilma, uma bancada federal que vota de acordo com a vontade do governo, e, ainda, tem a governadora Roseana Sarney, que também tem influência na política nacional e é amiga da presidenta e isso não se traduz em dividendos para o Maranhão. De quem é a culpa? Será má vontade do governo ou é incompetência de nossa bancada federal?

O que se sabe é que o Aeroporto Marechal da Cunha Machado, continua numa reforma sem fim onde a Infraero não diz ao certo o que será entregue aos maranhenses, o que se vê é uma reforma meia boca, que se arrasta a passos de cágado, provocando ira de quem chega e indignação do ludoviscense. Outro fato que está preocupando os maranhenses é a tão prometida duplicação da BR 135, que mais uma vez foi suspensa pelo DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes), sem que haja uma tomada de atitude dos nossos parlamentares. Será que só temos vez para fazer coro e aprovar projetos de interesse do governo?

Não, não posso aceitar essa passividade dos nossos representantes sem me indignar. Entendo que se a bancada maranhense, que é composta de 22 Deputados e Senadores, quisessem resolver os problemas do Aeroporto de São Luís, BR 135, entre outros, já teriam resolvido, mesmo que para isso, tivesse que boicotar votações de interesse do governo. Na mesma proporção, a governadora Roseana também já devia ter virado a mesa e chamado essa mesma bancada para juntos pressionar o governo Dilma.

Senhores, a vida é como uma viagem, mas só podemos embarcar se houver um porto/aeroporto/rodoviária e vias de acesso seguras. Não se pode querer que um estado como o nosso se desenvolva se não temos uma via de acesso decente à sua capital, um aeroporto que possa oferecer o mínimo de condições de uso tanto para quem chega como para quem sai do Estado. Precisamos, de fato, saber para onde estamos indo. Mas só isso não basta, é preciso ter um plano de ação. O plano pode começar com o arregaçar de mangas dos nossos governantes, que só precisam simplesmente sair de suas zonas de conforto e levantar a bunda dos seus assentos confortáveis e vivenciar as mazelas que assolam o Estado e resolver essas situações que já beiram o ridículo, sendo motivo de chacota de todo turista que aqui chega.

Um comentário:

  1. Também... Só pode ser maldição do Santo Tirirical, que ficou possesso quando mudaram o nome do aeroporto para agradar um tal de marechal cunha machado (desculpem a grafia com minúsculas, mas meu teclado se recusou a aceitar com maiúsculas)

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